Seguro responsabilizou PSD e CDS pelo insucesso das negociações a três. Os partidos da maioria apostam agora na remodelação do Governo já proposta ao Presidente. Cavaco está em silêncio, mas tem pouca margem de manobra.
Conversa acabada. PSD, PS e CDS-PP não chegaram a qualquer acordo, muito menos um "compromisso de salvação nacional" como pedira o Presidente da República. Goradas as negociações da última semana, Cavaco Silva fica agora com o ónus de decidir o passo seguinte: ou mantém o actual governo, ou aceita a remodelação proposta por Passos Coelho e Paulo Portas. A margem de manobra do Chefe de Estado é curta. O próprio afastou a hipótese de promover um governo de salvação nacional, por impossibilidade constitucional. E pôs totalmente de parte, na declaração ao país a 10 de Julho, o cenário de eleições no imediato.
Foi António José Seguro quem deu a notícia do desacordo ao país, enquanto a maioria PSD/CDS se remetia ao silêncio. O secretário-geral do PS apontou o dedo aos dois partidos da coligação, responsabilizando-os por terem inviabilizado o "compromisso de salvação nacional" ao não aceitarem as suas propostas de incentivo ao crescimento da economia e redução da austeridade. "Este processo demonstrou que estamos perante duas visões distintas e alternativas para o país", apontou: "Manter a direcção ou dar um novo rumo".
Notas do Papa Açordas: O Presidente da República quis "entalar" o PS, mas foi o próprio que ficou entalado!... Seguro fez aquilo que todos os socialistas, ou quase todos, desejavam: renunciar a um acordo ou compromisso com os partidos que, nos últimos tempos mais o têm maltratado. Não é com vinagre que se apanham moscas, diz o povo e com razão. Passos Coelho e Paulinho "irrevogável" têm o resultado da "pesca" que andaram a fazer...
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