Face Oculta
Pinto Monteiro recusa-se a reabrir escutas de Sócrates
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O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, recusa-se a falar na eventual reabertura das investigações ao primeiro-ministro José Sócrates após a divulgação de vários despachos judiciais e de escutas telefónicas que dão conta de "fortes indícios da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo para interferência no sector da comunicação social, visando o afastamento de jornalistas incómodos e o controlo dos meios de comunicação social", nas palavras do procurador, João Marques Vidal.
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O semanário Sol reproduziu ontem o conteúdo de diversos documentos e transcreve várias escutas, a maior parte entre Paulo Penedos, dirigente do PS e na altura assessor da Portugal Telecom, e Rui Pedro Soares, o administrador executivo para quem trabalhava nessa empresa. Armando Vara, então vice-presidente do BCP, também aparece e no primeiro revés da estratégia de afastar a jornalista Manuela Moura Guedes e o seu marido, director da estação, José Eduardo Moniz, resume assim o plano: "Esta operação era para tomar conta da TVI e limpar o gajo". Na edição de hoje do Expresso, o juiz Paulo Brandão, de Aveiro, diz que as escutas não foram ainda destruídas.
Pinto Monteiro recusa-se a reabrir escutas de Sócrates
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O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, recusa-se a falar na eventual reabertura das investigações ao primeiro-ministro José Sócrates após a divulgação de vários despachos judiciais e de escutas telefónicas que dão conta de "fortes indícios da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo para interferência no sector da comunicação social, visando o afastamento de jornalistas incómodos e o controlo dos meios de comunicação social", nas palavras do procurador, João Marques Vidal.
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O semanário Sol reproduziu ontem o conteúdo de diversos documentos e transcreve várias escutas, a maior parte entre Paulo Penedos, dirigente do PS e na altura assessor da Portugal Telecom, e Rui Pedro Soares, o administrador executivo para quem trabalhava nessa empresa. Armando Vara, então vice-presidente do BCP, também aparece e no primeiro revés da estratégia de afastar a jornalista Manuela Moura Guedes e o seu marido, director da estação, José Eduardo Moniz, resume assim o plano: "Esta operação era para tomar conta da TVI e limpar o gajo". Na edição de hoje do Expresso, o juiz Paulo Brandão, de Aveiro, diz que as escutas não foram ainda destruídas.
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Mas os detalhes do plano, que passou por uma viagem de Rui Pedro Soares a Madrid, num jacto privado, para falar com os responsáveis da Prisa, dona da Media Capital, não foram considerados relevantes pelo PGR. O mesmo veio ontem esclarecer que o que veio ontem a público "não altera absolutamente nada do que decidiu nos despachos a propósito proferidos". Afinal, Pinto Monteiro já tinha ouvido estas mesmas escutas (e outra que ainda se mantêm em segredo, onde Armando Vara fala com Sócrates) e considerou em Novembro passado "não existirem elementos probatórios" que justificassem a abertura de um inquérito contra o primeiro-ministro ou algum dos outros indivíduos mencionados na investigação.
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Numa nota enviada à comunicação social e recusando-se a responder a perguntas, Pinto Monteiro, adianta "as questões relacionadas com as referidas escutas foram decididas em definitivo pelos despachos do senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça [STJ], proferidos no uso de competência própria e já transitados em julgado". As declarações são estranhas na medida em que o presidente do STJ só tem competência para autorizar e validar escutas que envolvam o primeiro-ministro, o que não é o caso. José Sócrates não aparece em nenhuma das escutas ontem publicadas pelo Sol, sendo os especialistas unânimes na validades destas intercepções, que foram devidamente autorizadas.
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Notas do Papa Açordas: Por muito menos trapalhadas, Jorge Sampaio pôs o Santana Lopes na rua. Que estará à espera Cavaco Silva para proceder da mesma maneira, em relação a Sócrates? O povo agradece, este acto de caridade...
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4 comentários:
Pior do que ter um PM que se envolve neste tipo de coisas é não ter nenhum PM. O Presidente da Republica, na situação delicada em que o País se encontra, não vai andar a piorar ainda mais as coisas. Parece-me óbvio...
As trapalhadas de Santana não passaram além fronteiras, os casos de Sócrates estão a prejudicar gravemente a imagem do país no estrangeiro! Entre ele e Berlusconi difere pouco mais do que o estilo! Temos aguentado com ele(s), não sei se os outros estão para o aturar!
Contrariamente ao Aeoinis, penso que, com um governo destes, mais vale não ter governo nenhum!
Um abraço também óbvio mas com um "demito-o"
Well I to but I about the brief should prepare more info then it has.
Não sei se não será preferível não ter nenhum PM do que ter este...
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