sábado, 31 de maio de 2014

E vão oito!

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"À primeira todos erram. À segunda só erra quem quer. E à oitava... erram Passos e Portas. Confesso que não consigo encontrar uma explicação digna desse nome para que, em menos de três anos, o atual Governo tenha apresentado oito propostas legislativas inconstitucionais e três Orçamentos de Estado parcialmente ilegais. Socorro-me de Millôr Fernandes: "Errar é humano, ser apanhado em flagrante é que já é burrice." E então oito vezes...
Com que interesse insistem nos erros que todos antecipam? Com que objetivo apresentam medidas que são sistematicamente chumbadas? Masoquismo, entretenimento da política caseira, ilusão contabilística para Europa ver ou simples incompetência? A resposta é a tal que vale milhões. Neste caso para o buraco das contas públicas.
Com a Constituição pode concordar-se ou não. Pode até tentar-se mudá-la. Mas ela existe e tem de ser cumprida. Aquele juramento político das tomadas de posse não é uma questão formal. É um compromisso para levar a sério.
Pode ainda alegar-se que a constitucionalidade é interpretativa e matéria de opinião - seja. Que os juízes entram demasiado por decisões políticas e económico-financeiras, porque entram. Ou mesmo que ligam aos timings políticos, porque o fazem, como acaba de se ver. A aplicação da lei pode até ser uma enorme chatice, um tremendo obstáculo ou uma simples questão humana, mas é assim. E à oitava vez, não só não o ter percebido como ainda ter teimado na mesma estratégia, obriga a uma qualificação pouco abonatória.
Qualquer um que tivesse lido os argumentos do primeiro chumbo, baseado nos princípios da igualdade e da confiança, saberia como agir. O Governo prefere errar, pressionar e depois reagir. Mas essa reação é sempre a mesma: aumentar impostos.
O que o Governo tem feito é intranquilizar os mercados. Intranquilizar os nossos credores. Intranquilizar os portugueses. A troika até quis lições sobre o que era e o que podia fazer o Constitucional português. Merkel e Lagarde questionaram-se sobre como as decisões constitucionais podiam influenciar o ajustamento nacional. E os trabalhadores, sobretudo os públicos, passaram a ter cortes em janeiro e reposições em junho.
O que Passos e Portas fizeram foi tornar o Tribunal Constitucional a sua maior ameaça. A verdadeira oposição. E com força de lei. Como dizia Sócrates (o grego), "o costume dos tolos quando erram é queixarem-se dos outros, porque os sábios, esses, só se podem queixar de si mesmos".
Como PSD e CDS saíram de fininho
Não, a maior surpresa dos resultados das europeias não foi Marinho e Pinto, ele é apenas a versão nacional de fenómenos semelhantes por toda a Europa. Nem sequer os números pífios do PS, tanto que António Costa estava evidentemente preparado para eles. Verdadeiramente surpreendente foi como o PSD e o CDS saíram de fininho da maior derrota de sempre. Dos 27,7% dos votos obtidos em coligação, aos sociais-democratas caberá pouco mais de 20%, algo a que nem Santana Lopes desceu. E aos democratas-cristãos, metade (ou menos) dos 10% atuais, um novo regresso ao táxi utilitário. Mas não se ouve entre eles um pio sobre a evaporação desses dois milhões de votos. Em circunstâncias políticas normais, PSD e CDS é que estariam neste momento em convulsões internas. Com disputas pela liderança. Mas a grave situação do País não está para aventuras. E foi isso que estas eleições também mostraram: PSD e CDS vão navegar à bolina e guardar-se para o pós-legislativas. Até lá, tentarão limitar-se a assobiar para o ar e ficar a ver os socialistas - e o País - a juntar os cacos. Porque se no PS todos sabem que quem chegar líder às legislativas do próximo ano será naturalmente primeiro-ministro, no PSD (e também no CDS, em versão minimalista) é exatamente o contrário: ninguém tem dúvidas de que os atuais líderes vão perder e desaparecer. Daí este atual ruidoso e elucidativo silêncio.
Populismo e euroceticismo à nossa maneira
O populismo e o euroceticismo assustaram a Europa. Foi assim que se leu os resultados das europeias olhando lá para fora, do UKIP em Inglaterra, passando pelo Syrisa na Grécia ou o 5 Estrelas de Beppe Grillo em Itália (a extrema-direita, essa, é outra ameaça). Mas, observando o que se passa cá dentro, os números de Marinho e Pinto e do PCP mereceram complacência e até elogios. O que é estranho. Afinal, foram as posições populistas do ex-bastonário dos Advogados - algumas consideradas homofóbicas, sublinhe-se - que o colocaram agora em Bruxelas e lhe deram legítimas ambições para o futuro. E foram as posições claras dos comunistas sobre a Europa, os únicos em Portugal a defender a saída do euro e o incumprimento do Tratado Orçamental, que devolveram ao PC o regresso à posição de terceira força política do País. Os populismos, sejam quais foram, podem sempre degenerar em algo potencialmente perigoso. E a coerência comunista, que lhe vale a manutenção da base de apoio de 400 mil votantes, também não devia ser levada com tamanha ingenuidade. As posições do PC não são preocupantes, mas são relevantes. Falhar compromissos com a Europa seria uma tremenda irresponsabilidade. Sair do euro, com a consequente desvalorização da moeda nacional, seria o fim da luta por salários mais equilibrados e competitivos."
(Filomena Martins - Diário de Notícias)

CONCIERTO DE NOCHE DE VERANO EN VIENA

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Concierto de noche de verano en Viena

CONCIERTO DE NOCHE DE VERANO EN VIENA


La Orquesta Filarmónica de Viena, dirigida por el alemán Christoph Eschenbach, se presenta durante su concierto al aire libre Sommernachtskonzert (Concierto de noche de verano) en la plaza Schoenbrunn en Viena (Austria). (Herbert P. Oczeret / EFE)-(20minutos.es)


Remunerações: Constitucional devolve parte do salário da Função Pública

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Quem recebe mil euros por mês vai recuperar 52 euros, noticia a Rádio Renascença. O chumbo do Tribunal Constitucional trouxe alguma folga salarial aos funcionários públicos. Resta saber agora que medidas o Governo ainda irá aplicar, para compensar mais um novo chumbo.

Os funcionários públicos com vencimentos de 1000 euros irão recuperar 52 euros por mês. O valor é dado pela Rádio Renascença e serve de referência para os trabalhadores do Estado, que ontem viram o tribunal Constitucional chumbar novas medidas do Executivo.

A redução para este ano para quem ganhava este valor bruto passou de 0% para 5,2%, o que quer dizer que os funcionários nestas circunstâncias recebiam menos 52 euros desde o início do ano. Para quem ganha dois mil euros brutos, no ano passado já havia 'perdido' 70 euros por mês. Com as últimas medidas esse corte chegava aos 240 euros, situação que o chumbo do Constitucional veio mudar.

