As propostas da maioria PSD-CDS ao Orçamento do Estado (OE) para 2013 estão ainda a ser discutidas com o Governo, mas o eventual chumbo de todas as medidas volta a colocar em cima da mesa o cenário de crise na coligação.
As conversações entre a maioria e o Governo deverão terminar hoje. A discussão está a ser "forte e intensa", segundo uma fonte da maioria, que não quis, no entanto, adiantar qualquer desfecho.
Entre as propostas já divulgadas estão a redução em 0,5% da sobretaxa do IRS de 4%, a diminuição dos automóveis ao serviço do Estado e o corte nas rendas dos imóveis. O objectivo é reduzir a despesa pública para aliviar a carga fiscal das famílias.
Os centristas preferem esperar até ao último momento para fazer a leitura final, mas o certo é que todos os cenários estão a ser admitidos. No caso de tudo correr mal, a crise política será uma realidade. Nem no PSD nem no CDS está em causa o voto a favor à proposta de OE para 2013. Mas entre os centristas é admitido que pode ficar em xeque a posição do partido na coligação. Manter-se no Governo e esperar pelos números da execução orçamental do próximo ano para tomar uma posição sobre a continuidade do CDS no Governo é um cenário que ontem era excluído por alguns centristas, por considerarem que é inviável face ao OE que será aprovado. Na bancada do PSD, há também muita preocupação sobre um possível insucesso nas conversações com o Governo. "Fica a imagem de que o Parlamento não conseguiu fazer nada e fica também a imagem de intransigência do Governo", disse ao PÚBLICO uma fonte social-democrata.
Ontem, na audição parlamentar do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a questão pairou no debate, mas sem respostas por parte do governante. O vice-presidente da bancada do CDS, João Almeida, sublinhou a necessidade de discutir "soluções para não acrescentar problemas, nomeadamente problemas políticos, para além dos sociais e económicos". O deputado e porta-voz do partido afirmou que o CDS "está empenhado" em apresentar "propostas realistas", sem entrar em concursos de paternidade das propostas. Um recado claro para o PSD. Na resposta, Vítor Gaspar até concordou com João Almeida, mas remeteu a viabilidade das propostas para a troika. "[O] problema político adicional [é] termos a necessidade de obter o acordo político dos países que são nossos credores. Isso é feito através do acordo com a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional", afirmou.
Notas do Papa Açordas: O "lupanar" está em polvorosa. As "putas" (PSD e CDS) estão em desacordo e não chegam a qualquer acordo. A "madame" (desgoverno) apoia mais o PSD mas não pode descurar as "meninas" do CDS, senão terá que fechar a porta... Ah!, esquecia-me do proxeneta (Troika)... ele não irá permitir desordem no "lupanar"...
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