quarta-feira, 30 de abril de 2008

Salários reais caem 0,2 por cento este ano

Três anos seguidos de perda do poder de compra
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De acordo com os dados ontem divulgados pelas autoridades europeias, o salário real por trabalhador em Portugal deverá registar uma quebra de 0,2 por cento este ano, o que significa que o aumento nominal de 2,6 por cento nos salários será totalmente absorvido pela inflação prevista de 2,8 por cento. Esta perda do poder de compra segue-se a reduções dos salários reais de 0,9 por cento em 2006 e de 0,6 por cento em 2007.
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Estes três anos seguidos de aumentos salariais abaixo da inflação são o período mais longo de que há registo desde 1981 até agora. Aliás, a diminuição dos salários médios em termos reais vinha sendo, até agora, um fenómeno pouco frequente. Apenas se tinha registado em quatro anos de recessão económica: 1983, 1984, 1993 e 2003.
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Por causa disso, a presente década arrisca-se a ser, de longe, a que piores notícias trouxe para os portugueses, ao nível dos salários. Entre 2001 e 2009, estima a Comissão, a variação real será apenas de 0,2 por cento ao ano. Um valor que contrasta com 6,6 por cento nos anos 60, 4,5 por cento nos anos 70, 1,6 por cento nos anos 80 e 2,9 por cento nos anos 90.
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Entre as explicações mais óbvias para este fenómeno estão a contenção salarial verificada na Administração Pública, com sucessivos anos de aumentos salariais abaixo da inflação e a escalada da taxa de desemprego para níveis recorde, o que retira poder negocial aos trabalhadores do sector privado para exigirem aumentos salariais mais generosos...> (Público)
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Nota do Papa Açordas: Será possível que num país cor de rosa, possa acontecer uma coisa destas? Ou então, Sócrates está a enganar-nos (não admira) e a realidade do país é muito diferente daquela que ele pinta...

2 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

Acho que Sócrates não nos anda a enganar, começo a estar convencido que ele acredita mesmo que vive no paraiso.

Pata Negra disse...

Este é um país que tem sido governado por tão bons economistas e gestores? Fracamente! Francamente! Venham os maus economistas e maus gestores para inverter os resultados! Esta gente já teve a sua oportunidade! Para dizerem que para equilibrar a coisa "temos de aumentar as receitas e diminuir as receitas" não era preciso terem estudado tanto!
E depois, não se pode servir a dois senhores, ou servem a parte cada vez mais rica ou servem a parte cada vez mais pobre!
Estou farto de números, quero pão!
Um abraço de baioneta