Mas a folga salarial estende-se mesmo a quem ganhava menos.

Recorda a rádio que um funcionário público com um salário base de 750 euros – o mesmo de 2010 – não teria qualquer corte até ao ano passado, uma vez que também não houve aumentos. Essa situação, no entanto, mudou no início desde ano.

Desde Janeiro que com a redução de 3,5% que passou a ser aplicada implicava menos 26 euros por mês na conta pessoal. Ou seja, o salário bruto baixou para 724 euros. Com a decisão do Tribunal Constitucional, a partir deste mês de junho que a remuneração volta aos 750 euros, algo que terá também implicações no montante do subsídio de férias.

Veremos agora é se esta situação se mantém ou se as medidas que o Governo escolher irão incidir novamente sobre os ordenados da função pública. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Este desgoverno ficará conhecido pela inconstitucionalidade dos seus Orçamentos e do seu ódio para com os funcionários públicos...

quinta-feira, 29 de maio de 2014

MATERIAL ESCOLAR TÓXICO

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Material escolar tóxico

MATERIAL ESCOLAR TÓXICO

Estudiantes filipinos protestan contra los altos contenidos tóxicos en su material escolar, en la Ciudad de Quezón, al este de Manila (Filipinas). (Ritchie B. Tongo / EFE)-(20minutos.es)


António Costa: "Os portugueses desejam a emergência de uma nova maioria”

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Em declarações aos jornalistas durante a cerimónia de abertura da Feira do Livro em Lisboa, António Costa assinalou o desejo de mudança expresso pelos portugueses nas últimas eleições e disse que um congresso do seu partido é o local apropriado para discutir questões internas do PS, solicitando por essa razão o apoio dos portugueses e dos militantes do PS.

“[Ficou claro que os portugueses] não querem mais esta maioria e desejam a emergência de uma nova maioria. Observei o desejo de mudança expressado pelos portugueses no passado domingo. Estas eleições exigiam não só uma derrota histórica da direita mas uma vitória clara do partido socialista”, apontou, afirmando depois que "os portugueses não se revêm no partido socialista”. 

Relativamente à questão da manifestação do apoio de 15 distritais a António José Seguro, atual secretário-geral do partido socialista, Costa afirmou que se dirige “às pessoas, aos cidadãos e aos militantes do PS, solicitando o seu apoio”.

António Costa, que na terça-feira anunciou que estava disponível para liderar um Governo socialista, afirmou novamente que defende a convocação de um congresso para debate das questões internas do partido.

“Defendo a existência de um congresso e estou certo de que os órgãos nacionais irão promover a sua realização. As questões políticas resolvem-se não de forma administrativa, mas por debate e decisão política”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, acrescentando ainda: "O congresso é uma realidade natural e por isso não acho necessário andar aqui a fazer contabilidade desses género”, respondendo a uma questão sobre se o socialista acreditava conseguir reunir o apoio necessário para a convocação de eleições internas.

“Conheço o meu partido e sei que fará aquilo que está na sua matriz”, concluiu António Costa.(Notícias ao Minuto

Notas do Papa Açordas: Os militantes do Partido Socialista concordam que haja um novo Congresso...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

LA FÓRMULA PARA QUE INGLATERRA GANE EL MUNDIAL

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La fórmula para que Inglaterra gane el Mundial

LA FÓRMULA PARA QUE INGLATERRA GANE EL MUNDIAL

El físico Stephen Hawking descubre, durante una rueda de prensa celebrada en Londres (Reino Unido), su fórmula científica para que Inglaterra pueda ganar el Mundial de Brasil 2014. Hawking ha trabajado en esta fórmula durante un mes a petición de la casa de apuestas Paddy Power. (Andy Rain / EFE)-(20minutos.es)


terça-feira, 27 de maio de 2014

ESTUDIAN RETIRAR SEIS MILLONES DE VEHÍCULOS EN PEKÍN

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Estudian retirar seis millones de vehículos en Pekín

ESTUDIAN RETIRAR SEIS MILLONES DE VEHÍCULOS EN PEKÍN


Vehículos circulan por una autopista en Pekín (China). El consejo de Ministros anunció que se retirarán cerca de seis millones de vehículos con altas emisiones en un intento de reducir la contaminación antes de que acabe el año. (Rolex Dela Pena / EFE)-(20minutos.es)


O processo Casa Pia chega a Bruxelas

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"Marinho e Pinto, como fenómeno eleitoral, é um produto da comunicação social. Boa parte da sua vida ativa foi feita como jornalista. Uma escola. Os anos empurraram-no para a advocacia. Uma mudança.
Quando o apresentador Carlos Cruz e o político Paulo Pedroso foram presos no âmbito do processo Casa Pia, Marinho e Pinto, comunicador capaz e professor em jornalismo judiciário, passou a ter tempo de antena permanente nos canais televisivos de informação, ávidos de conteúdo gratuito. Uma oportunidade.
O que Marinho e Pinto tinha a dizer sobre o funcionamento da Justiça portuguesa impressionou. A incompetência, a lentidão, os erros do Ministério Público, a traficância de informação caluniosa para a comunicação social, os abusos de poder denunciados quotidianamente num caso de pedofilia VIP, transformaram-no numa vedeta: as pessoas ouviam-no e ele era um espetáculo.
Foi atacado: demagogo terá sido o mais simpático dos insultos, amigo dos pedófilos foi certamente o mais estúpido.
Para desespero dos juízes, do Ministério Público e dos grandes escritórios de advogados, que o combateram com todas as armas, Marinho e Pinto marcou a sua classe profissional e foi eleito o primeiro bastonário com direito a salário, equivalente ao de procurador-geral da República: "Os advogados, meu Deus, os letrados advogados elegeram o populista de Coimbra!" indignaram-se fatos e gravatas, sem rosto, cosidos no Rosa & Teixeira. Era um sinal.
Passar a frequentar as passadeiras vermelhas do protocolo do Estado não lhe mudou a atitude: da bordoada na Justiça passou à canelada nos políticos e jornalistas do regime. Até a gelada abertura do ano judicial aqueceu, enervada com os discursos da figura que não havia maneira de pôr fora da sala. Passou a ser apontado como marioneta de José Sócrates e recebeu vivas dos socialistas quando foi ao Jornal Nacional insultar Manuela Moura Guedes. Ficou incólume.
Marinho e Pinto, aos 63 anos, alcançou a reforma com o lugar de eurodeputado. Foi a votação para este cargo mais personalizada de sempre. Isto revela uma mudança de fundo no País? Não. Talvez dê azo a um golpe no PS, fracassado numa pobre vitória, nada mais.
Esta eleição confirma apenas que 235 mil pessoas não encontraram sítio melhor para votar e que gostam deste homem da televisão "capaz de dizer umas verdades".
Ninguém espera nada dele, apenas que lance umas farpas, de vez em quando, aos frequentadores dos areópagos onde, resignadamente, o deixam entrar. Serviu a quem serviu e acabou, esgotado pelos limites da sua generosidade e do seu egocentrismo. Teve mérito mas é inconsequente. Chegou ao fim."
(Pedro Tadeu - Diário de Notícias)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

