sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cavaco Silva sugere que segundo resgate se tornou mais provável nos últimos dias

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Presidente da República defendeu que o sucesso do período pós-troika em Portugal depende da estabilidade política.

O Presidente da República mostrou-se, nesta sexta-feira, preocupado com a possibilidade de nos últimos dias se ter tornado mais provável um cenário em que Portugal não consegue obter acesso ao mercado a taxas de juro razoáveis, sendo forçado a recorrer a um segundo resgate.

Na sua intervenção inicial, esta manhã no encontro de economistas que a Presidência está a promover no Palácio de Belém, Cavaco Silva repetiu por diversas vezes que existia a possibilidade de, nos últimos dias, as probabilidades de Portugal conseguir o regresso bem-sucedido aos mercados terem mudado.

A traçar cenários para o período após a conclusão do programa de ajustamento português em Junho de 2014, o Presidente disse que ou Portugal consegue obter financiamento nos mercados a taxas razoáveis, o que era considerado ate há poucos dias a hipótese mais provável, (...) ou verifica-se a hipótese mais negativa, a que os analistas atribuíam até há poucos dias baixa probabilidade, de se verificar uma incapacidade de Portugal recorrer aos mercados.

O Presidente salientou ainda, como uma das condições para o sucesso de Portugal no período pós-troika, a necessidade de existência de estabilidade política.

No lançamento do debate, que reúne 30 economistas portugueses de diversas universidades, Cavaco disse também que o objectivo do encontro era debater a situação após o final do programa de ajustamento, independentemente do Governo que estiver em funções nessa altura.

Cavaco Silva tem gerido a crise política nos bastidores e na quinta-feira exigiu que o acordo entre o PSD e o CDS passe pela manutenção dos líderes dos dois partidos da coligação. O Presidente considera que não é viável um Governo de coligação em cujo Conselho de Ministros não se sentem os responsáveis máximos dos dois partidos.

Notas do Papa Açordas: Não se compreende como o "amigo" de Miguel Sousa Tavares anda tão preocupado com o pós-troika, e não com o presente. Afinal, queira ou não, este é um governo que está sob a sua protecção...

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