Manuel António Pina
O Governo PSD/CDS esconde do comunicado do Conselho de
Ministros que decidiu acabar com as reformas antecipadas, leva
a coisa caladamente a Cavaco Silva, Cavaco Silva assina-a de
cruz e os portugueses só sabem do que se passou (e que lhe
passaram a perna) quando o decreto sai no "Diário da República".
O primeiro-ministro admite a um jornal estrangeiro o que não
admite no Parlamento, que, afinal, talvez o país não volte aos
mercados em 2013 como antes tinha garantido o ministro das
Finanças.
O chefe-adjunto da troika anuncia em Bruxelas que, ao contrário
do que o seu Governo português sempre jurara, o mais certo é
que o confisco dos subsídios de férias e Natal seja, afinal, definitivo.
E que faz o Governo? O ministro das Finanças garante que o
confisco acaba em 2013, depois garante que é em 2014, o
primeiro-ministro garante que é em 2015 e "de forma gradual" e
o omniministro Relvas garante que o Governo não enganou os
portugueses.
E o que faz o PS? Abstém-se "violentamente" ou, com mais ou
menos retórica, vota "violentamente" a favor de tudo isso como
fez com o Código dos Despedimentos e como já disse que fará
(mas exigindo "violentamente" um "tratado complementar" para
o crescimento) com o tratado com que a sra. Merkel pretende
limitar a soberania orçamental dos incapazes nativos dos PIIGS.
E nós, portugueses? Nós, portugueses, não somos chamados
ao assunto porque esses assuntos não nos dizem respeito.
(Jornal de Notícias)
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