EL SOYUZ VIAJA EN TREN

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El soyuz viaja en tren

EL SOYUZ VIAJA EN TREN

El soyuz TMA-13M ruso es trasladado en tren a la plataforma de lanzamiento Baikonur (Kazajistán). El próximo 28 de mayo el Soyuz llevará a la 40 misión de la Estación Espacial Internacional con los astronautas Maxim Suarev, Gregory R. Wiseman y Alexander Gerst. (Sergei Ilnitsky / EFE).(20minutos.es)


EL PAPA FRANCISO REZA EN EL MURO DE LAS LAMENTACIONES

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El papa Franciso reza en el Muro de las Lamentaciones

EL PAPA FRANCISO REZA EN EL MURO DE LAS LAMENTACIONES


El papa Francisco, acompañado por el rabino Shmuel Rabinowitz, reza en el Muro de las Lamentaciones, el lugar más sagrado del judaísmo, en Jerusalén (Israel). El pontífice llegó al único vestigio del segundo Templo Judío, destruido por los romanos, tras visitar la explanada de las Mezquitas, tercer lugar más sagrado del Islam, que se alza sobre el lugar en el que los judíos sitúan el templo y que es el corazón del conflicto en Oriente Medio. (GTRES)-(20minutos.es)


António Costa: Próxima vitória do PS não pode voltar "a saber a pouco"

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O presidente da câmara de Lisboa, António Costa, considerou hoje que todos os socialistas devem estar alegres com a vitória nas europeias, mas também preocupados porque nas legislativas não podem voltar a ter "uma vitória que sabe a pouco".

"O PS ganhou, todos socialistas devem estar alegres com esta vitória, mas preocupados com o que é necessário fazer para que a próxima vitória não saiba a pouco", afirmou António Costa, no programa "Quadratura do Círculo", da SIC Notícias.

Num comentários às eleições para o Parlamento Europeu de domingo, onde o PS alcançou 31,4% dos votos, contra cerca de 27,7% da coligação Aliança Portugal (PSD/CDS-PP), António Costa gracejou não ter ficado em "choque" com os resultados porque a sua "costela indiana" lhe dá "nervos de aço", mas considerou que o partido tem de se preocupar pelo facto da "derrota histórica da direita não ter correspondido a uma vitória histórica do PS".

"O PS nas próximas eleições legislativas não pode voltar a ter uma vitória que sabe a pouco", frisou.

Insistindo que o PS "não pode enfiar a cabeça na vitória", o presidente da câmara de Lisboa disse ser necessário olhar para os resultado com "frieza", notando que o partido ficou cinco pontos atrás dos resultados das eleições autárquicas realizadas há oito meses.

António Costa notou ainda que os eleitores mostraram nas europeias de domingo que "não querem este Governo, esta política e esta maioria", mas ainda "não disseram claramente o que querem".
"É um desafio para o PS, que tem de resolver esta situação até às legislativas", sustentou, 
considerando que o partido tem de saber o que é preciso fazer para "dar o salto" nas próximas eleições.(Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: O voto em Marinho Pinto prejudicou o PS...

domingo, 25 de maio de 2014

Nem o Espírito Santo nos vale

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"Não devo ter sido o único a ouvir que a grande diferença na relação entre o poder político e o económico em Portugal, da ditadura para a democracia, seria que antigamente era o ditador a definir quem eram os ricos e que agora eram os ricos a decidir quem tinha o poder político.
A afirmação é manifestamente exagerada, provavelmente incorreta em termos históricos e injusta para a nossa democracia. É, sobretudo, muito influenciada pelo ambiente atual em que existe a perceção de que o poder económico se globalizou e se sobrepôs de maneira clara ao poder político.
O que não ignoramos é a profunda ligação dos nossos grupos económicos ao poder político. O que pouco mudou da ditadura para a democracia é a forma como uma parte importante dos poucos grupos económicos dependem do Estado e de como o Estado depende deles ou, pelo menos, os deixa influenciar o processo político. Num país pobre, com um mercado pequeno, com empresas pouco capitalizadas, com pouca gente qualificada, que acaba quase inevitavelmente por ter de circular entre o Estado e as grandes empresas, talvez essa relação umbilical seja inevitável. O bem comum tem sido, digamos assim, prejudicado face aos grandes grupos. E não só na perspetiva de mais benefícios diretos para a comunidade, mas também no bloqueio ao crescimento de outros grupos, outras empresas. Os grandes grupos, com a bênção direta ou indireta do Estado, abusam, por assim dizer, da posição dominante e não deixam crescer nada ao seu redor.
Há coisas aparentemente pequenas que dizem muito. Sabemos que um líder de um partido está com grandes possibilidades de chegar a primeiro-ministro quando se sabe que vai almoçar com o presidente do banco X ou Y e é certo e sabido que o primeiro telefonema que um recém-primeiro-ministro recebe é de um presidente de um grande grupo económico.
Vem esta conversa toda a propósito, e a algum despropósito, da novela Espírito Santo, que vai tendo a cada dia que passa um episódio mais degradante.
Se há grupo económico que representa de forma exemplar a profunda interligação entre o poder político e o económico na sociedade portuguesa é o Espírito Santo. E, claro está, não é de agora. Tornou-se comum ouvir que em Portugal manda o Governo e no Governo mandam os Espírito Santo. Um grupo com uma rede sem fim de empresas, com ligações a tudo o que é negócio, a tudo o que é interesse declarado ou escondido, a tudo o que envolva o Estado ou em que a decisão estatal seja vital. Também não havia trapalhada que não envolvesse uma empresa Espírito Santo ou aparentada: sobreiros e submarinos são apenas dois exemplos. Habituámo-nos a conviver com as notícias de umas ligações esquisitas, de uns negócios mal explicados, de umas empresas com problemas com a justiça, de uns primos que se zangavam, de uns tios que faziam as pazes, de uns amigos da família que ganhavam sempre concursos públicos, de um presidente que se esquecia de declarar uns milhõezitos. Umas malandrices portuguesas típicas, uma imagem sofisticada dos nossos endémicos defeitos. Uma quase família real à portuguesa.
Ficamos definitivamente a saber que a parte do grupo não financeiro está a implodir e que a parte financeira - sólida e com um controlo rígido do regulador - mudará de proprietários e de gestão. É uma espécie de regime que acaba. Um regime, como ficou evidente, que vivia claramente muito acima das suas possibilidades. Um grupo que, mesmo que vendesse tudo o que tem, estaria muito longe de pagar todas as suas dívidas - quem quer apostar que para eles existirá um perdão de muitas dívidas? Pelo meio fica a pouca vergonha, o desprezo pela comunidade e alguma falta de consciência ou perceção de impunidade. Um presidente do grupo que culpa o contabilista, que não percebeu - com décadas de atividade empresarial - que alguém se tinha esquecido de contabilizar 1,200 milhões de euros de dívidas, que não realizou que as suas empresas estavam completamente falidas e que liderava um grupo não financeiro que o Wall Street Journal afirma funcionar num esquema Ponzi, como quem diz do género Dona Branca.
Talvez esta história pouco edificante do grupo Espírito Santo pudesse ser vista como um caso isolado. Não é, basta lembrar, por exemplo, os problemas com o BCP e pensando apenas nos grandes. Ficamos com a sensação de profunda fragilidade das nossas instituições - esqueçamos, por agora, as possíveis ilegalidades e demais prejuízos. Sim, não são só as democráticas, como os tribunais, o Parlamento e tantas outras, o mal é mais comum do que se pensa e está largamente disseminado na comunidade. Nada, como nunca, nos dá segurança. Nada, como nunca, parece sólido. Nem a aparente renovação de um grande grupo mal gerido, com demasiado poder, demasiados vícios e demasiada falta de vergonha serve para sentirmos que algo está a mudar para melhor.
Vivemos tempos terríveis."
(Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Francisco Assis: "Este Governo levou Portugal para trás"

