terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seguro. “Mais tempo e menos juros. Ouviu senhor primeiro-ministro?”

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O líder do PS congratulou-se hoje com a decisão do Eurogrupo que prevê uma extensão da maturidade do empréstimo à Grécia e uma redução das comissões pagas a Bruxelas e usou este argumento no debate do Orçamento do Estado.
Seguro tem defendido mais tempo para que o país possa fazer o ajustamento e viu na decisão aplicada à Grécia, e que será também aplicada a Portugal e à Irlanda, uma vitória: “Hoje soubemos que finalmente a Europa começou a resolver a situação da Grécia: mais tempo e menos juros. Ouviu senhor primeiro-ministro? Mais tempo e menos juros. Congratulamo-nos com esta decisão mas precisamos de continuar, o senhor a exigir para Portugal igualdade de tratamento e nós todos a continuar a lutar pelas condições de estabilização da nossa economia: sem crescimento não há lugar a consolidação sustentável das nossas contas públicas”.
Seguro referia-se ao facto de o primero-ministro ter sempre negado pedir mais tempo e mais dinheiro. Na prática a decisão do Eurogrupo não dá mais tempo a Portugal para o ajustamento, mas sim para pagar os juros. Contudo, o líder do PS insistiu que agora começa a haver consenso e que “só o primeiro-ministro permanece isolado e percebe a necessidade dessa mudança” [de “uma estratégia que concilie o crescimento económico com rigor na consolidação”].
No discurso no encerramento do debate do Orçamento do Estado, Seguro prosseguiu as críticas à actuação do primeiro-ministro dizendo por diversas vezes que a estratégia “falhou”. “Portugal não vai ter um Orçamento que Portugal precisa. Portugal precisa de um Orçamento para sair da crise, o primeiro-ministro vai fazer um orçamento que aprofunda a crise”.
Continuando no mesmo registo, Seguro disse: “Portugal precisa de um rumo, mas infelizmente só tem um Memorando. Portugal precisa de uma voz na Europa, mas infelizmente apenas tem um primeiro-ministro resignado, precisa de uma estratégia sustentável de crescimento, mas infelizmente a nossa economia, ou temos mais tempo para a consolidação das contas públicas ou uma redução da nossa divida ao mesmo tempo que precisamos de apostar em três prioridades”: atracção de investimento estrangeiro; substituição das importações por produção nacional e aumento das exportações.
Notas do Papa Açordas: O país que tem um primeiro-ministro destes, não tem futuro!... É um país que anda à deriva, sem ter um rumo certo!... e, condenado ao fracasso!...

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