Atravessar a fronteira e ir comprar medicamentos em Espanha já é vulgar no Minho e no Alentejo; farmacêuticos do lado de cá começam a queixar-se da quebra de lucros.
Espanha é um destino de eleição dos portugueses na hora da compra de medicamentos. Mesmo sem a comparticipação do Estado português, comprar do outro lado da fronteira continua a representar ganhos, apesar da baixa generalizada do preço dos medicamentos registada em território nacional graças à descida do preço dos genéricos e ao novo regime de formação de preços que passou a ter como países de referência Espanha, Itália e Eslovénia.
Comprar uma embalagem de medicamento genérico com o princípio activo Omeprazol (28 unidades, 10 mg) custa, em terra espanhola, 2,50 euros. Em Portugal, o medicamento com as mesmas características (mas em embalagens de apenas 14 unidades, pois não existe de 28) custa 3,58 euros. Ou seja, em Espanha consegue-se o mesmo medicamento a menos de metade do preço, mesmo sem qualquer comparticipação.
Este é apenas um dos exemplos que conduzem diariamente uma média de dois portugueses à Farmácia Alvarez Duran, no centro histórico da cidade galega de Tui, ao lado da fronteira com Valença (Minho). Ao PÚBLICO, a responsável pelo estabelecimento, Consuelo Alvarez Duran, confessou que ao fim-de-semana chegam a ser uma média de três dezenas os portugueses que ali vão propositadamente à procura de fármacos a preços mais económicos. "Vêm comprar sobretudo medicamentos para a terceira idade, que são mais baratos em Espanha, ou que não fabricam em Portugal, e produtos de parafarmácia."
Notas do Papa Açordas: Ainda pode aproveitar para encher o depósito do carro, comprar duas ou três garrafas de gás, por metade do preço e fazer algumas compras no campo alimentar... Este país está a saque! ...
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