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O Banco de Portugal reviu hoje em baixa as suas previsōes para a economia nacional, antecipando uma contracção de 1,6% em 2013, acima do 1% previsto pelo Governo. A nova previsão consta do Boletim Económico de Outono, hoje divulgado pela instituição liderada por Carlos Costa.
O BdP manteve a sua projecção para este ano (contracção de 3%, em linha com o previsto pelo Governo e pela troika), mas reviu em baixa a de 2013: no boletim de Verão, estava prevista uma estagnação da economia (crescimento nulo), mas, considerando o impacto das medidas previstas no Orçamento do Estado de 2013, o BdP projecta agora um recuo do PIB de 1,6%.
A instituição liderada por Carlos Costa admite, contudo, que "a actual projecção está condicionada por elevada incerteza" e por "riscos de uma evolução mais desfavorável da actividade económica". O BdP destaca, em concreto, o risco de a previsão de crescimento de 5% das exportações em 2013 poder ser "negativamente afectada por uma evolução mais adversa do enquadramento externo da economia portuguesa, caracterizada por uma elevada incerteza".
Outro factor que, admite o BdP, pode vir a ter impacto no crescimento das exportações, sobretudo este ano, é a greve dos portos, que conduziu já a uma queda das vendas de bens ao exterior em Setembro.
Além disso, diz o banco central, a capacidade de alisamento do consumo por parte dos agentes económicos poderá revelar-se "mais limitada", o que conduziria a uma quebra do consumo privado acima dos 3,6% previstos para 2013.
A contribuir para uma contracção económica mais profunda do que o previsto vai estar, sobretudo, o consumo privado e o investimento. No boletim de Verão, o BdP antecipava um recuo de apenas 1,3% nos gastos das famílias, e agora projecta uma queda de 3,6%. No investimento, a revisão em baixa é maior: de um recuo de 2,6% passa-se a uma queda de 10%, que o BdP atribui às "expectativas de redução da procura interna, ao elevado nível de incerteza e à restritividade das condições monetárias e financeiras".
O consumo público vai também cair 2,4% no próximo ano. Só o saldo entre as exportações (com um crescimento de 5%) e as importações (com uma queda de 2,3%) vai ter um contributo positivo para o PIB.
Notas do Papa Açordas: Até aqui, o desgoverno ainda não acertou em qualquer das suas previsões e parece que vai continuar nesse caminho... As do BdP são mais fiáveis...
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