segunda-feira, 28 de junho de 2010

Famílias portuguesas em situação insustentável

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Trabalho apresentado hoje
Estudo revela famílias portuguesas em stand by
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Um estudo coordenado pelo ISCTE revela como vivem as famílias portuguesas que se consideram num "limbo", em trajectória social descendente. Estão um degrau acima do limiar da pobreza e representam quase um terço da população.
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São gente vulgar. Não estão classificados oficialmente como pobres, a maioria ainda não perdeu o emprego, têm filhos a cargo e uma dificuldade comum em conseguir chegar ao fim do mês sem percalços de maior.
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Um estudo da Tese - Associação para o Desenvolvimento, que será hoje apresentado em Lisboa, mostra quem são e omo vivem estas "famílias-sanduíche" - uma noção aplicada a agregados que beneficiam de "demasiados recursos para aceder a prestações sociais", mas que experimentam particulares dificuldades" em conseguir responder às despesas usuais.
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Os adultos que integram estes agregados ganham por mês entre 379 e 799 euros - estão por isso acima do limar da pobreza, uma linha que separa quem ganha mais ou menos do que 60 por cento do rendimento médio - e representam 31 por cento dos agregados residentes em Portugal. Outros 20,1 por cento estão classificados como pobres.
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Maria, licenciada, de 33 anos, figura entre os primeiros. Diz sobre ela própria que é "uma pessoa em stand-by". Reside em Lisboa - a maioria das famílias-sanduíche habita em áreas urbanas - é trabalhadora independente, sente-se "injustiçada". Os estudos valeram-lhe de pouco: ir às vezes ao cinema ou ao teatro, comprar um livro são gestos que entraram para a categoria dos "luxos". Maria é um dos 54 entrevistados que dão corpo ao estudo coordenado pelo Centro de Estudos Territoriais do ISCTE, em parceria com a Gulbenkian e o Instituto da Segurança Social. Nem todos pertencem às chamadas famílias-sanduíche. Este estudo sobre as necessidades em Portugal foi também procurar saber como vivem, entre outros, adultos que vivem em regime de sobreocupação, que aumentaram as suas qualificações ou que passaram à reforma recentemente.
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Notas do Papa Açordas: É preciso lembrar que antes da crise internacional, já o sr.Sócrates tinha criado uma grande crise económica e social em Portugal. Portanto, em nossa opinião, a culpa é dos governos socráticos...
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