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Cavaco concorda com a descida da taxa social única. PSD diz que não aumenta impostos.
Depois das críticas que a ideia inicial recolheu, Passos Coelho retomou a ideia de privatizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD) procurando agora o meio-termo: a privatização parcial do banco público, mas só quando a troika sair de Portugal.
"Durante o período de vigência do memorando, não haverá abertura parcial do seu capital social a pequenos accionistas privados", começa por apontar o programa do PSD ontem aprovado, "em momento ulterior", situa, "a CGD poderá ser levada à bolsa, a fim de dispersar uma parte minoritária do seu capital". Para Passos, esta é uma forma de matar vários coelhos de uma cajadada: a venda de parte do capital da CGD irá "reduzir a dívida pública", reduzindo ainda "o potencial de interferências políticas" na gestão da CGD. Retirar a alcunha de "braço-armado" do governo ao banco público é outra ideia do programa do PSD, que defende que a CGD deve "alienar a sua carteira de participações em empresas cotadas, num valor total estimado de 1,3 mil milhões de euros" - além da venda integral do sector dos seguros e da saúde. Estas participações da CGD em várias empresas cotadas são utilizadas para (pelo menos tentar) impor o dedo estatal nas mesmas. O dinheiro resultante das vendas servirá para "o reforço dos capital da CGD", respondendo a uma das exigências da troika, que quer que a banca tenha um tier 1 - solidez financeira - de 10% até 2012. A CGD conta com 8,8%.
A privatização parcial da CGD é uma ideia que já tem algum amadurecimento. Diz o programa do PSD: "Nenhum accionista a título individual deverá deter uma participação de capital votante superior a um nível a fixar."
Notas do Papa Açordas: A privatização, embora parcial, da Caixa Geral de Depósitos, não faz sentido, porque estamos em tempos de vacas magras. É melhor esperar mais algum tempo, até os mercados se recomporem para, assim, obter um valor muito superior.
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