quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Educação - O acordo que não era acordo...

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Primeiro-ministro diz que processo é fundamental para o sistema educativo
Avaliação vai continuar nos moldes acordados com sindicatos, garante Sócrates

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O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a avaliação dos professores vai continuar a ser feita nos moldes acordados com os sindicatos, classificando-a de "absolutamente fundamental" para a melhoria do sistema educativo.
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"Vamos cumprir o acordo estabelecido com os sindicatos e aplicar a avaliação dos professores", afirmou José Sócrates, que falava em Ponte de Lima, recusando as críticas de arrogância, inflexibilidade e falta de diálogo que têm sido feitas ao Governo. "Pode-se acusar o Governo de tudo, menos de não ter tentado negociar com os sindicatos", disse.
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José Sócrates lembrou, ainda, que a seguir à manifestação dos professores em Março o Governo "dialogou com os sindicatos e chegou a acordo", tendo sido assinado um memorando de entendimento. "Eu acho que não é pedir de mais à outra parte que cumpra o que assinou. Se há inflexibilidade de alguém é do lado dos sindicatos, que estão a pedir ao Governo que desista de governar e de ter o seu ponto de vista para impor o seu", acrescentou.
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Nota do Papa Açordas: Se havia um acordo entre duas partes, e ele foi denunciado por uma delas, deixou de haver acordo. Sócrates, ao dizer que vai cumprir o acordo (?) até ao fim, está a fazer "bluf". O acordo, se alguma vez houve acordo, deixou de ser válido...
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2 comentários:

PreDatado disse...

Absolutamente verdade a sua conclusão mas, qual era o acordo? Até agora nunca ouvi nem o Governo nem os Sindicatos se pronunciarem sobre os termos desse acordo. Era algum pacto secreto?

Pata Negra disse...

A acta do entendimento foi lida diante da própria ministra e lá se dizia que os Sindicatos não iriam desistir de lutar contra um modelo de avaliação de que discordam profundamente. Aliás, as palavras do porta-voz da Plataforma, após a assinatura, foram claras: "abrimos uma brecha no muro, agora teremos de o derrubar...", tendo a Plataforma, por essa razão, mantido os protestos que se encontravam previstos para o final de Abril e o mês de Maio.