sábado, 29 de novembro de 2008

ESCOLAS: a ferro e fogo...

-
Em escola de Gondomar
Professora agredida a murro e pontapé por aluno

-
Uma professora da Escola EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi ontem agredida a murro, estalada e pontapé por um aluno de 16 anos, tendo recebido tratamento hospitalar, disse à Lusa fonte da GNR.
-
A agressão terá ocorrido em retaliação por a professora o ter levado à presença do Conselho Executivo, por alegado comportamento incorrecto.
-
A docente foi assistida no Hospital de São João, no Porto, com lesões numa perna e num olho.Em declarações à televisão regional Porto Canal, a docente, que exerce há 28 anos, contou que chamou a atenção do aluno quando este se encontrava no perímetro escolar a proferir palavrões.
-
"Chamei-o à atenção e ele insultou-me. A partir daí, disse que teria que ir comigo ao Conselho Executivo (CE). Ele resistiu e acabou por ir, enquanto eu fui dar a minha aula", afirmou.
-
"Finda a aula, e ao passar junto à porta de acesso à sala do CE, ele viu-me, começou a correr para mim desenfreado e agrediu-me com murros, estalos e pontapés, além de me partir os óculos", acrescentou.
-
Nota do Papa Açordas: Resultado: a aventesma da DREN vai propor o aluno para uma medalha no 10 de Junho e a professora, irá ter nota negativa na avaliação...
-

5 comentários:

Anónimo disse...

Carta já enviada ao Presidente da República

Ex.mo Senhor Presidente da República,

Eu, -----------, professor, possuidor do B. I. n.º -----------, venho, por este meio, colocar à consideração de V.ª Ex.ª o conteúdo de depoimentos de um aluno, que exprime bem o ambiente geral em relação aos professores. Este aluno diz o que já muitas vezes ouvi e presenciei, no exercício da minha profissão. Infelizmente, tudo o que ele diz é a mais autêntica realidade!

«Os alunos não têm razão de queixa? Essa é boa!! Acham vocês que os alunos não ressentem estas manifestações todas¿ Porque é que acham que cada vez mais alunos batem em professores? Porque vêm que de tanto lutar e não conseguirem nada os professores estão a ser ridicularizados pelo ME. E se o ME ridiculariza os profs porque não podemos também nós fazer o mesmo.» «No que toca ao ordenado e as condições reconheço que os professores são das pessoas licenciadas mais mal-tratadas do país (se não AS mais mal-tratadas) Ninguém trata mal um engenheiro civil. Toda a gente o trata por senhor engenheiro. Ninguém trata mal um gestor. Todos lhe chamam senhor doutor. Agora os professores¿Tanto pode ser tratado com porco ou galinha ou outro animal qualquer¿»
«Eu sinto que hoje um prof está nas mãos do estado. Os próprios profs vão para as aulas cansados. Já tive uma situação de uma professora que nos foi dar uma aula e começou a chorar por ter muito que fazer e ter pouco tempo para os filhos¿ E nós, sem saber o que fazer, apercebemo-nos que a burocracia é mais que muita!»
«Antigamente, quando um rapaz mal educado respondia mal a um(a) professor(a), levava com a régua na escola e levava um raspanete dos pais. Hoje os alunos "complicados/mal comportados" sabem que podem fazer 30 por uma linha que dificilmente sofrerão as competências, já que vêm os professores a serem mal-tratados pelo ministério, pelos seus pais e DEVEM, (aqui é que entra a minha busca de razões), DEVEM, repito, pensar que também eles podem maltratar os professores.»
Depoimentos extraídos dos comentários presentes em: http://educar.wordpress.com/2008/08/27/mensagem-urgente-aos-professores
Por tudo o que lhe é mais precioso, peço a V.ª Ex.ª para que faça alguma coisa para defender os professores portugueses, cuja vida é tão difícil neste país!... Não podemos qualificar de civilizado um país que trata as pessoas desta maneira.
Os meus mais respeitosos cumprimentos, confiante em qualquer atitude de apreço que V. Ex.ª venha a ter pelos professores e pela melhoria do ensino português, que chegou mesmo ao fundo do abismo!
-------------------------
Do conteúdo desta mesma carta, também já foi dado conhecimento aos 4 partidos da oposição.

Pata Negra disse...

Os socretinos devem estar a esfregar as mãos, os resultados da sua campanha contra o estatuto social dos professores começa a dar os seus frutos.

António de Almeida disse...

-Que dizer? Preconceitos ideológicos impedem encarar estes fenómenos de frente.

Anónimo disse...

Este país precisa de quem lhe pegue a ferro e fogo! Não me surpreende, a curto prazo, encontrar igrejas e viaturas queimadas ou baleadas, actos passíveis de pedofilia, lenocínio ou consumo de estupefacientes nas escolas, ameaças e agressões em grupo a professores, pais e funcionários, cães vadios imolados, cadáveres de sem-abrigo empilhados no interior de recintos escolares, crianças de lábios grudados amarradas a árvores, incêndios em área urbana circundante, padres banhados em lixo, adolescentes com madeixas arrancadas, facadas anónimas, adeptos enforcados com o próprio cachecol, edifícios espelhados pintados ou quebrados, dejectos abandonados frente a instituições públicas, assaltos no metro em pleno dia, pares de agentes policiais dominados e abatidos com a própria arma, viagens de táxi pagas a murro e a martelo, tudo colmatado com o voto de silêncio de gangues organizados de jovens endoutrinados amargurados com o sistema… Calma Portugal!

A. João Soares disse...

Caro Papa açordas e comentadores,
Temos de ser realistas e alinhar na modernidade do migalhães. As criancinhas não devem ser contrariadas a fim de não ficarem traumatizadas para a vida inteira. Ter faltas não deve dar reprovação. Aliás deve deixar de haver reprovações para os meninos e as meninas não se sentirem descriminados.
Se acabarem os estudos sem saber nada isso não tem interesse. É da maneira que não sabem pensar nem criticar os erros da governança.
No tempo do Estado Novo, esse efeito era conseguido com pouca escolaridade. Agora, como é preciso trabalhar para as estatísticas, organiza-se o funcionamento do ensino de forma a saírem sem nada saber nem terem educação cívica.
Nada acontece por acaso!!!
Abraços
João