domingo, 30 de junho de 2013

O Governo que derrotou Marx

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"1. A greve geral de quinta-feira repetiu vários dos sinais das anteriores. Mais uma vez ficou bem visível a pouca implantação dos sindicatos nos trabalhadores da actividade privada. Muitos anos de erros na maneira de olhar para a actividade sindical nas empresas, a pouquíssima atenção dada aos desempregados e aos que tentam entrar no mercado de trabalho contribuíram decisivamente para a profunda crise do movimento sindical no sector privado (e não só) e logo num momento em que eram precisos sindicatos fortes e conscientes dos novos desafios que a comunidade enfrenta.
Depois, num momento em que se vive sérias dificuldades, os trabalhadores pensam duas vezes antes de fazer greve para não agravar os problemas das suas empresas. No sector público, os despedimentos anunciados são, como é evidente, um forte incentivo ao não exercício do direito à greve. No entanto, e apesar de tudo isto, a greve geral fez-se sentir. Mais do que a guerra de números dos sindicatos e Governo, fica a sensação da expressão dum enorme descontentamento. Fica a imagem de gente que mesmo com grande sacrifício pessoal fez greve e de outra gente que não fez mas que concorda com os seus motivos.
Houve, no entanto, uma enorme novidade nesta greve geral, algo de que em Portugal não havia memória: às principais centrais sindicais juntaram-se as associações patronais - o barulho de Marx e Engels a darem voltas na campa foi tão grande que deve ter chegado a Lisboa.
Não é que estas associações já não tivessem mostrado, e não por poucas vezes, a sua profunda oposição ao caminho que o Governo está a prosseguir. Os empresários sabem o que está a ser feito à economia portuguesa, vivem-no no dia a dia. Eles sabem onde ficaram as reformas prometidas, a desburocratização e toda a questão dos custos de contexto. Eles sabem para onde a carga fiscal está a empurrá-los. Eles sabem onde pára o crédito. Mas sabem sobretudo que sem clientes não há empresas que resistam.
Sim, eles sabem isso tudo e também sabem que muitos dos males que os afligem não são de agora. O que é de agora é o limite a que estão a ser levados. Se o Governo não percebe o limite a que estão a ser levados os empresários para, no fundo, apoiarem uma greve é porque já não percebe nada. Se o Governo não percebe o significado político e social de patrões e sindicatos se mostrarem unidos contra as opções do Governo, é porque o autismo é completo.
Na mesma quinta-feira, os patrões e os sindicatos portugueses tiveram um apoio, para alguns, inesperado: os partidos que suportam o Governo aprovaram seis de dez propostas apresentadas pela oposição. E que clima se viveu na Assembleia da República: digamos que parecia que ia ser votado um voto de louvor a uma qualquer figura nacional ou internacional consensual, tal era a afabilidade e a cooperação.
Enquanto o ministro Marques Guedes afirmava respeitar mais uns trabalhadores do que outros, no Parlamento, um vice-presidente da bancada social-democrata, Luís Menezes, dirigindo-se aos socialistas, lembrou que "é muito mais o que nos une do que o que nos separa" e chegou mesmo a mostrar compreensão pela proposta para a reposição do valor do IVA da restauração. As perguntas são inevitáveis: alguém tinha avisado o Governo de que iam ser votadas favoravelmente estas propostas? Vítor Gaspar e Passos foram postos ao corrente? Concordam?
Parece que não. Sábado, a TSF divulgava um documento do Ministério das Finanças no qual se arrasam por completo as propostas dos socialistas. As tais que foram aprovadas pelos deputados sociais-democratas e centristas...
Um dia antes, talvez por nessa altura o primeiro-ministro não se encontrar a uns milhares de quilómetros de distância, Luís Montenegro desmereceu as propostas qualificando-as de desilusão. Mas isso seria o menos. Nesse mesmo dia tínhamos visto um primeiro--ministro inflexível com a oposição, sem vontade de ouvir o que quer que fosse e mostrando uma violência no discurso ainda não ouvida. A intolerância com a oposição foi tanta que o CDS se sentiu incomodado e apelou ao diálogo.
A greve geral consagrou definitivamente o total isolamento do Governo. Estes episódios no Parlamento deixaram transparecer o sentimento de profunda desilusão com a governação que percorre o PSD.
Existe de facto um consenso e não há dia em que não cresça." (Pedro Marques Lopes - DN)

sábado, 29 de junho de 2013

Défice de 10,6% no primeiro trimestre

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Valor supera os 7,9% registados no mesmo período do ano passado. Governo fala de ”sucesso”

O défice público disparou, nos primeiros três meses de 2013, para 10,6%, um ponto de partida do ano que torna mais difícil a concretização do objectivo final de défice de 5,5%.

Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e representam a evolução das contas públicas em contabilidade nacional, a metodologia que é usada nos dados enviados a Bruxelas, nos relatórios do défice e da dívida.

No primeiro trimestre, o défice público ascendeu a 4167,3 milhões de euros, ou seja, 10,6% do PIB registado no mesmo período. Em 2012, também nos três primeiros meses do ano, o saldo negativo tinha sido de 3206,9 milhões de euros (7,9% do PIB).

Este agravamento teve como uma das principais explicações a necessidade de contabilização como despesa da injecção de capital de 700 milhões de euros feita pelo Estado no Banif. Ainda assim, mesmo sem contar com esse valor, registar-se-ia um agravamento do défice público em termos homólogos, um resultado particularmente preocupante, tendo em conta o agravamento fiscal que foi posto em prática.

Para o total do ano, a tarefa parece agora ficar ainda mais difícil. O objectivo para 2013 é de um défice de 5,5%, ou seja, cerca de 9000 milhões de euros. Será necessária uma melhoria de desempenho bastante significativa nos três outros trimestres do ano para que a meta seja cumprida.

Notas do Papa Açordas:  É obra! Parabéns ao sr. Passos Coelho e sr. Gaspar por mais este "sucesso"!... Bem diziam eles que os portugueses tinham que empobrecer!... Conseguiram, parabéns!...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Autárquicas Recurso de Menezes rejeitado

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O Tribunal Constitucional rejeitou, esta sexta-feira, o recurso apresentado por Luís Filipe Menezes para impugnar o processo levantado pelo Movimento Revolução Branca, avança o Jornal de Negócios. Deste modo, o actual autarca de Vila Nova de Gaia fica impedido de se candidatar à Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.

