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Manuel António Pina
Diz-se que a política é a arte de fazer escolhas. Passos Coelho fez
as suas: o assalto fiscal à classe média e aos mais vulneráveis da
sociedade. E em breve o veremos a anunciar a capitalização da
Banca com os recursos espoliados a pensionistas e trabalhadores.
Tem toda a legitimidade para impor as suas escolhas aos
portugueses porque os portugueses o elegeram. Só que os
portugueses elegeram-no com base em pressupostos e garantias
falsos, que ele repetiu à exaustão antes e durante a campanha eleitoral.
Agradecendo a Ricardo Santos Pinto, recordem-se algumas das
garantias com que Passos Coelho foi eleito: "Se vier a ser
primeiro-ministro, a minha garantia é que a [carga fiscal]
será canalizada para os impostos sobre o consumo e não
sobre o rendimento das pessoas"; "Dizer que o PSD quer
acabar com o 13.º mês é um disparate"; "O PSD acha que
não é preciso fazer mais aumentos de impostos, do nosso
lado não contem com mais impostos"; "O IVA, já o referi,
não é para subir"; "Eu não quero ser primeiro-ministro para
proteger os mais ricos"; "Que quando for preciso apertar o
cinto, não fiquem aqueles que têm a barriga maior a desapertá-lo
e a folgá-lo"; "Tributaremos mais o capital financeiro, com
certeza que sim"; "Não podem ser os mais modestos a pagar
pelos que precisam menos"...
E ainda: "Nós não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra".
(Jornal de Notícias)
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
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1 comentário:
se um politico mentia o que se segue mente muito mais.
Sea mentira mata-semuitos politicos estavam mortos e muitos mais portugueses felizes
Saudações amigas
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