O Estado fechou 2011 com uma dívida superior a 184 mil milhões de euros, mais 23,1 mil milhões de euros que o valor registado no final de 2010 e bem acima das previsões do governo na versão inicial do Orçamento do Estado para este ano. Assim, e nos 12 meses do ano passado, o país endividou-se a um ritmo mensal de quase 2 mil milhões de euros, ou 65 milhões/dia.
Na versão rectificada do OE2012, apresentada esta semana, o executivo não avançou com qualquer estimativa para o valor desta rubrica no final de 2011 ou para o corrente exercício.
Contudo, e de acordo com a primeira notificação do ano do procedimento dos défices excessivos enviado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para Bruxelas, as contas públicas chegaram ao final do ano passado com uma dívida equivalente a 107,8% do produto interno bruto (PIB), ou seja, um peso de mais 14,4 pontos percentuais sobre o PIB que em Dezembro de 2010 – quando equivalia a 93,3%. O salto de 2011 foi assim bem maior que o registado de 2009 para 2010 – quando o endividamento público cresceu 17 mil milhões de euros –, e desse ano para 2011, período em que a dívida aumentou perto de 21,2 mil milhões de euros.
Além de o novo valor da dívida pública superar, e muito, as previsões de Outubro do governo, as estimativas feitas mais recentemente também são superadas pelos valores agora provisoriamente oficializados pelo INE. No último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a situação portuguesa, o fundo previa que Portugal fechasse as contas do ano passado com uma dívida de 107,2% do PIB, valor idêntico ao referido no último Boletim Estatístico do Banco de Portugal, de Fevereiro.
No reporte a Bruxelas, o INE avança também que o Estado deverá fechar este ano com uma dívida equivalente a 112% do produto, valor que, contudo, deverá acabar revisto em alta. As previsões do FMI apontam, aliás, para 116,3%.
Notas do Papa Açordas: Afinal, o sr. Passos e o Gaspartroyka fazem a mesma merda que o sr. Sócrates e o Cabecinha Branca!... Por este andar, ainda os apanham!...
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