Os juízes do Palácio Ratton não aceitaram o recurso que o actual autarca de Vila de Nova de Gaia interpôs contra o processo levado a cabo pelo Movimento Revolução Branca, que justificou o impedimento da sua candidatura à Câmara do Porto devido à Lei de Limitação de Mandatos.

Segundo o site do Jornal de Negócios, os juízes decidiram tomar “não conhecimento” dos motivos invocados no recurso, ou seja, o recurso do autarca foi rejeitado, ficando, assim, impedido de se candidatar à Câmara do Porto nas próximas eleições legislativas, a 29 de Setembro.

O jornal avança ainda que a decisão dos juízes foi tomada ontem, mas que apenas hoje foi enviada “por via postal”.

Luís Filipe Menezes pode, ainda, recorrer desta decisão  para o colectivo da secção que recebeu o processo, no entanto, fonte do Tribunal Constitucional disse ao Jornal de Negócios que dificilmente a decisão será alterada.(Notícias ao Minuto

Notas do Papa Açordas: O rapaz tinha tanta certeza na sua candidatura que nem tinha um plano B. Paciência... Daqui a 4 anos pode-se recandidatar...

Manifestación en Río de Janeiro

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Manifestación en Río de Janeiro

Manifestación en Río de Janeiro
Una joven indígena se manifiesta durante una protesta para pedir mayores presupuestos para la salud y la educación pública, así como respeto a las comunidades indígenas, entre otras reivindicaciones, en Río de Janeiro (Brasil). Según datos de las autoridades, unas 5.000 personas participaron en la concentración. (Marcelo Sayão / EFE)-(20minutos.es)

Festival de Glastonbury

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Festival de Glastonbury

Festival de Glastonbury
Una vista general del lugar que acoge el Festival británico de Glastonbury, cerca de Pilton (Reino Unido). El festival, que se celebra del 26 al 30 de junio, trae como principal novedad en esta edición la actuación inédita de los Rolling Stones. (Facundo Arrizabalaga / EFE)-(20minutos.es)

Crise: Fisco 'lança-se' a quem emprestar muitos milhares à própria empresa

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Em tempo de crise e dificuldades de financiamento na Banca, as soluções não são muitas. Mas, conta hoje o Jornal de Notícias, um empresário que empreste mais de 50 mil euros à sua empresa passa a ficar sob suspeita de fraude fiscal. Para evitar esta situação deve provar que o dinheiro tem origem em fonte legítima.

Uma das alternativas à falta de financiamento disponível na Banca para as empresas pode passar por uma entrega de suprimentos, ou seja, um empréstimo concedido pelo próprio sócio da empresa. Mas se este financiamento foi superior a 50 mil euros, o empresário que tentou ajudar a sua empresa fica sob suspeita de fraude fiscal.

Para evitá-lo, conta o JN, o empresário terá de provar que o dinheiro tem origem legitima, isenta ou já taxada em IRS.

Quem não concorda com esta prática é Miguel Cadilhe, membro do Grupo Informal de Combate aos Custos de Contexto (GICCC), por considerar que “o Fisco desconfia dos suprimentos e dos sócios (…) que trazem saúde [e não doença] às Pequenas e Médias Empresas (PME)”.

O mesmo defende o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro. “Penalizar um sócio por injectar dinheiro numa empresa descapitalizada é, no mínimo, contraproducente”, defende. Mas, Domingues Azevedo, bastonário da Ordem os Técnicos Oficias de Contas, lembra que muitas vezes estes suprimentos são usados para fugir ao Fisco.(Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Para o Fisco talvez seja melhor a empresa ir à falência que recorrer ao suprimento de um dos sócios!... Ah. grande Gasparoika!...És o máximo na asneira!...


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Rally de coches antiguos

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Rally de coches antiguos

Rally de coches antiguos
Un coche clásico participa en el rally de Pekín a París, un rally con 12.300 kilómetros en la Tzoumaz. (Maxime Schmid / EFE)-(20minutos.es)

A greve que interessa

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"Depois de muitos impasses, está a ser construído um centro de congressos em Kingali, no Ruanda. Este desgraçado país, a recuperar do genocídio de 1994, conseguiu colocar 3,5 mil milhões de dólares de dívida a dez anos a um juro de amigo - e a procura ultrapassou oito vezes a oferta. Não vou aqui especular sobre a oportunidade da obra, interessa-me apenas sublinhar que a colocação de dívida ruandesa foi conseguida com um juro igual ao que Portugal teria pago ontem se Gaspar tivesse carregado no botão verde. No dia 3 de maio o Ruanda foi aos mercados e pagou 6,875%; ontem Portugal tocou nos 6,779%.

Não estou a dizer que somos ruandeses. Chamo apenas a atenção para um detalhe: até há bem pouco tempo, apesar de o BCE insistir em comportar-se como o Tio Patinhas - Onkel Dagober, em alemão - a Reserva Federal americana fez o contrário: nunca parou de comprar todo o tipo de dívida no mercado secundário, o que teve efeitos positivos na economia. O desemprego baixou para os 7,6%, a venda de casas normalizou-se, o investimento regressou e o PIB reagiu.

Na verdade, a Reserva Federal anda há três anos a imprimir dólares. Essa liquidez não só ajudou os EUA a sair na frente da Grande Recessão, mas beneficiou (em regra) os países emergentes, os em vias de desenvolvimento e pelo caminho os hesitantes europeus. Com os dólares injetados pela Reserva Federal (compra 85 mil milhões de dólares todos os meses em obrigações), os investidores - fundos de investimento e fundos soberanos - procuraram os negócios com maiores rendibilidades. As dívidas do Ruanda, Portugal, Espanha e outros países passaram assim de investimentos arriscados a boas oportunidades. A procura fez naturalmente cair os juros.

Não foi só, portanto, a obediência pavloviana de Gaspar às ordens da troika (ultrapassando-as perigosamente) que agradou aos mercados, embora o nosso sofrimento coletivo também tenha credibilizado (!) o processo. O incentivo dos compradores era bem mais evidente - ganhar dinheiro -, e havia liquidez (dólares) para aplicar, foi isso que aconteceu. A promessa do BCE de salvar o euro também deu uma mão, mas agora que a política monetária expansionista americana tem os dias contados (o fim abrupto seria fatal...), o castelo de cartas europeu começa a deslaçar-se. Afinal era a América que bancava o jogo, não o BCE.

