O secretário-geral do PS disse hoje, na Madeira, que quando o PS for governo voltará a existir um serviço público de televisão, considerando que a intenção de concessionar a televisão "serve alguns interesses, mas não serve o pais".
António José Seguro reagia assim à proposta governamental de concessão a privados do serviço público de televisão, anunciada pelo consultor do governo António Borges, na quinta-feira.
No final de uma visita às zonas que sofreram incêndios na freguesia de Gaula, em Santa Cruz, António José Seguro referiu que a proposta do Governo "pode servir alguns interesses, mas não serve o país nem o interesse nacional".
"Eu quero ser muito claro: quando o PS for Governo voltará a existir um serviço público que se seja prestado por uma televisão pública com uma gestão rigorosa e que sirva os interesses nacionais", disse.
António José Seguro manifestou ainda ter esperança que "esta proposta do Governo não passe no crivo do Presidente da República".
Confrontado com o futuro dos centros regionais de televisão na Madeira e nos Açores, referiu que o serviço público "significa coesão nacional e esta passa também por coesão territorial e é importante que tanto na Madeira como nos Açores possa haver também um serviço público de televisão".
"Serviço público significa aumentar e afirmar a língua portuguesa no mundo e é muito importante que promova a língua e a cultura portuguesa e que não esteja dependente de critérios de mercado. O serviço público é indispensável e é por isso que em todos os países da Europa há serviço público de televisão", continuou.
Notas do Papa Açordas: Qualquer privatização ou concessão tem interesses ocultos, de forma a beneficiar determinada entidade ou empresa. Qual será o beneficiário desta?
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