“Sou a favor de castigos penais para quem geriu o país de uma forma tão gravosa, mas, se calhar, estes senhores ainda vão ganhar as eleições”. Medina Carreira é a segunda figura pública a pedir hoje justiça contra aqueles que, considerou, “levaram o país à ruína”. Horas antes, Belmiro de Azedo dizia que “tem de haver culpados, nomeadamente aqueles que foram responsáveis pela gestão do país”.
Medina Carreira falava perante uma jovem plateia, numa conferência organizada pelo núcleo jovem da SEDES, um think-tank português que se dedica a analisar os vários aspectos da sociedade portuguesa.
E Medina Carreira, que faz parte do grupo de reflexão da SEDES, alertou os jovens “que vocês são a primeira geração que vai ficar pior do que anterior”. Referindo-se em concreto à questão do resgate a Portugal, acordado com a troika, o jurista especialista em assuntos fiscais alerta que “o prazo do acordo deve ser alargado, senão daqui a dois ou três anos estamos como a Grécia está neste momento”. A conclusão, para Medina Carreira, é que “vamos ter renegociar a dívida”. Tudo porque, “mesmo que cumpríssemos todas as medidas previstas na troika continuamos na bancarrota”.
Considerando o actual “sistema político ineficaz”, Medina Carreira diz que “os governos monopartidários não resolvem nada: não chamam o FMI pois é impopular e não fazem reformas pois também são impopulares.” A receita passa, pelos vistos, “por uma coligação para dividir a impopularidade”.
Notas do Papa Açordas: Aqui, no Papa Açordas, já por várias vezes escrevemos sobre esse tema, tendo proposto, igualmente, castigos penais. Mas parece que os aprendizes de político nacionais são inimputáveis, ninguém é culpado de nada...
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