sábado, 29 de outubro de 2011

Aperto do cinto vai continuar por mais alguns anos, diz Passos Coelho

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu nesta sexta-feira, em entrevista à televisão brasileira Globo, que a austeridade em Portugal vai “continuar por mais alguns anos”, porque “a dívida é grande”, ainda que “sustentável”.

Na entrevista, Passos Coelho afirmou que “foi justamente para evitar” que a dívida portuguesa fosse “além do devido”, do que o País poderia pagar, que o Governo adoptou “um programa tão duro e tão difícil, e que continuará por mais alguns anos”.

O primeiro-ministro assinalou que, “no dia em que tiver que pagar a factura” dos “erros”, o Estado “tem sempre que ir aos impostos dos cidadãos”.

Para Passos Coelho, Portugal cometeu o erro de “gastar de qualquer maneira” o dinheiro que tinha.

“O dinheiro, mesmo quando é abundante e barato, não quer dizer que se possa gastar de qualquer maneira. Esses foram os erros que nós cometemos e espero que não se repitam. Têm sempre um custo”, frisou.

A entrevista de Passos Coelho, que na sexta-feira terminou uma visita de dois dias ao Brasil, será transmitida na íntegra na segunda-feira no canal Globo News.

Notas do Papa Açordas: É natural que esta crise se mantenha até 6 ou 7 meses antes das próximas legislativas. Vai acontecer como em 2009, em que o sr.Sócrates decretou o fim da austeriddade e, até deu um aumento de 2,9 % à Função Pública. As moscas mudaram, mas a merda, aliás, os métodos são os mesmos...

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1 comentário:

Kruzes Kanhoto disse...

Não é que pretenda defender o Sócas - muito longe disso - mas este é um daqueles casos em que uma mentira repetida muitas vezes se transforma numa verdade. De facto o aumento salarial foi de 2,9 mas a isso há a retirar 0,5 de aumento de desconto para a ADSE e 1,00 de aumento de irs. Ou seja o que realmente ficou para os funcionários foi 1,4%. Ainda assim é mais do que o país podia suportar? Talvez.Principalmente se a isso associarmos a quantidade gigantesca de gente que as máquinas partidárias metem nas administrações públicas sempre que mudam as moscas...