sábado, 20 de novembro de 2010

Assessores do Infarmed com salários iguais a directores

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BE considera situação "amoral" e já questionou a ministra da Saúde. Remunerações causam mal-estar dentro do organismo
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Quatro funcionários do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) assinaram esta semana um contrato com um ordenado equivalente ao dos directores de serviços daquele organismo - 3800 euros mensais -, na sequência de concursos para a carreira de técnico superior em que a generalidade dos colaboradores ficou a ganhar entre 1600 e 1800 euros. Um técnico de comunicação institucional e três assessores do conselho directivo nas áreas de relações internacionais, gestão de projectos e relações institucionais passaram a ganhar um salário que os põe imediatamente no topo da carreira técnica superior da administração pública. O caso está a causar mal- -estar dentro do Infarmed, com alguns trabalhadores com mais anos de experiência profissional a queixarem-se de diferenças de tratamento a nível remuneratório.O Bloco de Esquerda considera a situação "amoral" e lançou ontem a questão directamente à ministra da Saúde.
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O deputado João Semedo não concebe que "assessores tenham remunerações ao nível de directores", e que nestes concursos, concluídos em Agosto de 2010, "não se tenham aplicado os mesmos critérios de atribuição de salários a todos os candidatos". "Não é ilegal, mas é amoral. Sujeitaram-se aos mesmos concursos e quatro foram recompensados, quando as regras deveriam ter sido iguais para todos."
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Queixas dos trabalhadores Um grupo de trabalhadores do Infarmed enviou uma carta anónima em que acusa o organismo de contribuir para a falta de "ética na administração pública" por não terem sido usados os mesmos critérios durante o processo negocial. A remuneração atribuída à maioria dos colaboradores após processo negocial variou "entre 1600 e 1800 euros". "Caso este valor não fosse aceite não eram assinados contratos, pelo que restava aos colaboradores abandonar a instituição", sustentam. Além disso, os colaboradores explicam que durante as reuniões de negociação, o presidente do Infarmed terá frisado que "não poderiam ser dados ordenados superiores devido a questões legais".
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Notas do Papa Açordas: Certamente que são boys! É uma vergonha o que se passa na Função Público! Os concursos são manipulados e feitos à medida do candidato eleito... tudo à boa medida socrática... E não há dinheiro!... Olha se houvesse...
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2 comentários:

Anónimo disse...

Afinal já se sabe quem escreveu a carta anónima e errónea sobre os 4 assessores do Infarmed. Tudo indica que foram funcionárias das direcções da gestão do risco e de avaliação de medicamentos! Numa aldeia global com muitos big brothers não há nada que não se saiba. ah, ah, ah... A

Anónimo disse...

Sim, esse contratados novos tem muito que se queixar.... e os que trabalham há mais de uma decada naquele instituto e não usufruem os mesmos ordenados que eles ou até mesmo alguns colegas que nem concurso foi aberto para reclassificação, acho que se quexam de barriga cheia.