Nova norma ainda não entrou em vigor por falta de aplicação informática embora esta rubrica tenha tido um orçamento de 9,1 milhões de euros
Uma circular publicada em Novembro do ano passado obriga os centros de emprego a contabilizar pelo menos mais cerca de 164 mil pessoas nas estatísticas do desemprego publicadas mensalmente por aquele organismo. Isto faria subir para 804 mil os que procuram emprego em Portugal, em vez dos 640,3 mil contabilizados em Março.
Além destas 164 mil pessoas, há mais quase 80 mil que foram varridas dos ficheiros do Instituto de Emprego e Formação Profissional entre Janeiro e Março por não terem comparecido às chamadas bimensais. Estes números globais são, por ora, confidenciais e apenas divulgados nas reuniões do conselho de administração, onde têm assento os parceiros sociais. Porém, uma circular interna de Novembro que ainda não é aplicada alertou os serviços para a obrigatoriedade de contabilizarem de uma forma mais clara os inscritos no instituto.
As regras comunitárias de contabilização do desemprego nos centros de emprego, e que agora têm de ser seguidas em Portugal, obrigam a esta maior transparência na divulgação dos dados. Isto significa que os 163,6 mil frequentadores das políticas activas de emprego têm de ser divulgados em conjunto com o número de desempregados ou candidatos a emprego divulgados mensalmente pelo IEFP. Sendo assim, aos 640 392 inscritos nos centros de emprego em Março deveriam ter sido somados os 163,6 mil frequentadores de políticas activas de emprego, o que daria um total de 803,9 mil inscritos no IEFP. Se a este montante somássemos os 27 mil desempregados que não comparecem duas vezes por mês à chamada do IEFP, o valor ainda seria mais alto: 830,9 mil.
Notas do Papa Açordas: Uma coisa que se exige de Passos Coelho, após ganhar as próximas eleições, é saber quantos desempregados existem em Portugal. Já vimos que, com Sócrates, é só manipulação e ocultação de dados sérios, reais e honestos...
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