Joaquim Pais Jorge aponta o dedo à "baixeza" e ao "lado podre da política" que envolveram esta polémica sobre a sua participação num caso de proposta de swap ao Governo de Sócrates.
O secretário de Estado do Tesouro apresentou a sua demissão na manhã desta quarta-feira e diz que não tem “grande tolerância para a baixeza” com que foi tratado nos últimos dias. Também garante que houve um documento “falseado” neste processo.
Na base da decisão de Joaquim Pais Jorge está a polémica com a sua participação na apresentação de uma solução de swaps ao Governo de José Sócrates, em 2005, que começou por negar, na sexta-feira, e depois teve que admitir ter participado em reuniões quando era director do Citigroup.
Sobre a sua participação nas reuniões com o Governo socialista, que o secretário de Estado já admitiu, por escrito, anteontem, nem uma palavra hoje. O governante baseia toda a sua carta de demissão na acusação de manipulação do documento que foi entregue pelos representantes do Citibank ao gabinete de José Sócrates. Essa proposta incluía a criação de um swap para reduzir a dívida e o défice públicos nas contas oficiais.
Em comunicado divulgado há pouco pelo seu gabinete, Joaquim Pais Jorge afirma que a apresentação com mais de oito anos [documento que o Citigroup terá entregue ao gabinete de Sócrates em 2005] que motivou a polémica foi “falseada” para que incluísse o seu nome “revelam um nível actuação política" que considera "intolerável”.
Notas do Papa Açordas: O sr. Joaquim P. Jorge deve estar equivocado, pois a "baixeza" é apenas da sua lavra, e não dos jornalistas. Estes limitaram-se a transcrever um documento que se encontra em S.Bento... Basta ver que, na sexta-feira, negou que tivesse participado na reunião para, passadas poucas horas, admitir que esteve presente...
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