quarta-feira, 11 de abril de 2012

FMI avisa que mais austeridade pode fazer implodir o país e o governo

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Os quatro SES do FMI

O estado do país é como um baralho de cartas, um pouco mais de vento e poderá fazer cair todo o castelo. Pelo menos é assim que o Fundo Monetário Internacional olha para os próximos tempos. E defende que mais austeridade só aumentará a tempestade no país: quer económica, quer social ou política.

Na última revisão ao Memorando de entendimento, o FMI avisa que, apesar de o programa estar a ser cumprido, há quatro riscos que poderão pôr em causa todo o trabalho. Primeiro, os peritos internacionais dizem que a recessão pode ser maior que o esperado. O ajustamento da economia vai tomando forma e o ambiente externo, “possivelmente mais fraco”, vai intervindo nas contas nacionais através, por exemplo, da redução do consumo. Em segundo lugar, o FMI lembra a missão quase impossível do governo: “A pura dimensão do ajustamento aumenta os riscos de implementação”, escrevem os peritos. Ou seja, são muitas medidas ao mesmo tempo e sobre vários assuntos.

E como não há duas sem três, nem três sem quatro, o FMI diz ainda que há o perigo de um crescimento das responsabilidades financeiras dos privados, a tal ponto que isso se reflectiria na banca nacional e por consequência nas contas do Estado, que teria de assistir esses bancos. E por fim lembra ainda que o processo de crescimento da economia é lento e que a estratégia de “desvalorização interna” de salários e preços pode demorar mais tempo do que o esperado.

A combinação destes riscos pode dar origem a uma recessão em espiral e, “pior ainda”, lembra o FMI, a insistência em mais austeridade pode incendiar o apoio social e político ao programa. Este problema não vem só do exterior – a oposição, principalmente o PS, e os parceiros sociais – como de dentro da própria coligação PSD/CDS.

Notas do Papa Açordas: Este  (des)governo não houve nem vê mais ninguém que a Troika... É como o Titanic... só é pena que nos atinja também a nós!...
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