O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, justificou esta terça-feira o atraso na investigação do caso da compra por Portugal de dois submarinos à Alemanha com a falta de dinheiro para a realização de perícias.
"É muito difícil quando mete perícias. São caríssimas e temos estado à espera que o Ministério da Justiça disponibilize a verba", disse Pinto Monteiro, a propósito do inquérito sobre a compra de submarinos que está a ser investigado há anos pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
O PGR falava aos jornalistas à margem da apresentação do estudo "O Custo Económico e Social dos Acidentes de Viação em Portugal", em Lisboa.
Pinto Monteiro justificou ainda o atraso na conclusão do inquérito à compra de dois submarinos à empresa alemã Ferrostaal com a falta de cumprimento por parte das autoridades germânicas de cartas rogatórias, para realização de diligências judiciais naquele país.
"São necessárias cartas rogatórias para a Alemanha e depois o cumprimento das entidades [do país] não se verifica", afirmou o PGR, assegurando que o processo relativo à compra dos submarinos "não está parado".
O DCIAP informou hoje que, no caso da venda a Portugal de submarinos de fabrico alemão, decorrem duas investigações, havendo diligências em curso que aguardam a devolução de cartas rogatórias devidamente cumpridas.
A compra de dois submarinos "209 PN", baptizados de Arpão e Tridente, custou ao Estado português 880 milhões de euros, tendo sido realizada na altura em que Paulo Portas era ministro da Defesa.
Notas do Papa Açordas: A quem é que interessa que não sejam feitas essas perícias? Ao governo, sem dúvida!... Ao Paulinho das Feiras e, sem dúvidas, ao Jacinto Leite Capelo Rego... É a "justiça" portuguesa a funcionar!...
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