A fragmentação financeira no euro está, por isso, a aumentar e as consequências já são visíveis: os juros portugueses a dez anos voltaram à zona de morte (7%) - como diz Warren Buffet, só descobrimos quem está a nadar nu quando a maré baixa, e nós, como é notório, estamos a afogar-nos em pelota. Entretanto, a Alemanha continua a lucrar, adia tudo o que pode, até a união bancária. A greve geral de hoje deveria ser por isto. Só por isto. Protestar contra Passos Coelho é protestar contra o vazio." (André Macedo - Diário de Notícias)

Cortes Podem vir aí novas mudanças nas pensões

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Alterações às medidas da reforma do Estado estão a ser discutidas pelo Governo e pela troika. O aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade e a convergência das pensões do regime da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social não estão ainda fechadas, mas o objectivo é que estejam até 15 de Julho, antes da oitava avaliação, avança o Diário Económico.

A troika e o Executivo estão a avaliar possíveis mudanças nas medidas que fazem parte da reforma do Estado no que diz respeito às pensões, como o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade e a convergência das pensões do regime da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social.

O facto da discussão ainda não estar fechado é uma das razões que terá levado a troika a antecipar a sua vinda a Portugal, tendo chegado na segunda-feira quando ainda faltam três semana para o início da oitava avaliação ao programa de ajustamento. O Executivo de Passos Coelho tem até ao final da actual sessão legislativa, 15 de Julho, para enviar para o Parlamento todas as medidas.

Já ontem no seu relatório sobre a sétima avaliação, da Comissão Europeia fez saber, aliás como já o FMI tinha feito, que os cortes sugeridos pelo Governo poderiam ser "parcialmente ou totalmente substituídas por outras de valor e qualidade equivalentes", após discussão com a ‘troika' e "a tempo de permitir a conclusão de todas as mudanças necessárias à implementação da revisão da despesa pública até ao final da sessão legislativa", cita o Diário Económico.

Resta saber, se a taxa social única sobre os pensionistas, motivo de fricção com o CDS, parceiro de coligação do PSD no Governo, continua em cima da mesa. O Executivo garante que a medida só avançará se for "estritamente necessário". Além disso, a hipótese não exige tanta urgência, uma vez que a troika não impôs o mesmo prazo do que nas outras medidas. Espera-se, portanto, que a discussão surja apenas no momento em que se vá elaborar o Orçamento de Estado para 2014.(Notícias ao minuto)

Notas do Papa Açordas: A ordem é nivelar sempre pelo mais baixo e sempre contra os funcionários públicos, como se eles fossem os grandes culpados do famigerado défice público!...Este desgoverno há muito que devia ter "batido a asa"!...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Deco lança petição online para pôr fim a comissões das contas à ordem

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Desde 2007, as comissões cobradas nas contas à ordem já subiram 41%.

A Deco quer pôr fim às despesas de manutenção das contas à ordem, considerando-as “abusivas” e penalizadoras dos consumidores com “menos recursos”.

Com o propósito de pedir o fim dessas comissões, que desde 2007 subiram em média mais de 41%, a Deco lança hoje a recolha de assinaturas com vista à apresentação de uma petição na Assembleia da República.

A petição será realizada por via electrónica e vai decorrer até ao final do mês de Agosto. Apesar de ser necessário um  mínimo de quatro mil assinaturas, a Deco pretende recolher o maior número possível de assinaturas, de forma a sensibilizar os deputados para a importância de colocar uma travão nestas despesas que, actualmente e em termos médios, ascende a 60 euros anuais, disse ao PÚBLICO Joaquim Rodrigues da Silva, jurista da Deco.

Em 2007, antes da crise começar, as comissões médias anuais situavam-se em 42 euros, valor que actualmente já está em 60 euros, adiantou o jurista, destacando que, “se nada for feito, podem rapidamente atingir os 120 euros”.

Joaquim Rodrigues da Silva relembra que ainda há poucos anos o saldo das contas à ordem eram remunerado pelos bancos. Em sentido inverso, o jurista destaca que, actualmente, os bancos cobram comissões de forma unilateral.

Destaca ainda que a estratégia dos bancos de isentar os clientes através da subscrição de alguns produtos financeiros, como as contas ordenado, não abrangem todos os clientes, e, em algumas situações, os consumidores precisam de ter mais de uma conta.   

Na petição, a Deco sustenta que a cobrança de comissões  nas contas à ordem é abusiva “porque o dinheiro depositado pelos consumidores não é um fardo para os bancos”. salienta ainda que, “na verdade, os bancos precisam destes fundos para se financiarem e gerarem mais dinheiro”, e que “assim que entram na conta do cliente, os fundos são aplicados e investidos em benefício dos seus fiéis depositários”.

A este propósito a Deco pergunta se ao suportar esta comissão, não estará o consumidor a pagar para emprestar dinheiro ao banco?

Notas do Papa Açordas: Já o meu avô dizia que "os Bancos comem connosco à mesa...", mas agora, abusam!... Até para se servirem do nosso dinheiro nós pagamos!... Oxalá a Deco consiga pôr alguma ordem no sector...

O que dizem os outros blogs

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 Trabalhar para este governo é motivo de vergonha
   
«A ex-chefe de gabinete de Miguel Relvas omitiu ter trabalhado com o ex-ministro Adjunto no currículo que foi publicado ontem em Diário da República no qual se dava conta da sua nomeação para subdiretora-geral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
  
O concurso, realizado pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP), selecionou três funcionários superiores: Maria Andrade Ramos, ex-chefe de gabinete do secretário de Estado Hélder Rosalino, para diretora-geral da DGAEP, e Sílvia Esteves e Vasco Hilário como subdiretores-gerais.
  