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O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Francisco Assis, disse hoje que o Governo "levou Portugal para trás", apelando ao voto no PS no domingo por uma mudança de prioridades económicas e políticas.

No comício de encerramento da campanha eleitoral, Assis reiterou as ideias chave que pautaram a atuação dos socialistas nas últimas semanas, declarando que ao longo dos últimos meses, por entre pré-campanha e campanha propriamente dita, tomou contacto com uma realidade: "O país está de novo a olhar para o PS. E a nossa responsabilidade é imensa", declarou.

O comício de encerramento da campanha eleitoral do PS decorre esta noite no cinema São Jorge, em Lisboa, depois de ações de campanha na capital durante todo o dia, o último de campanha para as europeias.

Sobre a campanha que encabeçou, Assis diz que esta foi de "envolvimento, participação, de um partido vivo" com propostas claras para uma nova política.

"A questão coloca-se numa divergência clara, que tem de ser eleitoralmente resolvida, entre a manutenção desta linha de orientação, liberal e conservadora (...) e uma alternativa, a alternativa que a esquerda democrática representa, que é uma alternativa séria, exigente, que diz o seguinte: a Europa tem de ter de novo a ambição de regular o processo de globalização", advogou o "número um" do PS ao Parlamento Europeu. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: O país regrediu alguns 20 anos... grandes FDP!...


quinta-feira, 22 de maio de 2014

APARCAMIENTO EXCLUSIVO PARA MUJERES

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Aparcamiento exclusivo para mujeres

APARCAMIENTO EXCLUSIVO PARA MUJERES

Líneas rosas y un símbolo que representa a una mujer, en una plaza de aparcamiento exclusivo para mujeres, en un garaje de la ciudad de Seúl (Corea del Sur). (Jeon Heon-Kyun / EFE)-(20minutos.es)


ACCIÓN DE GREENPEACE EN LA PUERTA DEL SOL

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Acción de Greenpeace en la Puerta del Sol

ACCIÓN DE GREENPEACE EN LA PUERTA DEL SOL


La organización ecologista Greenpeace ha realizado una acción en la madrileña Puerta del Sol, donde ha desplegado una pancarta con el lema La protesta también es democracia. Defiéndela. La organización protesta así contra los proyectos legislativos que, según ellos, "socavan los derechos de expresión, manifestación y reunión recogidos en la Constitución". (GREENPEACE) - (20minutos.es)


Banco de Portugal: Dívida pública portuguesa sobe e atinge os 132,4% do PIB

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A dívida pública portuguesa subiu para os 132,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro trimestre, acima dos 129% registados no final de 2013, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com os dados preliminares do Boletim Estatístico, hoje divulgado pelo Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht alcançou os 220.684 milhões de euros em março deste ano.

No final de 2013, a dívida pública portuguesa estava nos 129% do PIB, o equivalente a 213.631 milhões de euros, o que significa que a trajetória da dívida continua em alta, segundo números do banco central. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Este é o resultado da "boa governação" do PSD!... Merece um cartão vermelho nestas eleições...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

PREMIADA POR DAR 71 LITROS DIARIOS DE LECHE

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Premiada por dar 71 litros diarios de leche

PREMIADA POR DAR 71 LITROS DIARIOS DE LECHE


Un ejemplar de una ganadería de la Mariña de Lugo, la vaca frisona Kaliña—de madre gallega, Adela, y padre francés, el semental Jocko Besne, fallecido en 2012 —ha sido premiada por ser la mayor productora de leche en Galicia, más de 71 litros diarios de media, algo más del depósito de un vehículo. (Eliseo Trigo / EFE)-(20minutos.es)


TRAS LAS RIADAS, LAS MINAS AMENAZAN BOSNIA

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Tras las riadas, las minas amenazan Bosnia

TRAS LAS RIADAS, LAS MINAS AMENAZAN BOSNIA


Una soldado bosnia busca minas en un campo inundado cerca de la ciudad de Visoko, 30 km al norte de Sarajevo (Bosnia-Herzegovina). Las graves inundaciones registradas en Serbia, Bosnia y Croacia han provocado desplazamientos de tierras en campos minados durante la guerra de hace 20 años. Algunos artefactos explosivos podrían haber sido arrastrados a zonas habitadas y las riadas se han llevado los carteles que advertían de la presencia de minas. (GTRES)-(20minutos.es)


Carta: Socialistas exigem "a verdade" sobre privatização da CGD

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Depois das notícias que dão conta da intenção do Governo em privatizar a Caixa Geral de Depósitos, e apesar do desmentido do Executivo, os socialistas exigem explicações ao primeiro-ministro, conta hoje o Diário Económico.

Esta terça-feira, o sindicato dos trabalhadores do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) garantia que o Governo já havia decidido privatizar o banco. O Executivo de Passos Coelho não demorou muito a reagir, garantindo que as notícias não tinham qualquer fundamento. Quem também não se fez esperar pelas críticas foram os socialistas que exigem explicações ao primeiro-ministro.

O primeiro foi António José Seguro, que durante uma visita à empresa Wavecom, lançou o desafio: “mostrem a carta”. A carta refere-se ao documento que Passos Coelho terá alegadamente enviado ao FMI onde já dava conta da intenção de privatizar a CGD.

