domingo, 23 de junho de 2013

Um conselho de ministros ao lado de um casamento

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Protestos à chegada do Executivo ao Mosteiro de Alcobaça

Quando o Carlos e a Cátia resolveram dar o nó e escolher o dia do casamento não imaginavam que a sua entrada no mosteiro de Alcobaça coincidiria, com uma diferença de apenas três minutos, com a da chegada do chefe do Governo, Passos Coelho, que ali foi presidir a um conselho de ministros. Mais: estavam longe de pensar que a sua subida ao altar teria como pano de fundo os gritos, bastante agressivos, de algumas dezenas de manifestantes que protestavam contra o Governo.

Apesar dos protestos, a chegada dos membros do Executivo ao mosteiro de Alcobaça decorreu como previsto, com o presidente da Câmara, o social-democrata Paulo Inácio, a receber um a um os ministros, que eram vaiados à medida que os carros pretos paravam em frente ao monumento. A Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, que dava as boas vindas aos governantes, praticamente não se ouvia perante o ruído de fundo dos manifestantes.

Naturalmente, as vaias maiores foram para Passos Coelho, Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e Paulo Portas. "Demissão", "gatunos" e "o povo unido jamais será vencido" foram os slogans mais ouvidos.

Num conselho de ministros que se pretende informal, nenhum dos seus membros trouxe gravata, mas Passos Coelho foi o único que se apresentou sem casaco. No claustro D. Dinis, já dentro do mosteiro, e longe do ruído de fundo, Paulo Inácio, recordou que o mosteiro estava na génese da nacionalidade e do próprio ensino universitário em Portugal, e que nele se tomaram outrora grandes decisões para o futuro do país, pelo que agora desejava que este espaço fosse inspirador para as deliberações que hoje ali fossem tomadas.

Notas do Papa Açordas: Este desgoverno já não pode dar um passo sem ser contestado... Porquê a teimosia do espantalho em perpetuá-lo no poder? Rua!... Aos dois, claro!...

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