Na nota curricular publicada de Sílvia Gonçalves Esteves, pode ler-se: "De julho de 2011 a março de 2013 exerceu funções como adjunta jurídica de membro do Governo (XIX Governo Constitucional), substituindo o Chefe de Gabinete nas suas ausências e impedimentos." Miguel Relvas delegou em Sílvia Esteves todas as funções de gestão do gabinete antes de se demitir.» [CM]
   
Parecer:

Quando um ex-chefe de gabinete de um ministro deste governo esconde que o foi é porque este governo é motivo de vergonha para quem com ele colaborou. Mas, talvez o mais grave, é que gente sem coluna consiga atingir os mais altos cargos do Estado e da administração pública, sinal evidente do estado de apodrecimento do regime democrático que está sendo promovido por este malfadado governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

In "O JUMENTO"

Unas cuatrillizas idénticas en Alemania

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Unas cuatrillizas idénticas en Alemania

Unas cuatrillizas idénticas en Alemania
Las cuatrillizas idénticas (i-d)Jasmin, Laura, Sophie y Kim junto a su madre, Janett Mehnert, en Leipzig (Alemania). El próximo mes las niñas de un año y medio de edad comenzarán la guardería. La madre, Janett Mehnert, está pensando en pintar las uñas de los dedos de cada una de sus hijas de un color diferente para que las educadoras puedan distinguirlas. (EFE)-(20minutos.es)

A almoçarada

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Baptista Bastos

"O vistoso Grupo Excursionista Passos Coelho & Compinchas foi a uma almoçarada em Alcobaça. Deslocou-se, o grupo, em potentes automóveis, levando consigo, convenientemente, os guarda-costas habituais. Um número incontável de viajantes. Poderiam, talvez, viajar de autocarro, mas não. A decisão foi tomada em Conselho de Ministros anterior, com a veemência que deliberações desta natureza exigem e justificam. No presumível autocarro, a excursão seria mais divertida: um bulício de conversas e de risos, uma troca de histórias matreiras, acaso inconfidências risonhas e intercâmbio de pequenos segredos.
O selecto conjunto ia discretear sobre as maleitas da pátria e, porventura, encontrar soluções para o que nos aflige. Poderia, a reunião, ter sido em Algés, na Trafaria ou na Tia Matilde. Qual quê? O recato do mosteiro e o meditativo silêncio eram convites indeclináveis à grave reflexão a que se propunha aquela gente considerável.
Acontece um porém: na capela ia celebrar-se um casamento, e um repórter curioso aproximou-se, lampeiro, de gravador em punho. Esclareceu a jovem, vestida a rigor com véu e flor de laranjeira, a coincidência de o Governo estar ali, e ela também para o enlace desejadamente jubiloso. Espavorida, fugiu para o interior do monumento, sem a complexidade indecisa dos que olham para o poder com reverente obséquio. Entendeu, provavelmente, a noiva que o encontro não era sinal auspicioso e que a presença simultânea de tantos ministros dava azar.
Tomando as coisas pelo seu nome, acerca de que conversaram, aqueles que tais; que valores absolutos como a verdade, o bem, o sagrado, a beleza alinharam no que disseram? Adquiriram consciência de que a unidade dos valores morais está a desintegrar-se rapidamente, por culpa própria? O recolhimento piedoso do local era propício a actos de meditação e, por decorrência, à contrição e ao remorso.
Mais prosaicamente, que comeram os excursionistas? Embrulharam lanche? Levaram marmita? Passear, decididamente, não. O coro de protestos, de vaias e de insultos que os recebeu teria afugentado qualquer ideia de turismo. No final, o ministro Poiares Maduro, em resposta à ânsia noticiosa dos jornalistas, disse umas frases inócuas. Percebeu-se, no enredo, que o encontro de Alcobaça redundara em nada, rigorosamente em nada; que nada se decidira, que tudo fora absurdo, confuso e disperso.
Poiares Maduro é, certamente, bom rapaz, e só por isso tem uma aparência formal de tranquilidade infalível. A voz ainda está em formação, e não me parece que possua sabedoria administrativa e astúcia suficientes para enfrentar as armadilhas que o aguardam. O partido que suporta o Governo é um saco de lacraus. Dividido em grupos de interesses, até já perdeu o sentido da cortesia. E a almoçarada, em Alcobaça foi uma sessão de despropósito, consequente com o estado do Governo." (Diário de Notícias)


terça-feira, 25 de junho de 2013

Activistas de Femen saltan sobre el coche del primer ministro tunecino

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Activistas de Femen saltan sobre el coche del primer ministro tunecino

Activistas de Femen saltan sobre el coche del primer ministro tunecino
Activistas del grupo radical feminista Femen saltan sobre el coche del primer ministro tunecino, Ali Larayed, cuando abandonaba la sede de la Comisión Europea en Bruselas, Bélgica. Las activistas pidieron la liberación de sus tres compañeras que fueron condenadas a cuatro meses y un día de cárcel por las autoridades tunecinas por "atentado contra el pudor y las buenas costumbres". (Olivier Hoslet / EFE)-(20minutos.es)


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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Governo tem de reconhecer que “algo falhou”, dizem confederações patronais

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Patrões lançam apelo ao Governo e defendem descida do IRC, do IRS e do IVA. É preciso inverter o rumo, insistem.

O Governo está a tempo de “salvar o país da recessão e do abismo”, mas para isso tem de “reconhecer, com humildade, que algo falhou”, consideram as quatro confederações patronais representadas na Concertação Social, que pedem ao executivo medidas urgentes e concretas que invertam a recessão e reanimem o tecido empresarial.

Num documento conjunto em defesa de um compromisso para o crescimento económico, apresentado nesta segunda-feira em Lisboa, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) não poupam críticas às políticas de austeridade seguidas pelo Governo nos últimos dois anos e pedem um equilíbrio entre a redução do défice público e uma eventual redução dos impostos acompanhada por medidas de estímulo à economia, ao investimento, à competitividade e ao emprego.

“Não se vê uma luz ao fundo do túnel” para o fim da recessão, alertou o presidente da CCP, João Vieira Lopes, para quem a estratégia de estímulo económico apresentada pelo Governo não vem dar resposta imediata aos problemas de curto prazo das empresas, do desemprego e da queda do investimento e da procura interna. “Assistimos a um definhar de um conjunto de empresas”, ao aumento do desemprego, da recessão, vincou este responsável, durante a apresentação do compromisso Novo Rumo para Um Portugal de Futuro, numa conferência de imprensa na qual estiveram os líderes das quatro confederações.

Vieira Lopes notou “aspectos positivos” na chamada "estratégia para o crescimento", mas disse tratar-se de “medidas de carácter genérico”, sem prazos definidos ou efeitos imediatos na economia.

Para as confederações, é preciso alterar a política fiscal, mas “para reactivar o mercado interno”, disse o presidente da CAP, João Machado, não basta reestruturar o IRC. “É preciso ir mais longe”, vincou, defendendo a necessidade de se “olhar com mais atenção para o IRS” e para o IVA. “Todas estas matérias têm de estar em cima da mesa a par com o IRC.” Sinal dessa urgência, diz Francisco Calheiros, da CTP, é “a curiosidade” de – sublinhou – não ter visto nenhum economista a defender as vantagens de um aumento do imposto sobre o consumo.