Também Pedro Nuno Santos , autarca de Aveiro, que recebeu ontem Francisco Assis e Elisa Ferreira no distrito, deixou o recado: “o primeiro-ministro tem de dizer de forma clara e taxativa que não está no horizonte do Governo privatizar a CGD”. E deve fazê-lo antes das eleições europeias, exige.

Ao Diário Económico o ministério das Finanças negou qualquer intenção de privatizar o banco do Estado.(Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Estes tipos até eram capazes de venderem a alma ao Diabo!...

terça-feira, 20 de maio de 2014

LA CRÍA DE MAMUT MEJOR CONSERVADA

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La cría de mamut mejor conservada

LA CRÍA DE MAMUT MEJOR CONSERVADA


Lyuba, la cría de mamut mejor conservada del mundo, se expone en el Museo de Historia Natural de Londres. Lyuba, que viene de la palabra rusa 'amor', fue descubierta helada, enterrada entre arcilla y barro, en la península de Yamal, en Sibera, en 2007. Se cree que murió hace 42.000 año cuando apenas tenía un mes de edad. (GTRES)-(20minutos.es)


segunda-feira, 19 de maio de 2014

RESTOS DEL DINOSAURIO MÁS GRANDE JAMÁS ENCONTRADO

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Restos del dinosaurio más grande jamás encontrado

RESTOS DEL DINOSAURIO MÁS GRANDE JAMÁS ENCONTRADO

El paleontólogo español José Ignacio Canudo posa junto al fémur del dinosaurio saurópodo descubierto en Argentina. Se trata del mayor dinosaurio encontrado nunca y, según los especialistas, alcanzó los 40 metros de longitud y las 80 toneladas de peso. (GTRES)-(20minutos.es)


domingo, 18 de maio de 2014

Tarde demais?

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"1. Um ato eleitoral é sempre um momento em que se avalia, em maior ou menor grau, o Governo e a oposição. O que irá acontecer no próximo domingo não será exceção. É bem verdade que nunca foi tão importante discutir a Europa. Porém, vamos sair desta campanha sem discutirmos o euro e a sua necessária reformulação, os mecanismos de solidariedade europeia, o suicida pacto orçamental que bloqueará ainda mais a Europa, o papel do BCE, o brutal défice democrático europeu, o crescimento dos movimentos antieuropeístas e antidemocracia. Estes e outros assuntos que definirão se o projeto europeu continuará ou, mantendo-se tudo como está, definhará ainda mais e, inevitavelmente, morrerá. A ausência de debate sobre estes temas não é um fenómeno local, longe disso, é algo comum a todos os Estados da União. Mas do que não pode haver dúvidas é que somos, provavelmente, nós os que mais sofremos com as opções políticas europeias. São na essência essas políticas que estão a destruir o nosso país. Pode-se compreender que nem a coligação PSD/CDS nem o PS estejam muito interessados em discutir temas europeus. Rangel não pode falar da política europeia porque seria atacar o plano de governo, que é mais papista do que o papa. Por outro lado, se falasse das suas convicções - em vez de perder tempo com difamações idiotas e histerias incompreensíveis -, mostraria que está nos antípodas do pensamento do líder do seu partido sobre a Europa e das políticas que esta prosseguiu. Rangel é, por exemplo, um federalista confesso, Passos Coelho um feroz antifederalista. Francisco Assis não pode atacar as convicções sobre a Europa de Rangel porque são também as suas, e não pode falar das propostas do PS porque este nada de diferente em termos substanciais tem para apresentar, bem como a sua família política europeia, diga-se. A realidade é que os dois partidos (o CDS não conta, como Passos Coelho, esta semana, explicou) têm exatamente a mesma posição sobre os temas europeus. Podíamos, ao menos, ter uma campanha sobre temas nacionais. Talvez, quem sabe, sobre que papel se quer para o Estado, se o modelo económico que está a ser implementado faz sentido para Portugal, que fazer para melhorar a nossa produtividade e competitividade, que tipo de fiscalidade. Enfim, temas que Rangel e Assis poderiam debater com alguma seriedade e dignidade. Mas não. Assis fala de austeridade sem que consiga minimamente explicar o que faria de diferente, solta uns slogans gastos sobre o Estado social, assobia para o ar quando se fala do pacto orçamental, a dívida é um tabu e a economia cresceria porque sim. Rangel vai gritando. É quase constrangedor ver que a única coisa que tem para dizer é que os culpados de todos os nossos males foram os despesistas socialistas que nos levaram à bancarrota, ai o Sócrates, e que este Governo é genial porque "correu" com a troika. Eis a profundidade de debate que os principais partidos portugueses têm para nos apresentar. Em face desta indigência discursiva - que chega a fazer pensar que ainda bem que esta campanha está a ser clandestina, já que se mais pessoas ouvissem os que os candidatos dizem, mais a narrativa contra a política e os políticos cresceria -, não admira que estejamos prestes a assistir a um crescimento significativo do número de votos em partidos fora do sistema e a uma impressionante abstenção. Podemos, aliás, ter um resultado que poderá levantar questões muito sérias: estas eleições passarem a ser, no fundo, não só um escrutínio ao Governo - já que sobre a Europa não será -, mas também ao sistema político/partidário existente e à sua própria sustentabilidade. Claro que, depois, se pode fazer como a avestruz, e mais uma vez esconder a cabeça na areia e fingir que nada se passa, mas a realidade começa a ser demasiado estridente. Estas eleições vão dar um sinal, aqui e na Europa, que é preciso repensar tudo o que se tem feito nos últimos anos, e que não são apenas as terríveis consequências económicas e sociais com que nos vamos ter de debater: o sistema político está a descambar. É preciso acordar antes que seja tarde.

2. Três anos depois, temos um país de que fugiram mais de 250 mil pessoas, com níveis de desemprego potencialmente desagregadores da comunidade, com centenas de milhares de pessoas sem subsídio de desemprego e que jamais arranjarão um trabalho, com um sistema produtivo em que a única coisa que mudou foi as pessoas serem ainda mais miseravelmente pagas, com os serviços do Estado em risco de colapso, sem o Estado reformado, sendo o empobrecimento generalizado considerado uma reforma estrutural, com níveis de investimento que farão a nossa economia regredir décadas, com exportações a depender de uma refinaria entrar em manutenção e com uma dívida muitíssimo mais insustentável. O Governo comemora o quê, afinal?"
(Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Resgate: A herança que a troika deixa em 'testamento' aos trabalhadores

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Findo o programa de assistência financeira a Portugal, a troika deixa para trás um país com um mercado de trabalho mais flexível, mas com menos direitos para os trabalhadores. Ainda assim, "despedir continua a ser muito complicado", garantiu a responsável de Recursos Humanos da Konica Minolta. "O regime português é protecionista em relação aos trabalhadores", assegurou, por sua vez, em entrevista ao Notícias ao Minuto, a advogada especializada em Direito do Trabalho, Alice Pereira de Campos.

