quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Gaspar acredita que Portugal vai ter mais um ano para corrigir défice

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Recessão afinal vai ser de 2% este ano, afirmou o ministro no Parlamento.

O ministro de Estado e das Finanças Vítor Gaspar revelou esta quarta-feira que a "Comissão Europeia ponderará, em tempo oportuno, propor ao conselho Ecofin, o prolongamento por um ano do prazo concedido a Portugal para corrigir a situação de défice orçamental excessivo".

Na sua intervenção inicial durante a audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, o ministro sustentou que essa possibilidade "só é viável devido à acumulação de credibilidade e confiança que Portugal tem obtido junto dos seus parceiros internacionais".

O cumprimento do programa de ajuda externa, segundo Gaspar, corresponde a uma "flexibilidade no presente". Ao que acresce o regresso aos mercados e permite manter o mesmo montante de ajuda. "O acesso ao mercado permite reconciliar esta acrescida margem de manobra com a manutenção global do envelope financeiro do programa", acrescentou.

O prolongamento do prazo para corrigir o défice excessivo estará na agenda da próxima avaliação regular da troika, que se inicia segunda-feira. "Nesta perspectiva o ajustamento orçamental para Portugal poderia ocorrer de uma forma mais gradual e prolongada no tempo", afirmou o ministro, sublinhando no entanto que "a conjugação dos níveis nacional, europeu e global da crise torna o caminho do ajustamento para Portugal árduo e estreito". Assim sendo, a meta do défice inferior a 3% passaria para 2015 quando, até ao momento, estava previsto que Portugal atingisse os 2,5% em 2014.

Estes objectivos tinham já sido alvo de uma revisão em Setembro do ano passado, no âmbito da 5ª avaliação da troika. Nessa altura, a meta do défice para 2012 passou a ser de 5% (contra os 4,5% anteriores), descendo depois para 4,5% em 2013 (em vez de 3%) e para 2,5% em 2014.

O ministro anunciou ainda que na sétima avaliação regular da troika serão discutidas a tomada de medidas fiscais "para incentivos apropriados ao investimento". "Estas iniciativas deverão ter um impacto positivo no investimento ainda este ano, permitindo assim atenuar a queda da procura interna e dar início à recuperação cíclica da economia portuguesa", afirmou. 

Notas do Papa Açordas: Então agora já não se desculpam com o "...mais tempo, mais dinheiro de juros?..." Grande pirueta!... Autênticos artistas portugueses!...

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