Todos os arguidos no processo Portucale, ligado ao abate ilegal de sobreiros para a construção de um empreendimento imobiliário e turístico em Benavente, foram absolvidos.
A leitura da sentença decorreu nas Varas Criminais de Lisboa. Todos os arguidos foram absolvidos das acusações de tráfico de influências, de abuso de poder e de falsificação.
Não houve provas nem especial intenção relativamente aos crimes de que os 11 arguidos do caso vinham sendo acusados, considerou o tribunal. Por isso, decidiu absolvê-los a todos.
Ao fim de sete anos, o processo acabou, esta manhã, com beijos, abraços e parabéns, na sala de audiências, entre arguidos e advogados. A fundamentação detalhada, para já, não se entendeu porque, apesar da leitura do acórdão ser um acto público e obrigatoriamente compreensível, a juíza presidente do colectivo, Laura Maurício, leu a decisão a alta velocidade, sem pausas, sem pontuação e, muitas vezes, de forma imperceptível.
À saída do tribunal, o ex-director-geral das Florestas, António de Sousa Macedo, considerou ter-se feito justiça. Contudo, realçou a morosidade do processo. Carlos Pinto de Abreu, advogado de defesa de António de Sousa Macedo, considerou que a decisão pôs “fim a um longo calvário” dos arguidos, que foram “flagelados” apesar de serem pessoas inocentes, pelo que hoje se assistiu à “morte da injustiça e à ressurreição da verdade”.
José António Barreiros, advogado do principal arguido, o empresário e ex-dirigente do CDS-PP Abel Pinheiro, repetiu aos jornalistas que o seu constituinte agiu "de modo lícito e é um homem honrado".
Por sua vez, Abel Pinheiro, mostrando-se agradado com o desfecho do processo, salientou "a inexistência de qualquer ilicitude nas funções que exerceu".
Notas do Papa Açordas: Não compreendemos como a justiça perde tempo e dinheiro dos contribuintes a "investigar" e a "julgar" estes casos que envolvem políticos e grandes grupos económicos. Qualquer cidadão sabe que a montanha vai parir um rato e que, políticos envolvidos nestas falcatruas jamais serão punidos. Afinal, a culpa é do "morto", isto é, dos sobreiros que se deixaram abater...
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