A troika está de saída de Portugal. Mas os três anos de governação sob influência do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia continuam a fazer-se sentir na vida e na carteira dos portugueses.
Com vista à flexibilização do mercado de trabalho imposta no memorando de entendimento, o Governo tomou medidas no sentido de reduzir as indemnizações dos trabalhadores em caso de cessação de contrato. 
É hoje mais fácil despedir em Portugal?
Na perspetiva da advogada Alice Pereira de Campos, “as empresas que estão em dificuldades continuam a ver-se confrontadas com valores indemnizatórios que não conseguem pagar, sob pena de um desequilíbrio financeiro e de tesouraria ainda maior”.
“Para os trabalhadores mais antigos, não me parece que estas alterações venham fazer grande diferença, porque estes já têm, em relação aos anos passados, assegurado o pagamento de determinado valor de indemnização. Vão, sim, fazer-se sentir nos novos contratos, mas, infelizmente, as empresas estão mais a despedir do que a contratar”, explicou, em entrevista ao Notícias ao Minuto.
Contudo, há uma outra medida que prejudica os trabalhadores mais antigos, que tem a ver com a alteração dos critérios de despedimento em caso de extinção do posto de trabalho. Neste âmbito, a antiguidade passou para segundo plano, dando destaque a aspetos como a avaliação de desempenho, qualificação e onerosidade do vínculo laboral.
“Os trabalhadores com maior antiguidade poderão ser preteridos em relação aos trabalhadores com menor antiguidade, que geralmente representam um custo inferior para a empresa. Isto é dar mote para que trabalhadores mais velhos e com maiores dificuldades em entrar no mercado sejam mais facilmente dispensados”, sublinhou.
Regime português é protecionista em relação aos trabalhadores
A especialista em Direito do Trabalho acredita que “as alterações introduzidas no âmbito do programa de assistência financeira beneficiam mais os empregadores do que os trabalhadores. Mas a verdade é que, em comparação com os países da União Europeia, os trabalhadores portugueses – pelo menos em teoria – têm maior proteção e direitos mais vantajosos”.
A mesma opinião é partilhada pela responsável pela área de Recursos Humanos da empresa Konica Minolta, que entende não se tratar de uma questão de justiça, mas de uma tentativa de uniformizar critérios em relação ao que acontece no resto da Europa. “Despedir, em Portugal, continua a ser muito complicado”, frisou, acrescentando que a solução passa pelas “revogações por mútuo acordo, a forma que as empresas encontram de por fim à relação laboral”, o que nem sempre é desvantajoso para o trabalhador.
“A sensação que tenho é de que os trabalhadores, com receio das insolvências, estão a aceitar fazer acordos revogatórios que lhes garantam o acesso ao subsídio de desemprego e lhes deem alguma compensação. Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar”, assinalou Alice Pereira de Campos.
Horas extraordinárias
A par desta alteração, também o valor pago pela prestação de trabalho extraordinário decaiu no período em que a troika esteve em Portugal. Em 2012, o Tribunal Constitucional suspendeu as convenções coletivas durante dois anos, levando a que a retribuição pela prestação de trabalho suplementar se regesse pela lei geral, que contempla remunerações bem inferiores.
Segundo a advogada, a adequação das convenções coletivas à atual situação financeira do país poderá ser uma solução para fazer face a esta discrepância de valores. Contudo, admite tratar-se de um acordo complexo, já que os sindicatos dificilmente estarão dispostos a ceder nesta matéria.
Contratos a termo e estágios profissionais
Como forma de evitar/retardar a vinculação efetiva dos trabalhadores e de poupar recursos financeiros, as empresas recorrem frequentemente a contratos com termo certo e a estágios profissionais ao abrigo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Na perspetiva de Alice Campos, que exerceu funções na prestigiada sociedade de advogados Uría Menéndez - Proença de Carvalho, em 90% dos casos, trata-se de contratos nulos, já que “os contratos a termo só podem ser celebrados se existir uma necessidade temporária da empresa e os contratos de estágio são contratos de formação. O que se tem feito é adulterar a sua utilização para relações efetivas de trabalho”.
“É tão fácil cometer ilegalidades em Portugal. Ainda há uma grande impunidade, que permite que os empregadores façam uso dessas ferramentas. Os trabalhadores nem pensam na possibilidade de virem a ser contratados como efetivos, que é aquilo que deveria acontecer, porque é a regra geral do Código do Trabalho”, rematou. (Notícias ao Minuto)

ORFANATO DE ELEFANTES

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Orfanato de elefantes

ORFANATO DE ELEFANTES


Varias crías de elefante, que quedaron huérfanas a causa de la caza furtiva, viven ahora rodeados de cariño en un refugio pionero en Nairobi que se ha convertido en una valiosa arma para luchar contra el tráfico de marfil en África. El Sheldrick Wildlife Trust, pionero a nivel mundial, acoge dentro del Parque Nacional de Nairobi, a treinta cachorros de elefantes y dos rinocerontes rescatados después de que sus madres fueran asesinadas. (EFE)-(20minutos.es)


Santana Lopes: "Há famílias e instituições a rebentar pelas costuras"

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Pedro Santana Lopes considera que “há famílias e instituições que estão a rebentar pelas costuras” com as medidas de austeridade que têm vindo a ser tomadas pelo Governo. As declarações foram feitas no programa ‘Fora da Caixa’, da Renascença.

No seguimento da divulgação por parte do INE dos dados que dão conta de que a economia portuguesa decaiu 0,7% no primeiro trimestre de 2014, Santana Lopes afirmou, em declarações à Rádio Renascença, que “alguns números podem dizer que a economia está ou estava em fase de recuperação, mas não atingiu as pessoas que foram atingidas pela crise”.

Na opinião do provedor da Santa Casa da Misericórdia, “há pessoas e famílias que agora chegaram ao fim das suas possibilidades, mas também instituições e entidades que, com as medidas tomadas pelo Estado, estão a rebentar pelas costuras”.

“Nas últimas semanas tenho sentido mais aperto nalguns setores, nomeadamente na classe média. Parece que há aqui setores que já esticaram tudo”, justificou.

Aos microfones da mesma rádio, o antigo primeiro-ministro social-democrata admitiu ainda que “não será catastrófico” o PSD perder as eleições, já que os “últimos dias não têm sido famosos para o Governo”. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Pelo menos, este, não tem o rótulo de perigoso esquerdista...