Notas do Papa Açordas: O desgoverno comporta-se como um "parente" que vai na auto-estrada em contramão, ofendendo a mãe dos outros que vêm contra si... Não vale a pena, é um artista português!...


Un avión de las Fuerzas Aéreas Filipina permanece desaparecido

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Un avión de las Fuerzas Aéreas Filipina permanece desaparecido

Un avión de las Fuerzas Aéreas Filipina permanece desaparecido
La Fuerza Aérea filipina ha confirmado que uno de sus aviones OV-10 Bronco (foto de archivo) permanece desaparecido tras caer al agua cerca de la costa de la provincia occidental de Palawan durante una misión nocturna llevada a cabo este domingo. Fuentes militares afirmaron que continúan las labores de búsqueda de los dos pilotos y que el aparato cuenta con un dispositivo de rastreo. (ARCHIVO)-(20minutos.es)

Montañas de basura tras las hogueras de San Juan


Montañas de basura tras las hogueras de San Juan



Montañas de basura tras las hogueras de San Juan
Varias personas en la playa del Orzán, en A Coruña, entre los restos de la celebración de la noche de San Juan, en la que miles de hogueras han ardido en este céntrico arenal coruñés, en un ritual con el que cada año vecinos de esta ciudad y visitantes que acuden al reclamo de esta ocasión dan la bienvenida al verano. Al menos dos heridos de consideración en San Juan. (Cabalar / EFE)-(20minutos.es)

Cuatro mil personas protestan en Río de Janeiro contra la impunidad

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Cuatro mil personas protestan en Río de Janeiro contra la impunidad

Cuatro mil personas protestan en Río de Janeiro contra la impunidad
Unas cuatro mil personas participaron en una protesta en Río de Janeiro contra una enmienda constitución que estudia el Congreso brasileño para reducir los poderes de investigación del Ministerio Público y que, según los manifestantes, pude favorecer la impunidad. (Marcelo Sayão / EFE)-(20minutos.es)




A FIFA é a "troika" deles

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"Na prisão paulista Tiradentes, em 1970, a revolucionária Vanda sonhou com manifestações de um milhão cercando o Palácio do Planalto, em Brasília - lembrava, ontem, o cronista brasileiro Elio Gaspari. Já sem o seu nome da clandestinidade, Dilma Rousseff acabou, na semana passada, por viver um dia assim. Mas do lado errado: dentro do palácio, de onde só saiu protegida pela tropa. Outro cronista, Ancelmo Gois, revela que Wilson Simoninha é um dos produtores do jingle Vem Pra Rua, lançado para ser anúncio da Fiat na Taça das Confederações. Com os seus versos ("a rua é a maior arquibancada do Brasil"), a musiquinha estava a pedi-las e tornou-se o hino das atuais manifestações. Ora Simoninha é filho de Wilson Simonal. E Simonal é um dos grandes da música brasileira (oiçam Nem Vem Que Não Tem), negão que cantava com Sarah Vaughan e enchia salas... mas não criticava a ditadura militar. Quando esta caiu, suspeitou-se que Simonal tinha amigos da polícia política e ele acabou como artista... Ironias destas - o Palácio do Planalto e Vanda/Dilma e o filho do reacionárioSimonal incendiando hoje as massas - são ótimas para filme mas não nos explicam este Brasil. Outro cronista, Luis Fernando Verissimo, deixa pista mais sólida: os brasileiros engalinham com a FIFA. Com a mania de dar ordens em casa alheia, ela acabou por desautorizar os comparsas, as autoridades locais. Traduzo: por cá, com troca nas fífias, FIFA diz-se troika." (Ferreira Fernandes - Diário de Notícias)

domingo, 23 de junho de 2013

La Polícia española desarticula una célula terrorista de Al Qaeda

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La Polícia española desarticula una célula terrorista de Al Qaeda

La Polícia española desarticula una célula terrorista de Al Qaeda
La Policía Nacional y la Guardia Civil detienen en Ceuta a ocho presuntos integrantes de una red vinculada con filiales de la organización terrorista Al-Qaeda. (Policía Nacional)-(20minutos.es)

Um conselho de ministros ao lado de um casamento

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Protestos à chegada do Executivo ao Mosteiro de Alcobaça

Quando o Carlos e a Cátia resolveram dar o nó e escolher o dia do casamento não imaginavam que a sua entrada no mosteiro de Alcobaça coincidiria, com uma diferença de apenas três minutos, com a da chegada do chefe do Governo, Passos Coelho, que ali foi presidir a um conselho de ministros. Mais: estavam longe de pensar que a sua subida ao altar teria como pano de fundo os gritos, bastante agressivos, de algumas dezenas de manifestantes que protestavam contra o Governo.

Apesar dos protestos, a chegada dos membros do Executivo ao mosteiro de Alcobaça decorreu como previsto, com o presidente da Câmara, o social-democrata Paulo Inácio, a receber um a um os ministros, que eram vaiados à medida que os carros pretos paravam em frente ao monumento. A Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, que dava as boas vindas aos governantes, praticamente não se ouvia perante o ruído de fundo dos manifestantes.

Naturalmente, as vaias maiores foram para Passos Coelho, Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e Paulo Portas. "Demissão", "gatunos" e "o povo unido jamais será vencido" foram os slogans mais ouvidos.

Num conselho de ministros que se pretende informal, nenhum dos seus membros trouxe gravata, mas Passos Coelho foi o único que se apresentou sem casaco. No claustro D. Dinis, já dentro do mosteiro, e longe do ruído de fundo, Paulo Inácio, recordou que o mosteiro estava na génese da nacionalidade e do próprio ensino universitário em Portugal, e que nele se tomaram outrora grandes decisões para o futuro do país, pelo que agora desejava que este espaço fosse inspirador para as deliberações que hoje ali fossem tomadas.

Notas do Papa Açordas: Este desgoverno já não pode dar um passo sem ser contestado... Porquê a teimosia do espantalho em perpetuá-lo no poder? Rua!... Aos dois, claro!...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Protestas contra la visita de Obama

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Protestas contra la visita de Obama

Protestas contra la visita de Obama
Policías arrestan a una activista del grupo radical feminista Femen semidesnuda durante una protesta contra la visita del presidente de EEUU, Barack Obama, frente a la Columna de la Victoria de Berlín, Alemania. (Oliver Mehlis / EFE)-(20minutos.es)

O cliente tem razão

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Vamos lá deixar isto claro: as empresas não contratam pessoas por simpatia ou caridade - embora haja exceções, porque o sector privado não é o Olimpo da eficácia que tanto se apregoa. Dizia: as empresas só contratam quando têm mais clientes. Na verdade, só contratam quando as circunstâncias, realmente, as forçam a isso, e é sabido que resistem até ao limite. Neste sentido, quem cria emprego são os consumidores, não os empresários. Os clientes abrem a carteira, a economia mexe. Os clientes fecham a carteira, a máquina para. A ideia talvez pareça demasiado pão e manteiga, mas é assim que as coisas funcionam.

