segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Troika sugere aumento da semana de trabalho para seis dias na Grécia

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troika que acompanha a implementação do programa de ajustamento na Grécia sugeriu à coligação de Governo a flexibilização das relações laborais através de diversas medidas, onde se inclui o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias.


A proposta consta de um e-mail enviado pelos representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) aos ministérios gregos das Finanças e do Trabalho, e que foi divulgada esta segunda-feira pelo diário económicoImerisia.

A autenticidade da mensagem e do seu conteúdo foi confirmada à agência noticiosa Efe por uma fonte do ministério das Finanças, que não revelou mais detalhes.

Entre as propostas mais polémicas incluiu-se o aumento da semana laboral para seis dias e a redução para 11 horas do descanso mínimo entre turnos de trabalho, para além da eliminação das restrições às trocas dos turnos da manhã e de tarde, de acordo com as necessidades do empregador, precisa o diário Imerisia

troika exige ainda a redução para metade da indemnização por despedimento e do prazo de que dispõe o empresário para notificar a rescisão do contrato. E propõe que seja diminuída a contribuição das empresas para o Fundo de Segurança Social, apesar da crescente diminuição das receitas do Estado neste sector.

“Não são propostas novas, a troika leva sempre algum tempo a formulá-las. Mas de momento são apenas propostas, não significa que sejam aceites pelo Governo grego”, disse à Efe uma fonte ministerial.

A taxa de desemprego na Grécia situou-se em Maio em 23,1% (54,9% entre os menores de 25 anos) e o poder de compra dos trabalhadores recuou para o nível registado há três décadas, de acordo com os estudos dos sindicatos.

Em declarações à agência noticiosa AP, Savvas Rombolis, responsável da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (que abrange o sector privado), admitiu que o desemprego no país atingirá 29% em 2013 caso o Governo aplique as novas medidas de austeridade exigidas pela troika e que implicam novos cortes avaliados em 11,5 mil milhões de euros entre 2013 e 2014.

Notas do Papa Açordas: Quando vires as barbas do vizinho a arder põe as tuas de molho...

1 comentário:

C Valente disse...

Querem Portugal como país de terceiro mundo, já não falta tudo
Já tivemos o "país de tanga" um aluz ao fundo do túnel" que ninguém viu, eu não vi,
Cambada de vampiros
Saudações amigas