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Na maioria dos distritos de Lisboa, Setúbal, Coimbra, Porto e Faro, a pobreza duplicou nos últimos três a cinco anos
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A pobreza nas escolas públicas é como uma doença que alastra e não dá sinais de recuar. Seja no distrito de Lisboa, de Coimbra ou de Faro, a população escolar carenciada a frequentar o 1.o ciclo e os jardins-de-infância representa na maioria dos casos quase metade dos alunos entre os três e os dez anos.
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O i pediu a todas as câmaras municipais dos distritos de Lisboa, Setúbal, Coimbra, Faro e Porto os dados sobre acção social escolar. A maioria das autarquias respondeu, permitindo fazer uma análise detalhada da dimensão da pobreza em 42 cidades.
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Antes de conhecer a realidade dos grandes centros urbanos do país, é preciso ter em conta que só têm direito a acção social escolar as famílias que ganham salários até 209,61 euros brutos (escalão A) e os que têm rendimentos inferiores a a 419,22 euros (escalão B). São os pais destas crianças que recebem comparticipações a 100% ou a 50% nas despesas com os livros, a alimentação ou o transporte escolares. E é essa a população que representa quase metade dos alunos inscritos na rede pública do pré-escolar e 1.o ciclo nos cinco distritos e que cresce todos os anos.
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Quatro em cada dez crianças são pobres na maioria das cidades de Lisboa. Seis em cada dez alunos das escolas da Amadora vêm de famílias pobres. Na capital, a pobreza atinge este ano 49% das crianças inscritas nas escolas primárias e na rede do pré-escolar. A fome também cresce todos os anos no distrito de Coimbra, que vê a população a diminuir e o número de crianças carenciadas a aumentar.
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Notas do Papa Açordas: É inacreditável o que está a acontecer em Portugal. A fome grassa em todo o país, e o primeiro-ministro propõe-se organizar o mundial de futebol em Portugal. Não seria melhor acabar com a fome?
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