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Sem que se possa considerar surpreendente, a queda do produto resulta sobretudo do comportamento da procura interna, que foi ainda mais negativo do que no primeiro trimestre, sobretudo devido à quebra mais acentuada do investimento.
A queda homóloga (face ao mesmo trimestre ano anterior) do PIB divulgada pelo INE é a maior registada desde 2009 e a queda em cadeia (face ao trimestre precedente) a segunda maior em quase dois anos consecutivos de recessão nacional.
O INE assinala que uma “diminuição mais intensa das importações de bens e serviços” contribuiu positivamente para a procura externa e para a variação homóloga do PIB, pois “as exportações de bens e serviços desaceleraram”.
A recessão do ano passado revelou-se agora ligeiramente pior do que se pensava, pois o INE reviu em baixa a queda do PIB de 2011, que passou de 1,6% para 1,7%.
A economia portuguesa sofreu já sete trimestres consecutivos de queda do PIB, com valores que oscilam entre -0,1% no primeiro trimestre deste ano (quando se podia supor que a recessão estava a tornar-se menos intensa) e -1,4% no último trimestre do ano passado (valor revisto em baixa face aos -1,3% antes divulgados).
A recessão tinha-se intensificado nos meses em que se sentiu o efeito do imposto especial que foi cobrado com o subsídio de Natal da maioria dos trabalhadores, e agora agravou-se de novo.
Notas do Papa Açordas: Não é preciso ser economista para se ter uma percepção correcta destes resultados. São demasiados claros e mostram as políticas erradas do desgoverno de Passos Coelho... Aprenda que a austeridade acaba com a economia de um país...
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