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Novas regras aumentam venda de genéricos, mas há quem fale em "morte lenta" das farmácias. Lei, muito criticada, tem dois meses.
Apesar de não existirem dados oficiais, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) acredita que - ao fim de dois meses da nova lei que permite que os cidadãos troquem os medicamentos prescritos pelos médicos por outros mais baratos - a venda de genéricos está a aumentar. A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) alerta que as mudanças geram muitas "dificuldades" e levam a uma "morte lenta" do sector.
O vice-presidente da ANF, Paulo Duarte, garante que as novas regras estão a ser implementadas com "tranquilidade" e que "no global as coisas estão a correr bem". Ressalvando que ainda não há dados oficiais sobre estes dois meses, o responsável diz que as primeiras impressões apontam para um crescimento da venda dos genéricos, "com os utentes satisfeitos por poderem escolher".
Questionado sobre se os conhecidos problemas financeiros das farmácias, que estão a afectar os stocks, não estão a impedi-las de dispensar os fármacos mais baratos, Paulo Duarte afirma que "a situação do sector é difícil", mas garante que "estão a ser encontradas soluções para todos os casos". Isto porque desde 1 de Junho que as farmácias são obrigadas a ter disponíveis pelo menos três dos cinco medicamentos mais baratos com o mesmo princípio activo, com o objectivo de reduzir os custos do Estado e dos utentes.
Visão distinta tem Manuela Pacheco, da direcção da AFP, que relata "uma morte lenta" do sector, com as farmácias com "grandes dificuldades" em gerir stocks. A responsável alerta, ainda, que muitas farmácias correm o risco de ver mais de metade das receitas devolvidas, o que implica não receber o dinheiro por parte do Estado, visto que há diferentes interpretações sobre a forma como se podem substituir os fármacos.
Notas do Papa Açordas: Ainda bem que os genéricos apareceram. Os medicamentos de marca estavam, e continuam a estar, demasiados caros e a comparticipação diminuiu estrondosamente. Só para exemplificar, comprava um determinado medicamento a 29,00 €, o Estado comparticipava em 60%, mas agora, compro a cerca de 9,00€, e os 60% da comparticipação dos Estado é, precisamente, sobre esta importância...
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