Imaginar que vamos sair da Grande Recessão porque a taxa do IRC baixará uns pontitos (é essa a ideia) é não só um mito, é um logro que revela a estreiteza do debate político. Ou melhor: traduz a captura do debate político. Em Portugal, quem se faz ouvir todos os dias nos jornais, nas rádios e nas televisões são as associações - empresários, industriais, comerciantes -, ou então os sindicatos, que defendem os interesses das classes profissionais. Acima destes grupos, temos os deputados, que muitas vezes são apenas câmaras de eco destes movimentos. Sobram os banqueiros, alinhados com os governos, porque é essa a sua natureza.

Olhemos para a história recente. Há uns anos, os ginásios tiveram direito a uma taxa de IVA muito favorecida para que o povo calçasse as sapatilhas. O Estado ambicionava um povo slim fit. O que fizeram os ginásios com a margem extra ? Baixaram os preços para atrair clientes? Não. Empocharam a diferença. Isto não é bom nem mau, é assim. Se há uma brecha para aumentar o lucro, é por aí que os gestores vão. É evidente que um regime fiscal favorável para as empresas pode estimular o investimento, mas tem de ser uma coisa forte, estilo Irlanda, que junta uma taxa de IRC de 12% a leis simples, a uma administração fiscal transparente e a um sistema de justiça veloz. Só baixar o IRC não chega.

Já o IRS tem um efeito imediato. As taxas baixam e o resultado é instantâneo. Transforma-se em consumo, em confiança, até em investimento. Põe as roldanas do sistema a trabalhar. Ao fim de certo tempo, até cria emprego, dá receita ao Estado. Aqui ao pé do Diário de Notícias, havia um sapateiro como deve ser, atrevo-me a dizer: o melhor de Lisboa. Fechou, não tinha clientes. Isto aconteceu aos micro empresários, às PME e está a sufocar as maiores empresas. Hoje, ninguém compra nada. Em Itália, o Governo acaba de dar um crédito fiscal para quem comprar mobílias e está a debater a redução do IRS. Em Espanha, Rajoy prometeu o mesmo até 2015. Por cá, Portas desenterrou o debate. O CDS, antigo partido do contribuinte, tem a credibilidade em fanicos, ainda assim tem razão. Não há maneira mais rápida de sairmos do coma induzido. O cliente tem sempre razão.(André Macedo - DN)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Poder de compra em Portugal está um quarto abaixo da média da UE

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Luxemburgo era, em 2012, o mais rico entre os 27.

O poder de compra dos portugueses foi, em 2012, 23% inferior ao da média dos restantes países da União Europeia (UE), enquanto que a produção de riqueza ficou um quarto abaixo do que se registou em média nos 27, revelou nesta quarta-feira o Eurostat.

Considerando que 100 é a média do total da UE, o poder de compra dos portugueses ficou em 77 pontos. Atrás de Portugal, ficaram nove países: Lituânia, Eslováquia, Polónia, República Checa, Hungria, Letónia, Estónia, Roménia e Bulgária. Os gregos e os espanhóis distanciaram-se pela positiva, registando os primeiros 84 pontos e os segundos 93.

No que diz respeito ao PIB, Portugal ficou-se pelos 75 pontos, a par da Grécia e acima da maioria dos países de Leste.

Na produção de riqueza, Luxemburgo liderou a tabela no ano passado, com 271 pontos, o que potenciou um poder de compra também acima da média: 141 pontos. Seguiu-se a Áustria.  Fora da União Europeia, foi a Noruega que se destacou, com 195 pontos no que diz respeito o PIB e 138 quando se olha para o poder de compra.

Na cauda dos 27 está a Bulgária e olhando para fora do espaço comunitário destacou-se, pela negativa, a Bósnia e Herzegovina, com 28 pontos no que toca ao PIB e 36 quando se fala em poder de compra.

Notas do Papa Açordas: Nunca Portugal foi tão igual à Grécia como actualmente, apesar dos nossos desgovernantes o desdizerem a todo o momento...

Un año de reclusión

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Un año de reclusión

Un año de reclusión
Foto de archivo tomada el 19 de agosto de 2012 del fundador del portal WikiLeaks, Julian Assange, en la embajada de Ecuador en Londres (Reino Unido). Assange cumple el 19 de junio un año refugiado en la embajada de Ecuador en Londres, sin visos de que su caso tenga una solución a corto plazo. (Facundo Arrizabalaga / EFE)-(20minutos.es)

Amor de madre

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Amor de madre

Amor de madre
Crías de cigüeña son alimentados por su madre en el nido en Ney Luebbenau (Alemania). (Patrick Pleul / EFE)-(20minutos.es)

Nuno Crato, parágrafo menor

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por Baptista Bastos

"Nunca deixei de me espantar com a desfilada insana de certos homens para o abismo da sua perdição moral e intelectual. Nuno Crato é um deles. Li o admirável "O Eduquês", que definia uma maneira de pensar e reduzia a subnitrato os mitos propostos à nossa preguiça mental. Se o estilo é o homem, ali estava um estilo e um homem que nos diziam ser toda a espécie de carneirismo a negação da inteligência crítica. Assisti, depois, com o alvoroço de todas as curiosidades, ao programa de Mário Crespo, na SIC Notícias, Plano Inclinado, e no qual o nomeado e o prof. Medina Carreira discreteavam sobre os embustes incutidos por esse nada abissal da hipocrisia política. Um aparte: ainda não percebi o que provocou o desaparecimento abrupto do programa e, também, o eclipse de Alfredo Barroso da antena, cuja lucidez era idêntica à informação que nos fornecia, mantendo-se na conversa a senhora que emparceirava com ele. Teias que o império tece.

Voltando ao Crato, a vontade de ser ministro de um desprezível Governo como este parece tê-lo obnubilado. Ou, então, a dubiedade já estava instalada e a falta de carácter era congénita. Como pode o autor de "O Eduquês" e de tantas intervenções televisivas marcadas pelas prevenções contra as evasivas e os ardis ser o cúmplice de um projecto ideológico que visa mandar para o desemprego muitos milhares de pessoas, e desmantelar pelo esvaziamento a escola pública; como pode?

