Um estudo elaborado por investigadores das Universidades do Minho e Coimbra contraria as expectativas do Governo em relação ao impacto no mercado de trabalho das alterações na Taxa Social Única (TSU), apontando para uma quebra no emprego e uma subida do desemprego de longa duração.
Os autores concluíram que os impactos do aumento dos descontos dos trabalhadores para a Segurança Social (em sete pontos percentuais) e a descida das contribuições das empresas (em 5,75 pontos percentuais) “são ambíguos” do ponto de vista teórico.
Os resultados da análise empírica apontam, porém, para um efeito negativo no emprego no curto prazo e “um aumento do peso do desemprego de longa duração no desemprego total”.
Foi por não ser possível apurar resultados “inequívocos aos efeitos positivos ou negativos sobre o emprego” a partir de um modelo teórico que os investigadores (quatro da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e um da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) desenvolveram também uma “estratégia empírica”. As conclusões apontam para impactos diferentes, sugerindo com maior ênfase que alterações nas contribuições sociais anunciadas pelo executivo vão levar à destruição de emprego.
Com base em dados do emprego de 2009, é estimado que a medida leve a uma “redução de cerca de 33000 empregos”. Considerando “um intervalo de confiança de 95%”, os resultados “sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68000”. Na melhor das hipóteses, “o impacto sobre a criação de emprego é praticamente nulo, [porque] apenas criaria 1000 empregos”.
Notas do Papa Açordas: O Gaspartroika ainda tem muito que aprender com os investigadores de Economia portugueses...
Sem comentários:
Enviar um comentário