Tchin tchin

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Isto das dívidas soberanas é um bocado como as vacas loucas e o antrax, é por ondas. Qualquer dia se calhar ninguém fala disto, como ninguém falou antes."A frase é de um dos entrevistados do DN de amanhã, quadro de uma multinacional alemã despedido em 2012 que agora, usando as poupanças, joga na bolsa para sustentar a família.
Vítor - chama-se Vítor, 40 anos - julga ter aprendido a seguir "a mão invisível": "Há ciclos. E nestes três anos houve gente a fazer muito, muito dinheiro. Houve bancos e empresas portuguesas que subiram 300%. E enquanto os resultados do País eram cada vez piores, os juros da dívida desciam cada vez mais. Um dos ativos mais lucrativos, aliás, foi a dívida grega - os especuladores perceberam que o caminho era sempre a descer, e portanto valia a pena comprar." Porque, explica, "deve-se comprar no caos e vender quando está tudo eufórico".
Mas, claro, quando a esmola é muita o pobre deve desconfiar: "Houve uma altura em que éramos os piores do mundo, e agora somos os melhores, e sem ter mudado nada. Tenho receio do que pode suceder." O que pode suceder, risco para o qual muitos economistas não engajados na teoria da "austeridade salvífica" alertam, é que não tendo a descida dos juros qualquer relação com o estado da economia dos países, tudo pode mudar de um momento para o outro - e sem aviso.
Numa entrevista dada nesta semana ao Público, o britânico Philippe Legrain, conselheiro de Barroso entre 2011 e fevereiro de 2014 ("Nunca seguiu os meus conselhos", comenta), reforça a teoria da conspiração de Vítor. Os resgates da Grécia, Portugal e Irlanda foram resgates aos bancos alemães e franceses, diz Legrain: não foi reestruturada a dívida grega, em 2010, quando se revelou o estado das contas da Grécia, porque isso implicava grandes perdas para os bancos dos dois países do "diretório". "Emprestar dinheiro a uma Grécia insolvente transformou os maus empréstimos privados dos bancos em obrigações entre governos", explica este economista, que publicou neste ano um livro sobre a crise europeia. "O que começou por ser uma crise bancária que deveria ter unido a Europa nos esforços para limitar os bancos acabou por se transformar numa crise da dívida que dividiu a Europa entre países credores e países devedores. E em que as instituições europeias funcionaram como instrumentos para os credores imporem a sua vontade aos devedores."
Em 1936, a três dias de ganhar o segundo mandato, Roosevelt, o presidente que regulou o sistema bancário que causara a Grande Depressão de 1929 e ergueu a América da miséria com o New Deal, disse: "Sabemos agora que o governo pelo dinheiro organizado é tão perigoso como o governo da máfia." Setenta e oito anos depois, o dinheiro organizado brinda à vitória. E os servos, alvares, emulam-no.
(Fernanda Câncio - Diário de Notícias)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Carta de um cidadão ao BES

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 (Esta carta foi direccionada ao banco BES, porém devido à criatividade com
que foi redigida,  deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.)



Exmos. Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena
taxa  mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência
do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro
desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma
pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico,
tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito
extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os
proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta
qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto
adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário
pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente
acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais
taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de
um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O
padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de
embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além
disso impõe-se taxas de uma 'taxa de acesso ao pão', outra 'taxa por
guardar pão quente' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com
muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que
ocorreu comigo no meu Banco.

Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os
senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço
de mercado pelo pão.

Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem
cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma 'taxa
de abertura de crédito'-equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao
pão', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar

Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui
obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse
possível, os senhores cobram-me uma  'taxa de abertura de conta'.

Como só é possível fazer negócios  com os senhores depois de abrir uma
conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de
abertura de padaria', pois só é possível fazer negócios com o padeiro,
depois de abrir a padaria.

Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como
'Papagaios'. Para gerir o 'papagaio', alguns gerentes sem escrúpulos
cobravam 'por fora', o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco
resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de
'por fora' temos muitos 'por dentro'.

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores
cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de
5 EUR 'para manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa de existência da
padaria na esquina da rua'.

A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma
taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu
utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo.
Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quente'.

Mas os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde
sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os
senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive
nas instalações de v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um
financiamento ou se vendi a alma?

Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam
informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é
muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande,
que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito
elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e de nada
poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei,
regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei
também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de
todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta
com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.


Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que  estejam
protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia
vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

Recebido por email

SACANDO BRILLO EN EL ÚLTIMO MOMENTO

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Sacando brillo en el último momento

SACANDO BRILLO EN EL ÚLTIMO MOMENTO


Un efectivo de la guardia de honor saca brillo a la bota de un camarada antes de que el presidente portugués, Aníbal Cavaco Silva, y su homólogo chino, Xi Jinping, pasasen revista a la guardia de honor durante la recepción en el Gran Palacio del Pueblo en Pekín (China) en el ámbito de la visita de siete días de duración del mandatario portugués al país. (Rolex de la Peña / EFE)-(20minutos.es)


Cavaco aceita aumento dos descontos para ADSE

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O presidente da República promulgou, na sexta-feira, o diploma que aumenta os descontos para a ADSE, o qual já foi enviado para publicação em Diário da República, devendo entrar em vigor ainda este mês.

O site do "Diário Económico", que avançou a informação, indica que este diploma (que aumenta os descontos para ADSE, SAD e ADM de 2,5% para 3,4%) foi promulgado na sexta-feira pelo presidente da República, Cavaco Silva. O diploma entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação em Diário da República, para onde já foi remetido, prevendo-se por isso que ainda este mês entre em vigor e estas contribuições se iniciem no próximo.

Cavaco Silva havia vetado uma primeira versão do documento em março por ter "sérias dúvidas" relativamente à necessidade de "aumentar as contribuições dos 2,5% para 3,5%, para conseguir o objetivo pretendido".

Nesse mesmo dia, o Governo reenviou a mesma versão do documento para a Assembleia da República, como proposta de lei. Os partidos da coligação fizeram algumas alterações ao documento, que foi agora promulgado por Cavaco Silva. (Diário de Notícias)

Notas do Papa Açordas: Este sr.Cavaco é a vergonha de qualquer português que se preze!...


“MI QUERIDO AMIGO TE RECORDARÉ SIEMPRE”

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“Mi querido amigo te recordaré siempre”

“MI QUERIDO AMIGO TE RECORDARÉ SIEMPRE”

Estudiantes de instituto aficionados al alpinismo muestran un cartel en el que se puede leer "mi querido amigo te recordaré siempre" colgados de cuerdas en lo alto de la montaña Ansan en Seúl (Corea del Sur). La Fiscalía de Corea del Sur acusó de homicidio al capitán y a tres miembros de la tripulación del ferri Sewol, hundido hace casi un mes, por no evacuar a los pasajeros y abandonar el barco dejando atrapadas a más de 300 personas dentro. (jeon Heon-Kyun / EFE)-(20minutos.es)


TENSIÓN EN TURQUÍA TRAS EL ACCIDENTE DE LOS MINEROS

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Tensión en Turquía tras el accidente de los mineros

TENSIÓN EN TURQUÍA TRAS EL ACCIDENTE DE LOS MINEROS

Fotografía que muestra al consejero del primer ministro Yusuf Yerkel (izq) mientras patea a un familiar de uno de los mineros fallecidos que estaba siendo reducido por dos policías durante unas protestas convocadas tras el accidente registrado en una mina cerca de Soma, en la provincia de Manisa (Turquía). (EFE)-(20minutos.es)




Posso dizer? Viva o Benfica!