Diz-me pouco, mas talvez diga alguma coisa a circunstância de Crato ser proveniente da extrema-esquerda, aquela contra o "revisionismo" e os "sociais-fascistas." O combate, afinal, era outro, e a "convicção" constituía um investimento futuro.

O braço-de-ferro do ministro e dos professores nunca foi por aquele decentemente esclarecido. A verdade é que os professores, ameaçados, aos milhares, de ser "dispensados", apenas lutam pelos seus lugares e pelo trabalho a que têm direito. E a utilização dos estudantes como estratagema político é sórdida. Crato desonrou-se ainda mais do que o previsível. Ao aceitar ser vassalo de uma doutrina doentia, arrastadora de uma das maiores crises da nossa história, ele não só volta a perjurar os ideais da juventude, como o que escreveu e disse.

É preciso acentuar que esta situação não se trata de uma birra do ministro. O despejo de milhares e milhares de pessoas faz parte de um programa mais vasto. Crato é um pequeno parágrafo num acidente histórico preparado ao pormenor por estrategos ligados à alta finança. Outra face do totalitarismo que, sob o eufemismo de "globalização", tende a uma hegemonia, a qual está a liquidar os nossos valores morais e os nossos padrões de vida. A emancipação das identidades, que formou a tradição universalista e a democratização social, está seriamente intimidada por gente ignóbil como Nuno Crato. (Diário de Notícias)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Hortensias en flor en el templo de Hase

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Hortensias en flor en el templo de Hase

Hortensias en flor en el templo de Hase
Dos jóvenes se fotografían junto a hortensias en flor en el templo de Hase en Kamakura, al suroeste de Tokio (Japón). Las vistas del jardín del templo Hase con las hortensias en flor atrae a muchos turistas en la época de lluvias entre junio y julio. (Kimimasa Mayama / EFE)-(20minutos.es)

Bajan las temperaturas

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Bajan las temperaturas

Bajan las temperaturas
Aspecto que ofrecía la playa de La Concha de San Sebastián donde, a pesar de que las bajas temperaturas y las precipitaciones no invitaban al baño, algunos valientes se han atrevido a intentarlo. (Javier Etxezarreta / EFE)-(20minutos.es)

Cavaco e a austeridade

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Mário Soares  

"1. Segundo o Público, Cavaco, num discurso no Parlamento Europeu, criticou a política de austeridade em países vítimas como a Grécia e Portugal. Foi interessante e oportuno fazê-lo. Mas então porque não critica o Governo português fanático da austeridade, e até convidou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar (que é quem manda no Governo) e o levou, uma vez, ao Conselho de Estado? O que aliás foi um fracasso enorme, porque nenhum conselheiro lhe fez uma única pergunta...
É contraditório e curioso que o Presidente da República, no Parlamento Europeu, discurse contra a austeridade e em Portugal se cale e proteja um Governo fanático da mesma. E mais: o ache legítimo, quando está paralisado há um mês, sem saber o que fazer e sem rumo. Está a arruinar o País e a vender a retalho (sem se saber por quanto e a quem) o nosso património. Lembremo-nos do desastre que acontece com os CTT, que davam lucros e estão a desaparecer onde fazem mais falta, na província.
A continuar assim não admira que baixe nas sondagens - como nunca se viu - e que em Portugal seja vaiado, quando sai de Belém. O mesmo acontece aos ministros e secretários de Estado deste Governo, a que está ligado, como cúmplice e protetor, ao contrário do que manda a Constituição da República, que jurou cumprir...
Pobre Portugal, que assim não pode deixar de ir, de mal a pior. Todas as portuguesas e os portugueses que amam patrioticamente o seu país o sentem na pele...
2. A GRÉCIA E PORTUGAL Durante dois anos que o atual Governo já conta, para nosso mal, que Passos Coelho e Gaspar, entre outros, gritaram, com bastante displicência: "Não somos a Grécia"! Como se a Grécia fosse um país qualquer e não o berço da nossa civilização ocidental que nos ensinou a filosofia, a ciência e a democracia.
Contudo, o tempo foi passando e nós portugueses fomo-nos cada vez mais parecendo com os gregos: vítimas dos mercados usurários e da imposição alemã da austeridade.
Agora o Governo grego, seguramente por pressão alheia, contra a vontade de dois dos três partidos da coligação, resolveu acabar com a rádio e a televisão oficiais. Para economizar? Não faz sentido. Note-se, contudo que o falso doutor Relvas, quando ainda era ministro do atual Governo, tentou fazer o mesmo, com a nossa televisão. Felizmente não o conseguiu, porque teve muitas oposições, entre as quais destaco, por ser relevante, no bom sentido, o cineasta António-Pedro Vasconcelos.
Mas o Governo atual, à deriva como está, com ou sem Relvas, ou com ele na semiclandestinidade, mas ainda com bastante influência no primeiro-ministro, do qual, como se sabe, é sócio, pode voltar à carga. Os funcionários e os jornalistas da televisão portuguesa que se acautelem e não tenham medo de falar. O medo, não esqueçam isso, além de lhes ficar muito mal, não os poupa nem antes nem depois. Falem em consciência e digam o que pensam. É o que se espera de uma comunicação social a sério e autor-responsável que começa a ter uma pressão que é outra forma, mais hábil, de fazer censura. Até para poder ser vista e ouvida, com aplauso, dos portugueses...
Os partidos, mesmo os da esquerda, dado o descrédito da política em geral, devem renovar-se e adaptar-se aos novos tempos que aí vêm.
3. ATENÇÃO! A DEMOCRACIA JÁ NÃO É A QUE FOI A democracia num país, com medo e com uma justiça que não funciona, para os poderosos e os ricos - mas tão-só para os pobres - e uma classe média a definhar-se, não pode deixar de ser uma democracia com muitas sombras e falhas. É o que tem estado, infelizmente, a acontecer. Para além da tentativa de destruição do Estado social, a democracia do pós-25 de Abril está a ficar definhada, como o Estado de direito.
No próprio Parlamento há falhas entre os que têm medo de falar e se calam e os raros que se atrevem a dizer o que pensam. Os partidos estão a deixar de ser populares, como os políticos. No PSD, dois terços dos militantes são críticos do Governo. Mas na maior parte estão calados. Os candidatos a presidentes das autarquias falam o menos possível do partido a que pertencem, para não perderem as eleições. Do Governo nem pensam em falar. O CDS se vier a fazer parcerias com o PSD, como se diz, comete um erro insanável. Só perde, como se verá. Aliás o CDS/PP, que ainda tem um bom score nas sondagens, se confia nessas parcerias, vai ter uma grande desilusão. A verdade, tarde ou cedo, vem sempre à tona de água...
4. A JUSTIÇA É O PIOR QUE TEMOS Com as devidas exceções, como é natural. Ainda há, felizmente, bons juízes e delegados do Ministério Público. Mas os sindicatos dos magistrados e dos representantes do Ministério Público confundem-se com a política, recorrem, para se prestigiar, à comunicação social, o que só os desacredita, e aos poucos têm vindo a destruir o antigo prestígio que a justiça teve no passado. A justiça, todos o sabem, não funciona e leva meses e anos para que surjam as sentenças. A ministra da Justiça, que já disse querer demitir-se, não o fez. Mas é como se o fizesse. Não fala nem age. E deixa correr, porque quem conta são os sindicatos judiciais, que só pensam nos seus interesses.
5. UM CASO ESTRANHO Sempre tive uma grande consideração e estima pelo dr. Francisco Assis, meu correligionário, embora não o tenha apoiado para líder do PS. Achei que depois de ter sido vencido por António José Seguro se comportou com enorme dignidade.
Mas desde há um ou dois meses começou a descarrilar, fazendo elogios a quem os não merece e tomando posições inverosímeis para um socialista. Em que ficamos? Espero que reflita - porque o estimo - para que não seja visto como oportunista.
6. O LÍDER DO PS António José Seguro, meu camarada e amigo de sempre, desde que cortou com a austeridade e percebeu que este Governo, que tanto o injuriou, está em absoluto paralisado e a levar o nosso país ao desastre total, rompeu com ele e pede a sua demissão. Fez quanto a mim muito bem. Tem vindo, aliás, a dialogar com os partidos da esquerda radical e com os movimentos de esquerda sem representação parlamentar. Felicito-o por isso, porque representa, acima das ideologias, uma atitude patriótica.
Mas o mais importante, quanto a mim, é que foi o primeiro líder partidário a perceber a necessidade dos partidos de esquerda, dos países vítimas da austeridade - e agora são já muitos - a entender que é um objetivo prioritário vencer a crise da Zona Euro.
Ainda há dias se reuniu em Paris com François Hollande e muitos outros representantes dos partidos socialistas - no Fórum dos Progressistas Europeus -, onde além de propor que a Europa da Zona Euro "pague subsídios acima de 11% dos desempregados", defendeu - cito de novo - "a mutualização da Zona Euro acima dos 60%". E no plano político e social voltou a defender "que Portugal precisa com urgência de um novo Governo".
É um exemplo para todos os países vítimas da austeridade e para a própria Alemanha, que aliás começa a sentir que se não for assim leva a Zona Euro ao abismo. O que será extremamente negativo não só para a reeleição da chanceler Merkel como para o seu País.
Como tenho escrito, este é o caminho para vencermos a crise da Zona Euro e fortificar a nova Europa, que aí vem.
Faz-nos falta ainda a democracia cristã, cujos partidos o atual Papa bem poderia relançar. Fazem falta! E devem regressar à Zona Euro, para ajudar a pôr fim à loucura do neoliberalismo, metendo na ordem os mercados usurários e submetendo-os aos Estados, que têm vindo a ser vítimas do reacionarismo dos seus atuais governantes: Banco Central Europeu, Comissão Europeia e do FMI, que causam as maiores dificuldades para vencer a crise da Zona Euro em que temos vivido. Da Grécia à Irlanda e Portugal e, depois, da Espanha à Itália, à Holanda, a Chipre, à Bélgica, à Suécia e à própria Finlândia e, porventura, à França." (Diário de Notícias)


