sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alunos são "cada vez mais fracos", avisam os docentes

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De um lado da trincheira está a professora universitária que reprovou quase 70% dos seus alunos; do outro, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa que lhe retirou a regência das cadeiras por considerar que a docente aplicou uma "avaliação exorbitante". São os dois flancos de uma batalha travada entre a professora de Técnicas de Laboratório e Segurança, Elvira Gaspar, e o director da faculdade, Fernando Santana. Resta agora saber qual dos dois pratos desta balança é mais pesado. Serão os professores demasiado exigentes? Ou, pelo contrário, estarão os estudantes menos bem preparados para o ensino superior?
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Cada caso é um caso, alertam os professores, mas uma boa parte deles reconhece que, regra geral, o nível de preparação dos seus alunos "tem vindo a baixar", defende Isabel Ferreira que dá aulas de Física aos caloiros do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa (ISA). É como se fosse um choque de gerações. Entre o que os professores esperam dos alunos e o que encontram nas suas turmas há uma distância de uma ou mais décadas: "O grau de conhecimento dos estudantes não é o mesmo de há dez ou 15 anos, mas ainda há uma tendência para olhar para o passado como um modelo de referência.
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"É o resultado da massificação do ensino superior, mas não é só isso, adverte Isabel Ferreira: "Estamos perante uma consequência de ao longo destes anos os professores do secundário terem sido pressionados a passaram os seus alunos, criando taxas de sucesso artificiais." E no momento de entrarem na universidade, os estudantes trazem consigo todas as suas fraquezas que são "mais visíveis" no primeiro ano, embora os professores de anos mais avançados "já comecem também a fazer as mesmas queixas". Tal qual uma "doença contagiosa" que se alastra, conta a professora do ISA.
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Notas do Papa Açordas: Quando o Ministério da Educação obriga os professores do Secundário a passar o aluno a qualquer preço, ou melhor, com qualquer nível de conhecimentos, é o que dá... mais tarde, na Universidade ... Mas, compreende-se... eles estão ao nível do governo!...
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1 comentário:

lidiasantos almeida sousa disse...

Ontem vi esta Senhora a pavonear-se na Praia a dissertar sobre as suas reprovações e lembrei-me da professora do Norte que foi capa de uma revista tipo Play Boy. Parece ter feito estas reprovações de propósito para aparecer na Comunicação Social,mas poderia ter seguido a via da colega nortenha. Não estou a criticar as reprovações pois não estou dentro do assunto, mas um pouco mais de ética e descrição não lhe ficariam nada mal. Tudo serve para malhar nos pobres alunos que sãa os adultos de amanhã e servem de boomerang para estes politicos e jornalistas da treta.