quinta-feira, 5 de maio de 2011

Austeridade atinge pico em 2013. Famílias pagam maior factura

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Entre aumentos de impostos e cortes nos benefícios, a ajuda externa vai custar três mil milhões aos agregados portugueses entre 2012 e 2013

As famílias portuguesas vão pagar uma fatia substancial da factura imposta pela troika para ajudar Portugal.

Fazendo as contas apenas às medidas que incidem directamente sobre os particulares, chegamos a uma factura da ordem dos 3 mil milhões de euros em apenas dois anos - 2012 e 2013.

Esta soma resulta de duas parcelas: quanto as famílias vão pagar a mais em impostos e quanto vão receber a menos em benefícios, subsídios e pensões do Estado. Este valor representa cerca de 40% do esforço total pedido à economia portuguesa com base na quantificação do impacto de cada medida feita no memorando de acordo entre o governo e o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.Esta conta é ainda por baixo. Há iniciativas que terão também efeito negativo nas famílias, mas não são para já quantificáveis. Nesta situação está, por exemplo, a redução de custos imposta nas áreas da saúde e da educação, onde o esforço de contenção atinge os 1,3 mil milhões de euros nos dois anos.

O principal esforço pedido às famílias vai passar pelo aumento dos impostos em todas as frentes: o IRS sobe por via da redução ou da eliminação de benefícios fiscais; os bens e serviços, incluindo a essencial electricidade, vão ficar mais caros com o agravamento das taxas reduzidas do IVA e de impostos específicos. Mas é nas despesas relacionadas com a casa que as medidas da troika mais vão doer: a redução e a eliminação de benefícios e deduções com prestações da casa e respectivos juros e um duplo aumento do imposto sobre imóveis (taxas mais altas e imóveis mais valorizados).

Para o fiscalista Rogério M. Fernandes Ferreira, as famílias com casa própria são o grupo mais sacrificado neste pacote de medidas que quer baixar o elevado endividamento dos particulares.

Notas do Papa Açordas: Mais uma vez é a classe média que vai pagar a factura. A penalização vai incidir mais sobre quem tem habitação própria, pois sobe o IMI e desce o benefício que tinha em sede de IRS... Quanto ao desemprego: como poderá atingir os 13% em 2013, se o desemprego real já está perto dos 14%?!... nem sequer sabem fazer contas...



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