Socialistas respondem com comunicado violento ao desafio do líder parlamentar do PSD, que apelou directamente a Seguro para se pronunciar.
A resposta demorou apenas uma hora: o PS acusou o PSD de fazer "política rasteira e destituída de qualquer dignidade pessoal ou política" ao tentar envolver António José Seguro no caso da apresentação de swaps por parte do Citigroup ao gabinete de José Sócrates em 2005.
"O PSD através do seu líder parlamentar protagonizou um lamentável momento de política rasteira e destituída de qualquer dignidade pessoal ou política", acusou o PS em comunicado. "Foi uma tentativa vil e soez de envolvimento do secretário-geral do PS no processo dos swaps apesar de ser público e notório que nada o liga ao processo", acrescenta a nota divulgada pelo gabinete de imprensa socialista.
Os socialistas relaçam que "em nenhum momento" António José Seguro participou em "qualquer processo político ou desempenhou qualquer função remotamente relacionada com a negociação de swaps entre instituições financeiras e o Estado português".
Instigado pelo líder da bancada parlamentar social-democrata a dizer o que pensa sobre a assumida participação do seu assessor económico nas reuniões com o Citigroup em que esta instituição financeira apresentou uma proposta que previa que os valores da dívida e do défice públicos fossem alterados, o PS considera que Óscar Gaspar já prestou "todos os esclarecimentos relativamente a esta matéria".
Esta nota do PS mostra que o discurso entre os dois partidos está a tornar-se particularmente violento. Os socialistas acusam o PSD de ter cedido à "táctica da política rasteira", demonstrando estar "contaminado pelo desespero e pela desorientação deste Governo".
Notas do Papa Açordas: O PSD tem dois grandes especialistas em "política rasteira": Marco António Costa e o sr. Montenegro... Qual deles o melhor!...
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