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Jesus fez o milagre da multiplicação dos portugueses. Numa equipa que joga tão bem e só com aquele pequeno defeito de poucos nascidos na Maternidade Alfredo da Costa, Jorge Jesus fez alinhar André Gomes, Rúben Amorim, André Almeida, Ivan Cavaleiro... Contem os nomes: oito portugueses, quase toda a equipa. E ainda havia dois tipos com aquela mania tão nossa de que são o máximo (e são): Luisão e Maxi. E mais o Lima, nome de família vinda das margens do rio tão cantado por trovadores. E um Gaitán raro, talvez dos gaiteiros de Miranda, um Rodrigo medieval e Cardoso, dos Cardosos, só na minha pequena rua há três. Gente nossa, jogando à portuguesa, com jeito para burilar e alma até Almeida. É do futebol assim que gosto, de artistas e perdulários. No entanto, ontem era data redonda, 10 finais. Havia que cumprir um desígnio e esse era mostrar ao mundo que uma maldição nos perseguia. Podíamos ter feito cinco, sete golos mas, lá está, erguíamos a taça e recebíamos sorrisos mordazes: "Com que então, maldição..." Teria sido mais fácil, houve bolas que até o Postiga marcava, mas a equipa sujeitou-se ao que ali nos levou: expor de forma categórica que só não ganhamos por enguiço. Cumprimos a meta, como se diz nas Finanças quando saímos a perder. Pobretes mas alegretes, e digo-vos sem ironia: este é o meu Benfica. Futebol é qualidade e emoção e se a isso se juntar uma dimensão cósmica, sobretudo adversa, sinto-me recompensado.

(Ferreira Fernandes - Diário de Notícias)


quarta-feira, 14 de maio de 2014

VERANEO EN LOS ÁRBOLES

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Veraneo en los árboles

VERANEO EN LOS ÁRBOLES

Una de las casas en los árboles que ofrece Portugal, donde brindan los espacios preparados para quienes buscan naturaleza sin abdicar del confort de una casa y de algunos otros privilegios que no se incluyen en el tradicional concepto de acampada, que ya se conoce como "glamping", o camping con glamour. (EFE)-(20minutos.es)


TRAGEDIA MINERA EN TURQUÍA

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Tragedia minera en Turquía

TRAGEDIA MINERA EN TURQUÍA

Miembros de los equipos de rescate trasladan el cuerpo sin vida de un minero tras una explosión en Soma en la provincia de Manisa en Turquía. Las tareas de rescate de los más de 400 mineros que quedaron atrapados en una explotación turca continúan entorpecidas por el fuego y los escapes de gas, mientras las autoridades temen que el número de muertos supere los 201. (Tolga Bozoglu / EFE)-(20minutos.es)



O ofício de ser português

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"Ser português não é, somente, uma nacionalidade: é um rude e dificultoso ofício, cujo exercício deixa os seus praticantes depauperados e atormentados. Tudo aquilo que constituía o edifício moral da sociedade foi depredado pela mentira, pelo embuste e pela malevolência. A pecha é transversal: todos os sectores têm sido atingidos e creio ser extremamente difícil remover a nódoa. Começou a campanha eleitoral, e o propósito de esclarecer não melhorou. Como acreditar nos que, até agora, apenas acirraram os nossos desgostos, aumentaram os nossos sofrimentos e acrescentaram o ódio às nossas raivas? A imprensa perdeu o viço e nada esclarece, como lhe competia, a fim de racionalizar o que as televisões noticiam. Os rostos mortos daqueles que tais surgem nos ecrãs com uma persistência que revela a preguiça e a ignorância de quem os alimenta. Perdeu--se o lado humano da vida e admitiu-se como fundamental e regra o número a estatística, a futilidade vaporosa que oculta a verdadeira natureza das coisas.

"A época é de charneira", disse um preopinante de voz grossa e escrita fininha. Um outro, que usa como pseudónimo o patronímico de um português ilustre, proclamou, impávido porque se julga impune, que nada devemos aos capitães de Abril. Claro que são criaturas obnubiladas pelo verdete de se saberem inseguras, fragilizadas pela consciência da sua pessoal menoridade. Mas o mal que têm feito é persistente e cria raízes. O "pensamento" de direita deixou de o ser para se substituir pela inconsistência do oportunismo e da insignificância. É impressionante assistir-se à reescrita da história e à desfaçatez de quem se transformou num democrata instantâneo como o pudim flan, depois de ter sido o que quer que seja de repugnante. A selecção natural do talento, da decência e da honra deixou de exercer o seu império. E a chusma de medíocres alcançou carta de alforria na política, no jornalismo, na literatura, nas ciências sociais. Sem antagonistas, ou porque estes não o querem ser ou por receio de represálias.

Bem desejaria que estes problemas e outros semelhantes, eriçados no nosso país, fossem discutidos entre os candidatos. Não me parece que tal seja possível. Apenas um modesto exemplo: que diferença há entre o Paulo Rangel e o Francisco Assis?, ambos a tocar no mesmo pífaro. Rangel é de direita, e não o esconde. Assis é da ala mais conservadora do PS, e também não faz questão de o dissimular. Foram escolhidos pelas direcções dos seus partidos, e não é preciso acreditar em Deus para se descortinar o porquê das preferências.
Apesar de tudo, chega ser imperioso que votemos. Votemos naqueles que mereçam o favor da nossa consciência e a imposição moral das nossas pessoais opções."
(Baptista Bastos - Diário de Notícias)


terça-feira, 13 de maio de 2014

PEREGRINACIÓN A FÁTIMA

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Peregrinación a Fátima

PEREGRINACIÓN A FÁTIMA


La peregrinación internacional al Santuario de Fátima ha arrancado de forma oficial y ya son miles las personas que se han desplazado hasta el municipio portugués para celebrar el 97 aniversario de la aparición de la Virgen, según la religión católica. El culto a Fátima tiene su origen entre el 13 de mayo y el 13 de octubre de 1917, período durante el que tres niños portugueses —Lucía, Jacinta y Francisco—aseguraron que habían sido testigos de varias apariciones de la Virgen. (GTRES)-(20minutos.es)