O coordenador do BE, Francisco Louçã, denunciou hoje que o Governo prolongou o benefício da garantia de potência por mais 20 anos às empresas produtoras de eletricidade, "a troco de uma ligeira diminuição" desta renda paga pelo Estado.
Em decreto-lei publicado na segunda-feira, o Governo revogou a garantia de potência - renda anual que o sistema elétrico paga aos produtores para compensar os dias em que as centrais térmicas estão paradas e de sobreaviso - decidida pelo Executivo de Sócrates em agosto de 2010, que voltará a ser reposta "a partir do final do Programa de Assistência Financeira até ao final da vida útil de cada centro eletroprodutor", reposição que sofrerá um corte de 30 por cento sobre o valor até agora pago.
Hoje, durante um almoço com militantes em Ovar, Francisco Louçã disse que "o ministro da Economia foi esta semana ao Parlamento dizer" que o Governo "já só" vai garantir dois biliões de euros de rendas excessivas para a EDP e para algumas outras empresas.
"E nós fomos investigar e vimos que não são só os dois biliões. São tanto dinheiro desperdiçado num país que tanto precisa. É muito mais do que isso. É que foi garantida à EDP uma ligeira redução durante dois anos daquilo que está a ser pago de rendas excessivas, a chamada garantia de potência, ou seja, paga-se quer produza quer não produza, quer utilize quer não utilize, quer sirva quer não sirva", declarou.
Assim, o coordenador do BE denunciou: "Mas o Governo, à socapa, foi garantir à EDP e a outras que este benefício da garantia de potência da renda excessiva é prolongado por mais 20 anos a troco de uma ligeira diminuição, que ainda assim lhes garante dois biliões nos anos que correm. Mais 20 anos".
Notas do Papa Açordas: Como se sabe, não há almoços grátis e, como tal, António Mexia foi recrutar aos apoiantes do governo alguns elementos, tipo cromo, como o sr. Catroga e a srª Cardona... Querem mais?...
-
Sem comentários:
Enviar um comentário