O secretário-geral do PS afirmou hoje que advertiu os representantes da troika que Portugal "atingiu o sinal vermelho", sobretudo ao nível do desemprego, e que as divergências quanto à receita aplicada no país estão a "aprofundar-se".
António José Seguro falava aos jornalistas, em conferência de imprensa, no final de uma reunião com os representantes da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) na sede nacional do PS, encontro que durou cerca de 80 minutos.
"A receita que está a ser aplicada não conduz à solução. Dissemos aos representantes da troika que Portugal atingiu o sinal vermelho, sobretudo no que se refere ao desemprego", declarou o secretário-geral do PS. “Como é possível que a troika diga que estamos no bom caminho, se só o desemprego atingiu 15%?”, perguntou.
Seguro mostrou desagrado pela forma como a troika está a gerir as contas do país, sublinhando que não tem de ser “o país a adaptar-se ao memorando, mas sim o memorando ao país”. Segundo ele, é necessário um caminho alternativo para Portugal. A adenda ao Tratado Orçamental, proposta pelo PS, pode ser um "contributo para dinamizar a economia e combater o flagelo do desemprego".
O IVA sobre a restauração também foi motivo de indignação para o líder do PS: “insistimos que o aumento do IVA na restauração tem de ser corrigido. Prevê-se cerca de 45 mil desempregados daqui a dois anos, fruto do aumento do IVA. É inadmissível”, sublinhou.
Notas do Papa Açordas: A famigerada troika devia de pôr os olhos na Grécia, onde a austeridade imposta está a provocar o drama nas famílias. Ainda hoje, um indivíduo de 60 anos e a sua mãe, de 90, se suicidaram do telhado de um prédio de 5 pisos, por não terem nada para comer...
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