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Cerca de 200 mil famílias podem perder a médio prazo as suas casas. A esta projecção, feita com base nos dados do Banco de Portugal para o primeiro trimestre, há que acrescentar ainda os casos de contribuintes alvo de penhora e execução por parte do fisco ou da Segurança Social, que também podem perder os seus imóveis. Isto porque as medidas impostas pela troika a Portugal exigem maior celeridade por parte da justiça nacional.
Ou seja, os actuais prazos de três e mais anos para a conclusão deste tipo de processos devem descer para menos de um, como acontece noutros países da União Europeia.
O incumprimento no crédito à habitação atinge actualmente 5,5% do total dos cerca de 2,5 milhões de famílias que compraram casa própria recorrendo à banca. Contudo, a esmagadora maioria continua a morar nas habitações, embora não pague, à espera dos processos legais que permitem aos bancos recuperar as casas hipotecadas para as voltarem a vender ou leiloar.
As casas que estão actualmente no mercado, em consequência de incumprimentos bancários, e que têm estado a ser leiloadas ou vendidas directamente por empresas imobiliárias, dizem respeito a processos que datam de há três, quatro ou mais anos. Ou seja, o mercado está actualmente a absorver a crise que teve início no final de 2008 e começou por atingir as classes mais desfavorecidas dos subúrbios das grandes cidades, como Lisboa e Porto.
Sintra, Abrunheira e Massamá são três das localidades da Grande Lisboa que mais têm alimentado os recentes leilões de casas ou venda directa por parte dos bancos ou por empresas por estes subcontratadas para escoarem estes produtos, que deixaram de ser pagos há cerca de três anos.
Notas do Papa Açordas: Estas pessoas bem podem "agradecer" ao sr. Sócrates a ajuda que deu no propagar deste problema...
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