O administrador que pediu a demissão não concordava com a gestão de José Matos, que não enfrentou as denúncias de alegados ilícitos criminais que vêm da década passada.
Uma das razões que levaram António Nogueira Leite a deixar a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) prende-se com a forma como a gestão liderada por José Matos interpreta as suas funções, o que a levou a optar por não enfrentar as denúncias de existência de ilícitos criminais praticados na década passada por directores em funções na instituição.
Na terça-feira da semana passada, pelas 18h, antes de entregar o pedido de demissão a Faria de Oliveira, presidente não executivo da CGD, Nogueira Leite chamou ao seu gabinete Jorge Mota – um dos trabalhadores que confirmaram as alegadas ilegalidades, como ocorrência de roubos e de falta de rigor na aquisição de material de equipamento e segurança praticados por quadros do grupo ainda em funções –, iniciativa que foi interpretada como mais um sinal de divergência dentro da administração.
Na reunião, o trabalhador alertou-o, apurou o PÚBLICO, para o teor de uma carta subscrita pelo advogado Garcia Pereira, de 44 páginas, enviada a 18 e 19 deste mês a várias entidades e que menciona, entre outras coisas, a "ocultação" durante 15 anos de um inquérito interno com "fortes indícios" de crimes de coacção, cópias de material não patenteado e corrupção envolvendo quadros de topo do grupo estatal. Documento que Garcia Pereira diz ter sido ignorado, em 2006, por Francisco Bandeira, então vice-presidente, quando aplicou castigos a trabalhadores que denunciaram as alegadas irregularidades. Garcia Pereira representa Jorge Mota e outros funcionários que denunciaram irregularidades.(Público)
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