-O secretário-geral do PCP acusou hoje o Governo de, ao criar uma Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa, não querer "executar" a reforma administrativa que iniciou por recear as "consequências políticas e sociais que daí advêm".
Jerónimo de Sousa visitou hoje a Feira Nacional da Agricultura, que decorre até domingo no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.
"O Governo faz tudo para evitar a sua responsabilidade direta, a sua execução, na eliminação das freguesias. É isso que se pretende com essa unidade técnica, despachar para uma entidade mais ou menos difusa, sem responsabilidade política, aquilo que é uma questão política relevante", afirmou aos jornalistas.
"Em relação a essa unidade técnica insisto muito nessa contradição. O Governo tem autonomia material nesta matéria. Não quer de facto executar tendo em conta as consequências políticas e sociais que daí advêm", declarou.
Para o líder comunista, a "primeira batalha" que as freguesias têm que travar é impedir que as Câmaras e as Assembleias Municipais "decidam à revelia dos interesses" das populações e das freguesias.
Quanto à reforma feita pelo município de Lisboa, Jerónimo de Sousa lamentou que a Câmara Municipal de Loures não tenha sido consultada sobre a nova freguesia do Parque das Nações, que abrange território daquele município.
"A partir deste momento, com essa decisão da maioria PS, vamos ter uma situação tremenda que é qualquer concelho, a partir de agora, poder ver desmembrado o seu território. Consideramos isto uma agressão", afirmou.
Notas do Papa Açordas: Sem comentários.
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