terça-feira, 5 de julho de 2011

Assis e Seguro: três debates para decidir o novo PS

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Impasse nas negociações até ontem à noite. Ex-ministro propôs três frente-a-frente. Assis aceitou porque "mais vale poucos que nenhum".
É já um clássico nas eleições internas para a liderança do PS: o "drama" com os debates entre os candidatos. Nestas eleições, a tradição manteve-se: durante três dias, a campanha interna foi muito centrada à volta dos debates entre os dois adversários para as eleições directas de 22 e 23 de Junho: Francisco Assis e António José Seguro. Ontem, os directores de campanha de Seguro e Assis reuniram-se para tentar desfazer o nó. O ex-líder parlamentar propôs seis debates. O ex-ministro de António Guterres queria três - um modelo muito próximo ao seguido nas eleições internas disputadas por José Sócrates, Manuel Alegre e João Soares em 2004.

O impasse manteve-se durante todo o dia e só à noite é que houve acordo. Na prática, a candidatura de Seguro manteve-se intransigente e vão apenas realizar-se três debates. O primeiro frente-a-frente entre os dois candidatos a líder do PS será no dia 12 de Julho na SIC-Notícias. O outro é no dia seguinte na Federação da Área Urbana de Lisboa e o terceiro e último é no Porto, a 19 de Julho, dois dias antes das directas.

Ontem, os directores de campanha, Ana Catarina Mendes, pelo lado de Assis, e António Galamba, pelo lado de António José Seguro, reuniram-se pela tarde em Lisboa, mas não houve fumo branco.

O ambiente já andava azedo entre as duas candidaturas e assim continuou.

A candidatura de Seguro insistia nos três debates: um em cada uma das maiores federações - Lisboa e Porto -, em princípio apenas para os militantes (e por isso fechado a jornalistas), e outro organizado por um canal de televisão.Além de Lisboa e Porto, Francisco Assis pretendia debates com António José Seguro em duas outras grandes federações, Braga e Coimbra, numa televisão e uma rádio. Como se mantinha oimpasse, candidatura de Assis, sabe o PÚBLICO, prometeu uma resposta até ao fim do dia de ontem, o que aconteceu já depois das 22h.

Notas do Papa Açordas: A transformação do Partido Socialista em Partido de Sócrates levou a uma intensa fuga de militantes. Conheço até secções, em que, mais de 2/3 dos militantes, viraram as costas ao partido. No actual estado de coisas, e atendendo à fraca qualidade dos "cão"didatos, a maior parte vai continuar "autista" para com o partido...

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