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Día del Niño Africano

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Día del Niño Africano

Día del Niño Africano
Niños del grupo de danza Yonaa Yethu bailan en el suburbio de Masiphumelele, durante la celebración del Día del Niño Africano en Ciudad del Cabo (Sudáfrica). El grupo fue fundado por un policía que estaba cansado de ver a los niños involucrarse en actividades criminales y quería darles un futuro mejor. (Nic Bothma / EFE)-(20minutos.es)

Burla faz com que veículos circulem sem seguro apesar de donos o pagarem

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A GNR de Póvoa de Lanhoso alertou, esta segunda-feira, para uma burla com seguros automóveis, garantindo que há registos de "vários" casos de condutores que, apesar de sempre terem efetuado os pagamentos, circulam com as respetivas apólices anuladas.

Segundo um comunicado da Secção de Programas Especiais da GNR de Póvoa de Lanhoso, normalmente aquela burla só é detetada quando os condutores são alvo de uma ação de fiscalização ou intervenientes em acidentes de viação.

"Se não fossem intervenientes em acidente de viação ou fiscalizados pelas forças de segurança, nunca iriam dar por ela, julgando sempre que o seguro se encontraria em vigor", acrescenta o comunicado.

Apesar de terem a carta verde atualizada e os comprovativos dos seguros regularizados, os condutores, quando consultado o site do Instituto de Seguros de Portugal e da Segurnet, são surpreendidos com a informação de que o seguro dos seus veículos não está em vigor, aparecendo a indicação "anulado a pedido do segurado".

A fraude poderá estar a ser concretizada pelos mediadores, a quem os donos das viaturas pagam o seguro.

A GNR sublinha que a situação será muito mais grave se, em caso de acidente resultarem danos corporais nos intervenientes, "pois as companhias não assumem a responsabilidade dos sinistros nestas situações, uma vez que o seguro terá sido anulado a pedido do segurado".

Por isso, aconselha os proprietários das viaturas a conferirem a validade do seu seguro na página do Instituto de Seguros de Portugal, no link.

"Basta introduzir a matrícula. Se o resultado da pesquisa indicar o nome da companhia e o número de apólice, significa que o veículo está segurado. Caso a pesquisa não indicar nada, significa que muito provavelmente o veículo não terá seguro, pelo que se deve confrontar o mediador ou reclamar na companhia de seguros", remata o comunicado.

Notas do Papa Açordas:  É bom que o caro eleitor siga as instruções do artigo e confira a validade do seu seguro. Aconselho-o também, a liquidar o prémio do seguro pelo Multibanco e colar o recibo no aviso de pagamento da companhia de seguros...