segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Jerónimo de Sousa diz que está em curso a “operação resignação”

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Dar a ideia de que “esta crise vai ser dura, mas que é por um período limitado” é um dos pontos-chave da “operação resignação” que está a ser lançada pelo Governo para levar as pessoas à passividade, alertou hoje o líder do PCP, Jerónimo de Sousa.

“São dois anos de sacrifício, depois virá a ‘terra do leite e do mel’. Nada de mais demagógico para levar as pessoas à passividade. Daqui a dois anos estaremos com a economia afundada e, mesmo qualquer crescimento que se viesse a verificar parte de um nível tão baixo e seria tão incipiente que não tinha significado, nem em termos económicos, nem em termos financeiros, nem de criação de emprego”, afirmou Jerónimo de Sousa, na abertura das jornadas parlamentares do PCP, a decorrer em Torres Vedras.

Para o líder comunista, trata-se de uma "operação ideológica mil vezes repetida que assenta na ideia de que Portugal tem que cumprir a escritura sagrada do acordo da troika, senão será a bancarrota".

Com a manifestação de sábado da CGTP, “a operação resignação sofreu um revés”, afirmou, alertando para futuras operações a desenvolver perante a “ofensiva contra o povo português e os trabalhadores”. “O verniz e as falas mansas vão começar a estalar”, adverte.

Na intervenção, Jerónimo de Sousa alertou para a tentativa de “desacreditar e destruir o Serviço Nacional de Saúde”, referindo o “aumento brutal do valor das taxas moderadoras” e a ideia “falsa e perigosa” de que com menos dinheiro se pode “fazer mais e melhor”.

Quanto às medidas de estímulo à economia, apresentadas pelo primeiro-ministro na semana passada no Parlamento, o líder do PCP diz não passarem de “paliativos que se renovam ciclicamente com novas roupagens”.

Notas do Papa Açordas: Qualquer dia, até na Igreja, nós ouvimos a entronização da Troika... por parte deste (des)governo, claro!... Temos de fazer é uma "operação de indignação" e nunca de resignação...

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