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Marcelo Rebelo de Sousa insistiu neste domingo que António José Seguro deu um golpe no PS ao fazer uma alteração estatutária que não estava autorizada pelo Congresso. E acusou o líder do PS de se estar a “vitimizar” para unir o partido.
No seu habitual comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa retirou a palavra “golpaça”, usada na semana passada, “por não vir no dicionário” e trocou-a por “golpe” ou “golpada”. O antigo presidente do PSD e conselheiro de Estado de Cavaco Silva criticou ainda Seguro por responder a um comentador quando só deve responder a um primeiro-ministro e colou a atitude do actual líder do PS à do seu antecessor, José Sócrates, que segundo Marcelo usava frequentemente a estratégia da vitimização.
O líder socialista tinha acusado Marcelo Rebelo de Sousa de um acto “vil e miserável”, ao que o social-democrata respondeu neste domingo ao dizer que “vil e miserável é a situação criada por Seguro ao ter feito uma alteração estatutária sem autorização do Congresso”.
Sobre essa mudança, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o Congresso do Partido Socialista não conferiu ao seu secretário-geral legitimidade para avançar com a revisão estatutária, por isso considerou-a “uma ilegalidade”.
Noutros tempos, adiantou Marcelo, o recurso a palavras como vil e miserável “seria fortíssimo, até porque este era um método usado por José Sócrates”. O antigo presidente do PSD considerou que foi apenas “mensageiro” e tinha repetido há uma semana o que membros do Partido Socialista já tinham dito sobre a alteração estatutária. E adiantou que “num momento em que está cercado pelos socráticos, [António José Seguro] arranjou maneira de aparecer e comentar um agressor externo para fomentar a unidade”.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Seguro tem “meia razão” no que se refere à apresentação das listas de deputados para o partido, depois de, na semana passada, ter referido que a alteração estatutária faria com que a escolha de deputados passasse a ser feita por listas fechadas. Essas listas serão a abertas mas, sublinhou Marcelo, o líder do PS tinha proposto que fossem fechadas. “O problema que se coloca é que Seguro teve de recuar”.
Notas do Papa Açordas: O sr. Seguro ao meter-se com MRL, só tem um caminho a seguir: a demissão do cargo de secretário-geral do PS. Ainda bem que a golpada foi detectada a tempo...
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