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Presidente da Câmara de Reguengos meteu na gaveta 47 autos da GNR contra discoteca
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A vida de Inácio Santos, um professor de Reguengos de Monsaraz, foi um inferno durante anos. Paredes meias com a sua casa, os lavadouros municipais foram cedidos pela câmara local, em 2001, a uma empresa que ali instalou uma discoteca.
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A vida de Inácio Santos, um professor de Reguengos de Monsaraz, foi um inferno durante anos. Paredes meias com a sua casa, os lavadouros municipais foram cedidos pela câmara local, em 2001, a uma empresa que ali instalou uma discoteca.
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A partir de então o barulho e a confusão não lhe largaram a porta.“Até 2004 praticamente não houve um fim-de-semana em que não me visse obrigado a chamar a GNR”, lembra Inácio Santos. Em causa estava a permanente violação da lei do ruído e dos horários do estabelecimento, apesar de estar autorizado a funcionar até às seis da manhã. Entre os destinatários das suas queixas contavam-se também as autoridades regionais do Ambiente e a câmara municipal, que era a proprietária do espaço.
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Por parte da GNR a resposta foi sempre pronta. Os guardas compareciam, constatavam o incumprimento da lei e levantavam o respectivo auto de notícia. Ao presidente da Câmara, o socialista Vitor Martelo, um dos mais antigos autarcas do país, competia depois a instauração dos respectivos processos de contra-ordenação e a aplicação das multas correspondentes.
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No caso das autoridades do Ambiente e da autarquia as suas reclamações pareciam cair em saco roto. “O presidente da Câmara, apesar da minha insistência ao longo dos anos, nunca me recebeu”, salienta. Como os autos da GNR não davam em nada e o direito ao descanso continuava a ser-lhe recusado, o professor queixou-se ao tribunal e à Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT). Do primeiro ainda conseguiu, por via indirecta, uma suspensão da actividade da Sharish - era assim que se chamava a casa - durante perto de um ano.
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Notas do Papa Açordas: Mais uma vergonha que se passa numa câmara municipal. O visado, comportou-se como um ditador do QUERO, POSSO E MANDO, fez tábua rasa dos autos da GNR e o municípe a sofrer todos estes anos. É bom que, na próxima campanha autárquica, os restantes concorrentes não deixem cair este caso, e o trabalhem até à exaustão. Um homem destes não pode continuar à frente duma câmara municipal.
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