sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Remodelação iminente. Crise pode fazer governo encolher

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Novos ministros nos Negócios Estrangeiros, no Ambiente e na Saúde
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Um novo governo, a qualquer momento e eventualmente mais pequeno. É provável que Sócrates não repita o que fizeram Zapatero, há poucas semanas, e António Guterres, há muitos anos - que remodelaram os respectivos governos no dia da aprovação do Orçamento do Estado, com péssimos efeitos políticos no caso de Guterres. Mas já este fim-de-semana ou, mais provavelmente, no próximo, o país pode acordar com novos rostos em vários ministérios.
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Durante a semana nada acontecerá: as deslocações oficiais do primeiro-ministro à Líbia e à Argentina dificultam a operação, que tem que ter agrément prévio do Presidente da República.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros está de saída. As suas já tensas relações com o primeiro-ministro - desde que, em Maio, defendeu a inscrição na Constituição dos limites do défice - agravaram-se com a entrevista ao "Expresso", onde sugeriu a sua própria remodelação, defendeu uma coligação governamental PS/PSD que não está nos planos de Sócrates, e manifestou, pela enésima vez, o seu cansaço com as funções.
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Para substituir Luís Amado tem sido avançado por várias fontes o nome de Basílio Horta, o que o próprio, ontem contactado pelo i, desmente. No entanto, o i sabe que já houve contactos entre o primeiro-ministro e Basílio Horta. Actual presidente da AICEP (Agência para o Investimento), Basílio Horta poderia dar à pasta uma componente mais económica, juntando ao perfil diplomático uma aposta nas relações comerciais externas. Basílio Horta é neste momento também próximo de Cavaco Silva, sendo um dos apoiantes assumidos da recandidatura do Presidente, o que num cenário de instabilidade política é apontado como uma vantagem.
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Notas do Papa Açordas: Dado o centralismo que o sr.Sócrates imprimiu no seu governo, não é crível que a remodelação seja assim muito importante, ou que venha resolver os problemas do país. O sr.Sócrates é demasiado individualista, não admitindo grandes devaneios aos seus ajudantes (ministros) ou subajudantes (secretários de Estado)...
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