terça-feira, 22 de junho de 2010

Despedimentos por falência. Portugal é o pior exemplo na Europa

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Falências valem 54% do emprego destruído desde o início da crise. Noutros países a reestruturação interna das empresas tem dominado
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Portugal é o mercado de trabalho europeu que mais tem sofrido, desde o início da crise (meados de 2007), com as falências e encerramentos de empresas. Este tipo de reestruturação, mais dolorosa e radical, contrasta com os chamados processos de reorganização interna, prática que domina nos restantes países europeus e que permite às companhias permanecerem activas, apesar das dificuldades.
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Dados do Centro Europeu para a Monitorização da Mudança (CEMM), que depende do Eurofound, instituição europeia, mostram que mais de 54% das reduções de postos de trabalho anunciadas em Portugal desde Julho de 2007 surgem na sequência de processos de falência ou de encerramento de empresas. O balanço deste ano já é francamente negativo a esse nível.
O CEMM sublinha no relatório de Junho que, ao nível da indústria europeia, "o maior caso de destruição de empregos [em Maio] está relacionado com o plano da companhia alemã Rohde, o maior fabricante de calçado em Portugal, para fechar a sua fábrica em Santa Maria da Feira, com a perda de 980 postos de trabalho".
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Um sério revés para a região Norte que já tem umas das taxas de desemprego mais elevadas do país, cerca de 12,5% da população activa no primeiro trimestre, segundo o INE. A taxa nacional está em 10,6%.
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O CEMM dá ainda conta de outro caso de peso este ano: o fecho da Poceram, fabricante de cerâmicas do distrito de Coimbra, anunciado em Março, que não encontrou um investidor que a salvasse da morte anunciada desde meados de 2009.
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Notas do Papa Açordas: Tudo isto é um "bom"serviço prestado pelo sr.sócrates e seus acólitos aos trabalhadores portugueses...Não há dúvida, podem limpar as mãos à parede!...
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1 comentário:

Marreta disse...

Só falta dizer que as falências são motivadas pelo fraco desempenho dos trabalhadores e baixa produtividade...

Saudações do Marreta.