quinta-feira, 6 de maio de 2010

Acção directa, diz ele

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Manuel António Pina
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O deputado Ricardo Rodrigues estava a ser entrevistado na AR

pela revista "Sábado" e, não gostando das "perguntas
inquisitórias" dos jornalistas sobre certos "azares"
(a expressão é do próprio) do seu passado como sócio, procurador e advogado
de Débora Raposo, condenada por burla e falsificação de documentos num
caso em que a CGD foi defraudada em milhões de euros, não esteve
com meias medidas: "tomou posse" dos gravadores dos jornalistas,
escapando com eles no bolso das calças para parte parlamentar incerta.
"Exerci acção directa", explica o deputado. A coisa só não descambou
porque os jornalistas, pelos vistos gente pacata, não optaram também
pela "acção directa" eliminando (é o verbo usado no Código Civil)
a resistência do deputado ao exercício do seu direito à informação
através das vias de facto apropriadas, se necessário "tomando-lhe posse"
das calças para recuperar os gravadores. Os deputados da Oposição
que se cuidem com as "perguntas inquisitórias" que fazem na Comissão de
Inquérito ao caso PT/TVI ou ainda terão que se haver com a tendência do
deputado Rodrigues para a "acção directa".(Jornal de Notícias)
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1 comentário:

Pata Negra disse...

A PSP devia afixar uns cartazes à entrada do parlamento alertando os visitantes para terem cuidado com os valores! É que lá há falta deles!
Um abraço de mãos limpas