François Hollande é o novo Presidente de França. Depois do “hiper Presidente” que foi Nicolas Sarkozy, e que deixou meio país zangado com ele, chega ao Eliseu o “Presidente normal”, como o socialista sempre se apresentou e como é designado na manchete desta segunda-feira do jornal “Libération”.
Com 51,56% dos votos (contagem quase definitiva, às 23h30), face aos 48,44% de Nicolas Sarkozy, François Hollande disse na Praça da Bastilha, em Paris, onde chegou já em cima da meia-noite, que a sua vitória é uma mensagem para todo o povo da Europa que, apesar do que dizem os seus líderes, quer que se ponha termo à austeridade.
“Em todas as capitais, há pessoas que, graças a nós esperam e querem acabar com a austeridade. A minha mensagem é: vocês são um movimento que se ergue em todo o mundo! Uma exigência de mudança!”, afirmou Hollande, perante uma multidão onde se agitavam bandeiras de vários países europeus.
O novo presidente entrará em funções o mais tardar dentro de dez dias e deverá formar Governo também até 16 de Maio. A gravidade da crise económica não lhe permitirá ter um estado de graça, e já este mês terá de representar a França em palcos internacionais importantes: 18 e 19 de Maio em Camp David, nos EUA, na cimeira do G8, e nos dias 20 e 21 de Maio, na cimeira da NATO em Chicago, onde deve anunciar que a França se retira do Afeganistão antes do final de 2012 – um ano antes do previsto.
"A minha missão agora, dar ao projecto europeu uma dimensão de crescimento, emprego, prosperidade", disse o candidato eleito. “A Europa observa-nos; estou certo qde ue com este resultado, em muitos países houve um alívio, uma esperança. A ideia de que enfim a austeridade não tinha de ser uma fatalidade. É o que vou dizer aos nossos parceiros e em primeiro lugar à Alemanha.”
A 21 de Maio, abre-se oficialmente a campanha eleitoral para a primeira volta das eleições legislativas, a 10 de Junho. A primeira sondagem, feita no sábado, dá a vitória para os socialistas, com 44% das intenções de voto, juntando a votação da Europa Ecologia/Os Verdes, com quem o PS tem um acordo eleitoral.
Notas do Papa Açordas: Ainda bem que a França passa a ter um "Presidente normal", e deixa de ter um presidente germanófilo, adepto de todas as diatribes e travessuras da senhora Merkel...
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Notas do Papa Açordas: Ainda bem que a França passa a ter um "Presidente normal", e deixa de ter um presidente germanófilo, adepto de todas as diatribes e travessuras da senhora Merkel...
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