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O PS considerou hoje que os 6,9 por cento de défice orçamental no primeiro semestre do ano calculado pela UTAO revelam o “falhanço colossal” da estratégia do Governo, “muito para além das piores expetativas” socialistas.
Este número “foi muito para além das nossas piores expetativas” e “revela um falhanço colossal da estratégia orçamental e da estratégia que o Governo tem vindo a prosseguir para o país”, criticou Eurico Brilhante Dias, do secretariado nacional do PS, que falava aos jornalistas à margem da Universidade de Verão do PS, que decorre em Évora.
O défice orçamental no primeiro semestre do ano ter-se-á situado nos 6,9 por cento em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas, sendo os cálculos divulgados hoje pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental.
Uma situação que o PS, realçou Eurico Brilhante Dias, encara com “grande preocupação”. Isto porque, explicou, segundo a UTAO, “nos últimos anos, em média, no último trimestre, o défice ascende a 5,5 mil milhões de euros”.
“Mesmo descontando o efeito dos subsídios de Natal, que não serão pagos aos funcionários públicos e aos pensionistas, há um risco muito substantivo de a derrapagem orçamental poder vir a ser ainda mais substantiva do que aquela estimada pelo Governo e que está, presumimos, como quadro da quinta revisão da ‘troika’”, acrescentou.
O dirigente socialista argumentou que o Governo, ao contrário dos esforços dos portugueses, não está a cumprir “a sua parte” ao nível da redução do défice.
“Os portugueses padeceram e continuarão a padecer, até ao fim do ano, enormes sacrifícios e esses sacrifícios não estão a trazer a remuneração adequada. A parte do Governo era fazer com que Portugal cumprisse os 4,5 por cento” de défice, frisou.
Mas, nem mesmo com “a folga orçamental que guardou para si, para a execução deste orçamento, o Governo foi capaz de cumprir a sua parte”, sendo que, pelo contrário, “a parte dos portugueses foi integralmente cumprida”.
Eurico Brilhante Dias realçou ainda que o PS já sabia que as receitas fiscais e os impostos indiretos estavam a descer, mas agora surgiu “a novidade de que os impostos diretos, o IRC e o IRS, também já estão a decrescer, em termos homólogos”.
“E que a despesa corrente primária está a diminuir abaixo do padrão esperado para 2012. O que significa que a despesa efetiva decresce, mas, fundamentalmente, porque Portugal está a pagar menos juros do que o estimado no Orçamento do Estado”, algo para que o PS já tinha alertado, afirmou.
Notas do Papa Açordas: Sem comentários!...
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